segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Energia eólica: “Companhias vão criar centro de medição” (Fonte: Brasil Econômico)

Avanço da tecnologia permitirá construção de parques em regiões de ventos mais fracos

A expansão do uso de energia eólica no país deve intensificar a demanda por equipamentos destinados às regiões de ventos mais moderados. Pedro Perrelli, diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), destaca as inovações tecnológicas que estão sendo desenvolvidas para atender esse nicho.

Segundo ele, o progresso no desenho das pás tem permitido que o eixo dos aerogeradores seja cada vez mais alto e os rotores tenham um diâmetro maior, viabilizando parques em áreas de ventos de baixa intensidade (os empreendimentos hoje são concentrados em áreas de ventos alta e média intensidade). “Da mesma forma que se vê empresas na Europa entrando mar adentropor problemas de ocupação de solo, no Brasil haverá uma busca por novas áreas”, avalia.

Entre as regiões da nova fronteira eólica, Minas Gerais já começa a atrair investidores. A Ersa — Energias Renováveis é uma das empresas que tem interesse em instalar empreendimentos no estado. De acordo com dados do Atlas Eólico de Minas Gerais, concluído no ano passado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a região tem um potencial de geração eólica de 40 mil megawatts (MW) a 100 metros do solo.

Centro de medição

A Abeeólica e algumas de suas associadas estão articulando a criação de um centro de medição de ventos. O projeto, ainda em fase embrionária, prevê a colocação de aerogeradores para serem testados em alguns pontos do país, certificação e até mesmo a nacionalização de equipamentos. Segundo o diretor da Abeeólica, o projeto deve envolver a participação de diversos ministérios e resultar em uma rede nacional de tecnologia. “Por conta das dimensões que o país tem, em uma segunda fase queremos criar novos centros”, diz. 


Autor: Priscila Machado



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