quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Vídeo com sabatina de Luiz Fux no Senado" (Fonte: Agencia_Senado)


"Veja a sabatina de Luiz Fux transmitida ao vivo pela @tvsenado, no canal 2
http://www.senado.gov.br/noticias/TV/"

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"OIT pede leis internacionais que garantam direitos de trabalhadoras domésticas" (Fonte: OIT Brasil)

"Mais de 14 milhões de mulheres realizam trabalho doméstico remunerado na América Latina. Esta é uma das ocupações com o maior déficit de trabalho decente, uma vez que as trabalhadoras domésticas enfrentam extensas jornadas, baixa remuneração, escassa cobertura de proteção social e alto nível de descumprimento das normas trabalhistas. 

Tendo em vista esta realidade, a OIT iniciou a discussão sobre a adoção de um instumento normativo internacional, para garantir os direitos das trabalhadoras domésticas. Na próxima Conferência Internacional do Trabalho (CIT), que se realizará em junho de 2011, representantes dos governos, organizações de empregadores/as e trabalhadores/as dos 178 Estados Membro da OIT realizarão a segunda rodada de discussões sobre a possível adoção de uma Convenção e/ou Recomendação sobre trabalho decente para as/os trabalhadoras/res domésticas/os."

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"Consórcio de Belo Monte assina contrato de R$ 3,6 bi" (Fonte: Valor Econômico)

"O consórcio Norte Energia, dono da concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte, assinou ontem um contrato de fornecimento de equipamentos de R$ 3,6 bilhões com as empresas Alstom, Voith e Andritz. Esse é um dos primeiros contratos fechados desde que o grupo venceu a licitação há quase um ano. Agora negocia os acertos finais para fechar com o consórcio construtor, que será liderado pela Andrade Gutierrez, e cujo valor se aproxima de R$ 15 bilhões.
A empresa também vai ter fornecimento de turbinas pela empresa argentina Impsa, que tem fábrica em Pernambuco, e o contrato soma R$ 816 milhões. De acordo com as informações repassadas pelo Norte Energia ao BNDES, o total dos contratos de equipamentos soma cerca de R$ 4,5 bilhões. É um valor próximo aos contratos de equipamentos da usina de Santo Antônio, que encomendou equipamentos no valor de R$ 4 bilhões, ou mesmo de Jirau.
Apesar da grande diferença de tamanho das duas usinas - Santo Antônio tem capacidade de gerar menos de 3.500 MW e Belo Monte terá 11.233 MW de capacidade - os valores dos contratos de equipamentos são muito próximos em função do tipo de turbina usada em um e outro empreendimento. O vice-presidente de energia da Alstom, Marcos Costa, explica que o custo varia em função do peso das turbinas que depende da queda da hidrelétrica. As usinas de Jirau e Santo Antônio vão usar turbinas do tipo bulbo, próprias para hidrelétricas com pequena queda de rio. Já a de Belo Monte usa turbinas Francis, que têm queda quase sete vezes maior.
Só o contrato da Alstom, que lidera o consórcio ELM, chegará a R$ 1,35 bilhão ou R$ 1,1 bilhão, se considerado líquido de impostos. A empresa francesa, que tem fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo, fornecerá sete das 18 turbinas Francis necessárias em Belo Monte. Apesar de ser um contrato significativo ele é menor do que os fechados com as usinas do rio Madeira, que hoje ajudam a tomar 80% da capacidade instalada da fábrica.
Para Belo Monte, os equipamentos começam a ser produzidos justamente quando terminam os das usinas do Madeira. Pelo contrato assinado ontem com o Norte Energia, as turbinas do sítio Pimental (o projeto de Belo Monte prevê duas barragens com turbinas) devem começar a gerar a partir de 2015. Os primeiros equipamentos, entretanto, já devem chegar a partir de meados do próximo ano.
De acordo com documento do BNDES enviado ao Ministério Público Federal do Pará, o índice de nacionalização ficará próximo a 85%. De acordo com Costa, a Alstom terá 90% dos equipamentos produzidos no Brasil. O índice de nacionalização é importante para garantir o financiamento do banco que criou condições especiais para Belo Monte, com juros de 5% ao ano. "Para sermos competitivos com a indústria internacional precisamos impreterivelmente desse apoio do BNDES", diz Costa.
Para o fornecimento de equipamentos em Belo Monte, japoneses, chineses e russos estavam na competição e apresentavam propostas de financiamentos internacionais. Os custos com equipamentos e montagem vão representar cerca de 20% do investimento total em Belo Monte. Os donos da usina ainda precisam assinar um contrato previsto de R$ 805 milhões para montagem dos equipamentos."
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“Na bronca - Lobão sob a ira de Dilma” (Fonte: Correio Braziliense)

