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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
#STF: "Mais 550 em #Furnas" (Fonte: Correio Braziliense) #Eletricitários
Correio Braziliense - 18/02/2012
Às vésperas de caducar o prazo para que os aprovados em um concurso público em 2009 tomassem posse em Furnas Centrais Elétricas, um acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho, a estatal e o Sindicato da Federação Nacional dos Urbanitários acendeu uma luz no fim do túnel para 550 futuros servidores. Os cargos são diversos, desde o nível elementar até o superior. As nomeações serão feitas gradualmente nos próximos cinco anos. Essa foi a decisão final de uma reunião ocorrida na última quinta-feira e presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Nela, ficou determinado que, a partir deste ano, serão empossados 110 servidores e o mesmo número se repetirá até 2017, de acordo com o procurador do MPT, Fábio Leal. Os candidatos aprovados na seleção tinham a sua nomeação em risco, já que o prazo para a convocação expiraria em 28 de março deste ano. "Furnas se comprometeu ainda em investir R$ 2 milhões em cursos de especialização dos terceirizados que serão dispensados ao longo do prazo, para que, assim, consigam se recolocar no mercado de trabalho", informou o procurador. Em 2006, Leal entrou com uma ação na Justiça para que Furnas reduzisse o quadro de terceirizados. "Naquela época, eram 2,5 mil. Hoje, são cerca de 1 mil. É inadmissível que a estatal ainda tenha em seu quadro pessoas terceirizadas trabalhando em áreas estratégicas e que integram a atividade-fim da empresa", comentou. Na época do concurso, pouco mais de 100 dos 900 aprovados foram absorvidos pela companhia e a nomeação dos restantes foi alvo de uma extensa disputa judicial. "O processo se arrastou por anos. Mas, finalmente, tivemos um resultado favorável", disse Leal. Segundo ele, o acordo é uma grande conquista. "Foi muito importante, porque preservamos o interesse dos concursados", afirmou."
Telefônicos: "#Embratel assume controle da #Net" (Fonte: Correio Braziliense)
A Embratel exerceu sua opção de compra do controle indireto da prestadora da operadora de telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura Net Serviços. De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa notificou a Globo Comunicação e Participações (Globopar) sobre exercício de compra de 5,5% do capital votante da GB Empreendimentos e Participações, controladora da Net, assumindo, assim, o comando da companhia de TV paga. Até então, a Globo detinha 51% da GB, enquanto a Telmex, controladora da Embratel, mandava nos 49% restantes. A mudança, que passa o controle da Net ao grupo América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim, já era amplamente esperada pelo mercado desde a aprovação, em 2011, do Projeto de Lei nº 116 no Senado. A lei regulamentou o segmento de TV por assinatura e a participação de sócios estrangeiros no capital de empresas brasileiras de distribuição de conteúdo. Em outubro, a Embratel já havia pedido à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o aval para assumir o controle da Net. Mas, antes mesmo do sinal verde, as empresas de Slim no Brasil anunciaram pacotes combinados de serviços, dando início, na prática, à união entre as empresas. Embora considerada estratégica para o grupo mexicano, a operação brasileira é apenas parte de um ambicioso plano de investimentos, de US$ 35 bilhões no total, na América Latina nos próximos anos. Com dinheiro em caixa para financiar a própria expansão, o grupo de Slim sinalizou que a maior parte dos recursos reservados para 2012 será liberada conforme as oportunidades de negócios. Mas o vice-presidente financeiro da América Móvil, Carlos Garcia Moreno, disse que, nos próximos anos, os montantes investidos serão similares aos de 2011. No ano passado, a companhia aplicou US$ 9,7 bilhões na região. Fibra óptica "Esperamos que seja enorme o crescimento de serviços de dados fornecidos por redes sem fio. Precisamos construir infraestrutura de dados para nos preparar para esse crescimento", disse Moreno. "Faremos grandes investimentos para integrar nossas redes fixas e móveis e estamos definindo plataformas que substituirão todos os cabos de cobre por fibra óptica para que os dados possam ser transferidos a velocidades maiores", acrescentou."