 "O prejuízo de mais de R$ 100 milhões provocado pelo apagão no Nordeste e a demora nas explicações sobre as causas do incidente deixaram o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em situação difícil com a presidente Dilma Rousseff (foto, em cerimônia ontem no Palácio do Planalto). “De fato, ela não gostou do episódio, assim como eu não gostei”, admitiu Lobão.
 Irritação com o ministro vem desde a semana passada, com o apagão no Nordeste, que resultou em perdas de mais de R$ 100 milhões
 O mau humor já toma conta do Palácio do Planalto e a ira da presidente Dilma Rousseff recai agora sobre o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que tem dado poucas informações sobre o que o governo vem efetivamente fazendo para contornar a crise desencadeada com o apagão no Nordeste na semana passada. O governo Dilma mal começou e os problemas afloram justamente na área em que a presidente mais entende  — ela foi ministra de Estado — e que  voltou para o comando de um político que não é especialista do setor, apesar de ter o apoio de empresários da área. Segundo cálculos da Abrace, associação que reúne os grandes consumidores de energia, as perdas causadas pelo blecaute no Nordeste já passam de R$ 100 milhões.

Anteontem, ela desmarcou audiência com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e convocou uma reunião com representantes do setor elétrico. Ela queria ouvir explicações sobre o apagão no Nordeste, região responsável por sua vitória nas urnas. A falta de informações precisas sobre a real causa do blecaute que deixou oito estados no escuro na madrugada de 4 de fevereiro pôs o MME no centro das atenções.

O ministro Lobão, senador pelo PMDB-MA, disse ontem que a reunião com Dilma foi sugerida por ele, para que fosse informada sobre o incidente no Nordeste. Ao ser questionado sobre a insatisfação da presidente com as justificativas do ministério, ele disse que o que desagradou a presidente foi o episódio em si. “De fato, ela não gostou do episódio, assim como eu não gostei”, disse, após participar de evento na
Embaixada da Itália, em Brasília.

O MME e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aguardam o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). O documento servirá de base para as investigações oficiais, que identificarão os responsáveis para, assim, aplicar as devidas punições. Mas ele só deverá ser entregue na sexta-feira, na melhor das hipóteses. Ontem, o MME divulgou nota dizendo que o ministro orientou que se confira caráter de urgência à elaboração do RAP e espera que seja concluído ainda nesta semana. “O ministro recomendou à Aneel que procedesse uma fiscalização extraordinária nas principais subestações do Sistema Interligado Nacional, principalmente, quanto à funcionalidade dos esquemas especiais de proteção”, disse o comunicado.

Dúvidas
O desencontro de informações persistem, as dúvidas quanto à fiscalização e a manutenção no sistema de transmissão e de distribuição aumentam. Ao atribuir a falha primeiramente a um relé e, depois, a um cartão do sistema de proteção que seria o responsável pelo desligamento em cadeia das redes de transmissão — itens muito pequenos para fazer um estrago que afetou mais de 40 milhões de pessoas — a suspeita de que a manutenção do sistema de transmissão e distribuição de energia está com problemas sérios virou um mantra entre os especialistas do setor elétrico. Com isso, o apagão que deixou 2,5 milhões de moradores da cidade de São Paulo ficarem sem energia na tarde de anteontem só contribuiu para aumentar ainda mais as incertezas quanto à robustez do sistema."
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"Dilma exige fiscalização para evitar apagões" (Fonte: O Estado de S. Paulo)

"Participantes de reunião da noite de terça-feira relatam que presidente fez muitas cobranças e quer saber dos detalhes no máximo até amanhã

Numa reunião bastante tensa que adentrou até tarde da noite de terça-feira para tratar do apagão do Nordeste, a presidente Dilma Rousseff exigiu da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que intensifique a fiscalização preventiva nas principais linhas de transmissão e subestações do País. E que todas as explicações técnicas sobre a causa do incidente, que deixou 46 milhões de pessoas no escuro, estejam nas mãos dela até amanhã ou, no máximo, até o início da semana que vem.
"O estilo dela é de cobrar e é de cobrar mesmo. Ela quer saber tudo nos mínimos detalhes", revelou ao Estado uma fonte que participou da reunião. Segundo essa fonte, ao contrário de muitos ministros, que deixam decretos e projetos de lei nas mãos da equipe técnica, e simplesmente tomam conhecimento dos resultados apenas no final, Dilma acompanha de perto todas as etapas. "Se alguém faz um decreto, um projeto de lei, muitos ministros não se envolvem. Não é o caso dela como ministra nem como presidente da República. Ela quer saber os detalhes dos detalhes dos detalhes", ressaltou.
Em razão de uma ocorrência de forte repercussão como essa, que atingiu oito Estados na sexta-feira, ainda mais no setor no qual ela esteve à frente durante anos, Dilma foi categórica. "Ela quer muito mais ações preventivas para ter um sistema absolutamente confiável", afirmou a fonte. Uma fonte do Planalto revelou que Dilma continua insistindo em não aceitar como explicação para o ocorrido a falha no cartão de proteção da subestação Luiz Gonzaga, em Pernambuco.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou ontem que o sistema Nordeste já estava com uma linha de transmissão desligada para manutenção, o que contribuiu para agravar as condições do sistema da região.
Falhas. O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, disse ao Estado que, de fato, há alguns anos, não era prática da agência fazer muitas fiscalizações preventivas, mas a agência passou a atuar nessa frente de forma mais intensa nos últimos anos.
"Ano passado fizemos muito mais fiscalizações do que a média histórica da agência", ressaltou. E confirmou que a presidente quer que o órgão regulador priorize esse tipo de fiscalização. Para cumprir essa demanda, Hubner informou que o quadro de funcionários da equipe de fiscalização terá de ser reforçado. "Temos de colocar mais gente nas linhas (de transmissão). De fato, ela quer e acho que é muito importante mesmo."
A participação da Aneel, segundo Hubner, na reunião de terça-feira foi para acompanhar e assessorar os outros agentes do setor elétrico, pois a agência só poderá atuar de forma concreta depois da conclusão do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), previsto para ser divulgado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) até amanhã.
"A gente tem discutido, vai ter de rediscutir, ver se teve problema de decisão operacional. Acho que cabe uma revisão da questão da proteção como um todo", ressaltou. Hubner explicou que "por causa de um erro de proteção, teve de desligar tudo". Por essa razão, sustentou, terá de ser averiguado o que de fato aconteceu para desencadear o desligamento do sistema e, depois disso, elaboradas recomendações e instruções para evitar que o incidente se repita.
"A origem foi uma falha no cartão de proteção. Mas aquilo não pode acontecer (desligar o sistema e deixar milhões de consumidores no escuro)", ponderou."

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"Linhas de transmissão terão fiscalização extra" (Fonte: O Globo)

"Após apagões em Nordeste e São Paulo, governo determina vistoria também em subestações. Dilma cobra rapidez

As principais linhas de transmissão e subestações de energia do Sistema Interligado Nacional passarão por uma fiscalização extraordinária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2011. A determinação - anunciada ontem pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e que terá como foco a "funcionalidade dos esquemas especiais de proteção" - ocorreu cerca de 12 horas após a presidente Dilma Rousseff convocar reunião de urgência com os principais órgãos do setor elétrico e as estatais diretamente relacionadas ao apagão da última sexta-feira no Nordeste. A reunião ocorreu no mesmo dia em que novo apagão deixou parte da cidade de São Paulo às escuras por cerca de meia hora.

Entre as linhas mais importantes que precisarão ser fiscalizadas estão as interligações com as grandes usinas e os chamados linhões, que cortam todo o país e são como espinhas dorsais do setor elétrico nacional. Uma delas é a que liga Foz do Iguaçu a Ibiúna (Paraná a São Paulo), que teve problemas durante o blecaute de 2009, que afetou quase todo o país.