"Dnit mantém terceirizados em áreas de decisão" (Fonte: Estadao)
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) mantém 1,5 mil funcionários terceirizados - metade do total - em situação irregular. O efetivo corresponde aos contratados que, contrariando a lei, trabalham em áreas ligadas à finalidade do órgão, ou seja, em vagas que deveriam ser ocupadas por concursados. Conforme estudo ao qual o Estado teve acesso, a terceirização está disseminada por vários setores. Entre eles está a engenharia, crucial para o desenvolvimento de projetos e obras. Na área financeira, com 31 servidores, apenas um é da casa. Nada menos que 70% das senhas do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) - que permitem, por exemplo, autorizar ou bloquear pagamentos e fazer registros de inadimplência de empresas e órgãos públicos - estão nas mãos de terceirizados. Na Coordenação-Geral de Meio Ambiente, responsável por obter cerca de 50 licenças ambientais por ano, além de negociar com órgãos como o Ibama e a Funai, 41 dos 50 funcionários são contratados. Na Coordenação-Geral de Planejamento, que programa investimentos e elabora o orçamento, são 40 entre 57 integrantes. Ajustes. Desde 2005, o Tribunal de Contas da União (TCU) aponta irregularidades em sucessivas auditorias e determina ajustes nos contratos de terceirização do Dnit. Dirigentes da autarquia chegaram a ser multados, em 2009, por não providenciar a contratação de pessoal. Em relatório de janeiro deste ano, o TCU registrou que não houve avanços: "Ao contrário, a terceirização de profissionais para a realização de atividades finalísticas aumentou". Em acórdão aprovado em plenário, foram cobradas explicações do novo diretor-geral, Jorge Pinto Fraxe, e dados 60 dias para se corrigir aqueles desvios. Segundo na hierarquia do Dnit, o diretor executivo Tarcísio Gomes de Freitas adianta que, mantidas as atuais condições, a autarquia continuará em desobediência à lei e ao TCU. "Em todas as áreas, a quantidade de terceirizados é muito maior. Se cumprirmos à risca o entendimento do tribunal (de tirá-los), a gente fecha as portas", adverte. Freitas diz estar "escancarando as chagas do Dnit". Em reportagem publicada ontem pelo Estado, admitiu que a autarquia não tem condições de executar o PAC - principal motivo: carência de pessoal, justamente nas áreas fim. Estudo encomendado pela nova cúpula do órgão mostra, por exemplo, que há em atividade menos de um terço dos engenheiros necessários. Com 2.695 funcionários de carreira, o Dnit sucedeu ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), extinto após seguidos escândalos de corrupção e que chegou a ter 35 mil servidores quando o próprio governo executava as obras. Em 1987, o órgão tinha 16 mil empregados."
"Salário recorde e desemprego de 5,5%" (Fonte: Correio Braziliense)
Apesar da clara desaceleração da atividade econômica, o emprego resiste. A renda real subiu 0,7% em janeiro e alcançou R$ 1.672, o valor mais elevado para o mês. Nível de desocupação também é o menor em igual período » VÂNIA CRISTINO Com emprego garantido e salário em alta, os brasileiros começaram 2011 com o pé direito. O rendimento médio dos trabalhadores bateu recorde para meses de janeiro, alcançando R$ 1.672,20, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi de 0,7% em relação a dezembro e de 2,7% ante janeiro de 2010. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou em 5,5% no primeiro mês do ano. Embora seja maior do que o índice verificada em dezembro último, de 4,7%, também é a menor da série histórica iniciada em 2002 para janeiro. Segundo o IBGE, que faz a Pesquisa Mensal de Emprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país, a elevação dos salários foi generalizada. A exceção foi o Rio de Janeiro, onde o rendimento caiu 1,6% no mês. Em contrapartida, houve alta expressiva em Recife, de 7,3%, puxada por aumentos de até 23,4% no setor de serviços, que inclui hospedagem, recreação e alimentação, além de 11,5% na indústria. A região metropolitana de Recife tem peso de 12% na fórmula de cálculo do rendimento médio do trabalhador. Em São Paulo, com maior participação na mostra, os salários variaram apenas 0,1%. Em Salvador, subiram 3%; em Belo Horizonte, 1,7%; e em Porto Alegre, 4%. O gerente da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, disse que Recife pode ser um ponto fora da curva. No seu entender, a amostra que o instituto toma como base para a pesquisa é sempre rotativa e pode ter pegado em Recife justamente os trabalhadores de rendimento mais alto, o que afetou o resultado final. "Aumentos fora do padrão podem ser por causa da amostra e podem ser corrigidos ao longo do tempo", explicou. As observações do gerente do IBGE não convenceram o economista-chefe da Opus Gestão de Recursos, José Márcio Camargo. Professor da PUC-Rio e um dos maiores especialistas em mercado de trabalho, Camargo argumentou que a rotatividade da amostra é constante na pesquisa e que, por isso, não deveria causar esse efeito. De qualquer forma, ele salienta que o resultado, mesmo excluindo Recife, foi altamente positivo, resultado de um mercado de trabalho que continua aquecido apesar de a economia como um todo estar crescendo a taxas mais baixas. "Com o desemprego em queda aumenta muito o poder de barganha do trabalhador", afirmou. De acordo com o IBGE, também contribuiu para esse quadro a menor dispensa de trabalhadores temporários, que costumam ter menores salários que os trabalhadores efetivos. No mês passado, a economia foi capaz de reter essa mão de obra. Hora de consumir As amigas Elayne Pereira, 24 anos, e Raquel Dias, 19, desempregadas desde o segundo semestre do ano passado, não param de comemorar a vaga tão esperada de atendentes de telemarketing. O novo emprego foi conquistado em janeiro. O salário é o mínimo, R$ 622, mas, com ele, elas pretendem investir nos estudos e consumir. Elayne contou que, já de posse do primeiro rendimento, pagou uma parte das dívidas. Agora, se sente mais confortável para comprar algumas roupas e um celular. Raquel é mais controlada, mas já tem um destino certo para o dinheiro que receberá. "Vou guardar uma parte do salário para investir nos meus estudos e o que sobrar, gastar com o que tiver necessidade, sem ficar endividada", afirmou. Para Silvia Marques, o emprego de vendedora de loja caiu do céu. Ela estava sem renda fixa há sete meses e, no mês passado, recebeu o primeiro salário, de R$ 750. Com dinheiro no bolso comprou roupas e uma câmera digital. "Sei que poderia ter gastado menos, mas depois de tanto tempo sem consumir nada, não resisti", confessou. O desemprego em baixa deve continuar ao longo do ano, embora, até maio, por conta de fatores sazonais, a taxa deva seguir em alta, mas em percentuais menores do que os verificados nos mesmos meses de 2011. Pelos cálculos de José Márcio Camargo, se o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 3% este ano, a taxa de desemprego cairá, em média 0,45 ponto percentual, ficando em torno de 5,5% em 2012. No ano passado, a taxa de desemprego fechou em 6%. Um dado interessante da PME de janeiro foi a redução expressiva da atividade de serviços domésticos. O setor desempregou 65 mil trabalhadores, uma queda de 4,2%. O que aparentemente é uma má notícia, mostra apenas, na avaliação do economista Cimar Azeredo, que a população antes ocupada nesse setor está tendo melhores oportunidades no mercado. Indústria demitiu Nem todos os setores geraram emprego em janeiro. Enquanto os serviços e o comércio mostraram dinamismo, a indústria caminhou em sentido contrário e cortou vagas. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram dispensados no mês passado 23 mil trabalhadores. Também houve corte de 75 mil vagas no setor de serviços prestados a empresas, que abrange empregos terceirizados da indústria. A queda foi de 2% em relação a dezembro. "Os serviços prestados são de intermediação financeira, terceirizados, consultorias. Foi a primeira vez que o emprego nesse setor caiu de forma expressiva", disse Cimar Azeredo, gerente da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE."