"Ela não gostou do episódio", diz ministro sobre Dilma

O Sistema Interligado Nacional já é submetido a um calendário de fiscalização, além de estar sob monitoramento 24 horas do Operador Nacional do Sistema (ONS). Também tem programação de manutenção, feita pelas próprias empresas responsáveis pelas linhas e subestações de energia (postos de conexão das linhas de transmissão).

Dilma comandou sozinha a reunião com os órgãos do setor elétrico, do qual dispensou os chamados ministros da casa, Antonio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais). Ela afirmou aos presentes que era preciso diligência no caso e não apelar para a história de falha do cartão.

A presidente lembrou a importância da transparência e de se falar a verdade, relatou um interlocutor do Palácio do Planalto. A presidente teria dito que "as pessoas têm de assumir a responsabilidade". Ela também cobrou celeridade nas investigações. A reunião terminou por volta das 22h de terça-feira.

Antes do meio-dia de ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao ser incitado a contar como foi a reunião, anunciou uma fiscalização extraordinária e pregou a transparência na divulgação das informações. Para minimizar o fato de a presidente ter tomado as rédeas do assunto, Lobão disse ter partido dele a ideia do superencontro de terça à noite, para apresentar o quadro "com absoluta clareza". Sobre o espírito de Dilma no encontro, limitou-se a dizer: "Ela não gostou do episódio".

Relatório preliminar deve ficar pronto amanhã

À tarde, o Ministério de Minas e Energia soltou nota afirmando que já na segunda-feira Lobão determinou que fosse elaborado com "urgência" o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) sobre o apagão e informando a fiscalização extraordinária. E acrescentou: "(Lobão) determinou, ainda, que se investigassem, entre outros, os seguintes pontos: a adequação dos procedimentos operativos vigentes e as medidas operativas adotadas; o desempenho do sistema Nordeste durante a ocorrência; todo o processo de recomposição do sistema e eventuais falhas de equipamentos durante o restabelecimento das condições operativas; e a abrangência da interrupção do suprimento".

A conclusão do relatório está prevista pelo ONS para amanhã. Somente depois da sua conclusão, a Aneel abre formalmente o processo de fiscalização.

Dilma está muito incomodada com o fato de o blecaute ter ocorrido em meio à troca que ela promove no setor elétrico, com o afastamento de indicações de alguns grupos políticos. O apagão, lembrou uma fonte, acabou incentivando pressões sobre a presidente na dança das cadeiras - os eventos têm relação direta com a Chesf, subsidiária da Eletrobras no Nordeste. Há nomeações de presidentes e diretores em curso nos dois casos e nas demais estatais do setor, como Eletronorte e Itaipu."



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"Automóveis e alimentos prejudicam desempenho em SC" (Fonte: Valor Econômico)