"Ibama autua consórcio responsável por Belo Monte" (Fonte: O Globo) #Eletricitários
O Globo - 18/02/2012
Norte Energia ainda leva multa de R$ 7 milhões por atraso na implantação do Projeto Básico Ambiental no Rio Xingu BRASÍLIA. O consórcio Norte Energia, responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, foi autuado ontem pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por atrasos na implantação do Projeto Básico Ambiental (PBA). A empresa foi também multada em R$ 7 milhões. O PBA é um conjunto de 14 planos, 54 programas e 86 projetos impostos como condicionantes para a emissão da licença de instalação da obra, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Norte Energia vai recorrer da autuação. O grupo informou, em nota, que adotará os procedimentos administrativos cabíveis, por exemplo, interpondo recurso. Além da aplicação da multa, o Ibama exige da Norte Energia um plano de ação para regularizar o cronograma dos projetos ambientais executados em Altamira (PA) e região. A empresa afirma, porém, que o próprio Ibama teria reconhecido na autuação que os problemas não implicam "reflexos ambientais negativos". A Norte Energia destaca que a notificação não implica suspensão da licença de instalação, emitida em junho do ano passado, e que as obras do empreendimento podem seguir seu curso normal. A multa é pequena em relação ao custo total da obra, de R$ 34 bilhões, e ao custo socioambiental que o consórcio terá de bancar para construir o empreendimento, estimado em mais de R$ 2 bilhões. Somente em um convênio com o governo do Pará, o consórcio se comprometeu a pagar R$ 100 milhões para fortalecimento da segurança pública, devido ao aumento populacional previsto. Segundo o Norte Energia, R$ 88 milhões são pagos por ano como compensação financeira à região. A construção da hidrelétrica de Belo Monte, com 11.233 megawatts (MW) de capacidade instalada, no Rio Xingu, no Pará, é a mais polêmica do país, do ponto de vista ambiental. Desde 2006, quando o governo decidiu reduzir o lago formado pela barragem para que a usina fosse construída, o Ibama já emitiu 120 diferentes documentos sobre a obra. Na semana passada, outro episódio mostrou que conflitos em torno das obras permanecem presentes na região. O Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que representa 250 entidades, acusou o grupo Norte Energia de oferecer condições precárias para realocar as pessoas que vivem nas proximidades das obras. A acusação foi considerada "irresponsável e leviana" pelo consórcio, que diz que a mudança dos moradores da Vila Santo Antônio é pacífica e consensual. O empreendimento terá impacto na vida de 4.500 famílias da região. O consórcio Norte Energia é formado por empresas do grupo Eletrobras, fundos de pensão, Vale, Sinobras, J. Malucelli Engenharia, Neoenergia, Cemig, Light e o fundo Caixa Cevix."