 "Quedas na produção de automóveis e de alimentos prejudicaram o desempenho da indústria catarinense em 2010, colocando os níveis de produção do Estado abaixo da média nacional. Santa Catarina ficou na lanterna no ranking nacional de produção industrial, com 6,5% de crescimento, abaixo da média nacional de 10,5%.
Segundo dados do IBGE, compilados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), de janeiro a novembro do ano passado o setor de veículos automotores acumulava queda de 25,76% na produção e 40,66% nas vendas em relação ao desempenho de 2009. O resultado da indústria alimentícia também apresentava índice negativo, com queda de 1,6% na produção e de 8,86% nas vendas.
No último mês do ano, no entanto, o Estado teve crescimento de 5,2% na produção industrial sobre igual período de 2009. Na relação entre novembro e dezembro de 2010, o crescimento em Santa Catarina foi de 3%.
Segundo o vice-presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, o Estado leva desvantagem, porque não possui setor extrativo mineral forte nem polo voltado para a indústria automotiva. Segundo o relatório do IBGE, automóveis, eletrodomésticos da "linha marrom" e commodities, como o aço e grãos, puxaram o crescimento nacional.
Apesar de o setor de autopeças ter apresentado resultados positivos, o segmento levou desvantagem com a paralisação das atividades da fabricante de carrocerias de ônibus Busscar. A empresa de Joinville enfrenta dificuldades financeiras desde 2009, que se agravaram no ano passado.
Em 2008, o último ano em que a empresa informou dados de produção à Associação Nacional de Fabricantes de Ônibus (Fabus), foram produzidos 4.752 carrocerias. Em 2009, a empresa só manteve a entidade atualizada até agosto. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foram fabricados 1.282 ônibus. Em 2010, as linhas de produção funcionaram esporadicamente.
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores em Santa Catarina (Sindipeças), Hugo Ferreira, questionou o resultado negativo do setor. Segundo o dirigente, as 22 empresas ligadas à produção de autopeças no Estado tiveram crescimento de 51,3% em faturamento, e crescimento de 70,89% nas exportações. No acumulado dos 12 meses de 2010, Santa Catarina teve superávit de US$ 353 milhões no setor. Segundo Ferreira, o resultado foi o primeiro entre os Estados brasileiros, que sofreram com a entrada de produtos importados.
Na produção de alimentos, a produção de suínos e aves, que detém a maior fatia do setor, ainda sentiu o impacto da retração do consumo mundial com a crise internacional, que se agravou no fim de 2008 e se estendeu por 2009. Segundo Clever Pirola Ávila, presidente da Associação Catarinense de Avicultura, 2010 começou ainda sob os efeitos da crise. O crescimento ganhou ritmo com o decorrer do ano, atingindo o ápice de produção em dezembro, embalado pelas vendas de fim de ano. Segundo Ávila, a avicultura catarinense teve crescimento de 6% na comparação entre 2010 e 2009, o que representou abate de cerca de 2,8 milhões de toneladas.
Segundo Côrte, da Fiesc, se fossem desconsiderados os segmentos de automóveis e alimentos, o Estado teria ganhado um ponto percentual em índice de crescimento nas vendas. Ele ponderou que, apesar de o resultado ter ficado aquém da média nacional, foi positivo. Côrte lembrou que em 2009 a queda da produção industrial no Estado foi de 8% e em 2009, de 1%. "Foi um ano de recuperação importante, apesar de não termos apresentado nenhum resultado excepcional."
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"Ação do MPT contra Imbralit pede substituição do cancerígeno amianto e R$ 5 milhões por danos morais" (Fonte: MPT-SC)

"Criciúma (SC), 09/02/2011 - O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Criciúma entrou com ação civil pública com pedido de liminar (ACP) contra a Imbralit Indústria e Comércio de Artefatos de Fibrocimento Ltda., para que esta substitua o amianto por outra matéria-prima em sua linha de produção, num prazo de 90 dias. O MPT também pede na ação, que a empresa pague R$ 5 milhões a título de dano moral coletivo por irregularidades no meio ambiente do trabalho. 
O amianto é uma fibra mineral usada em alguns países, notadamente os pouco desenvolvidos ou em desenvolvimento, para produção de telhas e caixas d'água, entre dezenas de outros produtos. Desde a década de 1970, seu uso vem sendo restrito devido ao risco mortal a que ficam expostos os trabalhadores, principalmente. Já foi banido em 58 países da Europa, América do Norte, África, América Latina e na Arábia Saudita. A poeira liberada pelo amianto causa asbestose (endurecimento dos pulmões que leva lentamente à morte), câncer do pulmão e mesotelioma, tumor maligno 100% fatal que acomete o pericárdio (camada que reveste externamente o coração), o peritônio (camada que reveste internamente a cavidade abdominal) e a pleura (camada que reveste o pulmão). A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Instituto Nacional do Câncer, entre outras organizações nacionais e internacionais, consideram que não há níveis seguros para o uso do amianto.

Na ação de autoria do procurador do Trabalho Luciano Lima Leivas, constam os relatórios das fiscalizações à empresa Imbralit feitas pela Vigilância Sanitária em 2006 e no ano passado. Os documentos comprovam que a Imbralit sequer está cumprindo o “termo de acordo nacional do uso seguro e responsável do amianto”, do qual é signatária e que define ´pretensos parâmetros técnicos para manipulação do amianto em níveis defendidos por empresas do setor e pela Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) como “seguros”.

Entre as principais normas desrespeitadas pela Imbralit estão a umidificação e ventilação precárias ou insuficientes, descarte das águas da lavanderia de roupas contaminadas com a poeira do amianto diretamente na rede de esgoto comum, inexistência de controle efetivo da poeira do amianto no ar. Um dos testes constatou que a quantidade de fibras de amianto suspensas no ar nos locais de trabalho chegou a 0,23 f/ml³ (fibras por milímetro cúbico) e o limite de tolerância fixado pelo “termo” para fibras suspensas respiráveis é de no máximo 0,10 f/ml³. 

Outra obrigação estabelecida no “acordo” é a que determina que após o término do contrato de trabalho a empresa deve realizar o acompanhamento médico dos trabalhadores durante 30 anos. De acordo com a fiscalização, a empresa não realiza busca ativa dos ex-funcionários. O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador está fazendo essa busca e já identificou um motorista autônomo de transporte de amianto que pode ter prestado serviços para a Imbralit e morreu vítima de mesotelioma. “O MPT não considera o 'termo' um instrumento capaz de legitimar a exposição de trabalhadores a esta matéria-prima carcinogênica e a Imbralit comprova nossa tese, visto que sequer atende ao que ela própria elegeu como uso seguro”, argumenta o procurador. 

O “termo de acordo nacional do uso seguro e responsável do amianto” nasceu no final da década de 1980, época em que o banimento do amianto já era efetivo em vários países desenvolvidos, quando foi criada dentro da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI) a Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA). Em 1995, foi sancionada a Lei federal 9.055, que regulamenta a exploração, transporte e manuseio do amianto. A Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) questiona a lei em Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que está desde 2008 aguardando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Há dezenas de ações no STF, tanto de defensores do uso do amianto, quanto dos que querem seu banimento total, como já é realidade em tantos países industrializados. 

Quatro estados e 20 municípios, no entanto, já aprovaram leis banindo o uso do amianto, como os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, e os municípios de Osasco e São Paulo. Em Santa Catarina, por duas vezes nessa última década, a Assembleia Legislativa arquivou proposta de lei para proibir o uso da fibra no estado. A Imbralit fez lobby contrário nas duas oportunidades (2007 e 2008).
Substituição é viável
A substituição da matéria prima amianto crisotila por outras substâncias menos nocivas à saúde humana é uma das diretrizes fixadas pela Convenção 162 da OIT, da qual o Brasil é signatário. Desde 2001, se produz no Brasil, com absoluto sucesso, telhas e caixas d'água sem amianto, utilizando-se o poli álcool vinílico (PVA) ou o polipropileno (PP), materiais não nocivos à saúde humana. A própria Imbralit de Criciúma substituiu o amianto na produção de caixas d'água em meados de 2008. Recentemente, encomendou estudos para fazer o mesmo na produção de telhas, mas recuou e continua expondo centenas de trabalhadores ao amianto. “A Imbralit decidiu não fazer a substituição por razões meramente econômicas. Tecnicamente, inclusive, o estudo demonstrou que a empresa está preparada para adotar outras matérias-primas na sua linha de produção de telhas”, conta. 

A Imbralit é a quarta maior empresa do setor de produtos de fibrocimento e a única do segmento instalada em Santa Catarina. Embora seu foco de distribuição esteja voltado para a Região Sul do país, a empresa atua nacionalmente e exporta para países da América do Sul e da África. Suas atividades envolvem cerca de mil trabalhadores, direta e indiretamente. A Imbralit detém 11% do mercado brasileiro de fibrocimento a base de amianto. 

Além das irregularidades relativas ao amianto, o MPT ainda elenca outras normas de saúde, higiene e segurança descumpridas pela empresa, em número superior ao total de letras do alfabeto. “Desde a falta de fornecimento de equipamentos de proteção, passando pela inexistência de cuidados ergonômicos, até a falta de higienização das instalações sanitárias, demonstrando que a empresa não reúne condições elementares para controlar o uso da substância cancerígena”, conclui Luciano Lima Leivas. 

O efeito cancerígeno do amianto foi diagnosticado pela primeira vez há mais de um século, em 1906, pelo médico francês Armand Auribault. Os males causados pela fibra podem levar de 15 a 50 anos para se manifestar. “Ainda que o amianto seja banido do Brasil, o pior está por vir”, afirma Eduardo Algranti, pneumologista da Fundacentro, órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, sobre a legião de doentes terminais gerados pela fibra."
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