"Mais de 400 mil espanhóis vão às ruas contra reforma trabalhista" (Fonte: Estadao)
Nas principais cidades do país, manifestantes protestaram contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo Empossado em dezembro, o primeiro-ministro da Espanha, o conservador Mariano Rajoy, enfrentou ontem os primeiros protestos públicos contra seu governo. Mais de 400 mil espanhóis, segundo estimativas dos sindicatos, teriam se reunido em diversas manifestações realizadas pelo país contra a reforma e a liberalização do mercado de trabalho e contra novas medidas de austeridade adotadas em Madri. As manifestações foram organizadas por duas centrais sindicais, as Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) em Madri e outras 56 cidades do interior. Na capital, os protestos se concentraram em grandes avenidas no entorno da Estação de Atocha e da praça Porta do Sol, dois dos mais importantes pontos turísticos do centro. Um dos focos de insatisfação dos espanhóis é o novo pacote de corte de gastos e de aumento de impostos, da ordem de € 15 bilhões. As medidas de rigor fazem parte de um total de € 40 bilhões que o governo busca economizar com o objetivo de cumprir as metas de redução do déficit fiscal acertadas com as autoridades da União Europeia. Mas o principal objetivo de descontentamento é a reforma do mercado de trabalho. Na última sexta-feira, o Conselho de Ministros, presidido por Rajoy, aprovou a primeira parte da reforma, com medidas para a redução do custo de uma demissão. Em lugar de 45 dias de indenização geral, as empresas terão de pagar o equivalente a 33 dias de trabalho por ano que o trabalhar passou na companhia. Se o empregador comprovar que passa por dificuldades no balanço do trimestre, sem apresentar lucro, a indenização poderá ser reduzida a 20 dias. Em qualquer hipótese, o ressarcimento não ultrapassará 24 meses. Também a lista de demissões consideradas como justa causa será aumentada. As medidas adotadas pelo governo Rajoy visam a enfrentar o desemprego na Espanha, a quarta maior potência da zona do euro, cuja economia sofre com um desemprego recorde de 22,85%. Entre jovens, a taxa chega a 48%. Para o ministro da Economia, Luis de Guindos, as medidas são extremamente agressivas para flexibilizar o mercado de trabalho. Ontem, Rajoy defendeu a reforma. Segundo ele, as mudanças na lei do trabalho corrigem injustiças. "O governo do Partido Popular implantou em sete semanas mais reformas que os socialistas em sete anos", afirmou. Além dos protestos em Madri, mobilizações contra pacotes de austeridade foram organizadas em várias capitais europeias. Em Paris, uma reunião aconteceu próximo à Torre Eiffel. Com AFP e EFE."
"Desemprego entre jovens cai à metade no Brasil" (Fonte: O Globo)
Autor(es): Fabiana Ribeiro
O Globo - 19/02/2012
Na contramão de países desenvolvidos atingidos pela crise, o desemprego no Brasil entre os jovens caiu à metade, para 13,4%, nos últimos oito anos. Na Europa, a taxa chega a quase 50%. Já os brasileiros com mais de 50 anos vivem o pleno emprego.
Desemprego de jovens cai à metade no Brasil, enquanto na Europa beira 50%.Os mais novos aumentam escolaridade
Acena clássica que se imagina quando uma pessoa vai procurar emprego — olhar os classificados, esperar por entrevistas — não condiz com a história de Leandro Justin. "Não fiz nem currículo", conta o professor de inglês de 21anos.
E foi contratado há algumas semanas pela primeira empresa em que bateu à porta em busca de trabalho, numa escola de idiomas. Leandro faz parte de uma juventude brasileira que, desde 2003, viu o desemprego cair praticamente à metade. Em 2011, a taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos, nas seis principais regiões metropolitanas do país, fechou em 13,4% — ainda elevada, mas bem distante dos 23,4% vistos em 2003. Cenário que contrasta com o que se nota nos países desenvolvidos, onde a crise atormenta os jovens europeus com taxas de desemprego próximas a 50%.
— Quem procura encontra trabalho.
Pode não dar muito para escolher.
Mas minha opção foi levar dinheiro para casa. Estou satisfeito — disse Leandro, professor do Brasas.
A percepção de Leandro se observa em números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. Segundo Cimar Azeredo, gerente da PME, o nível de ocupação dos jovens de 18 e 24 anos cresceu 11,7% nos últimos oito anos — acima da dos adultos, que aumentou 8,9%. De um lado, o bom momento da economia brasileira nos anos recentes tornou mais dinâmico o mercado de trabalho, e esse movimento favoreceu os mais novos também.
Por outro, os jovens fizeram a sua parte e aumentaram a escolaridade.
Dados da Pnad de 2009, indicam que mais da metade desses jovens cursa ou possui nível médio.
— A mão de obra brasileira está mais qualificada e, por isso, parte em busca de ocupações que exigem mais formação. Não é à toa que serviços domésticos ficaram mais caros justamente por falta de gente. Hoje, funções que surgiam por falta de oportunidade, como emprego doméstico, já não são mais a primeira opção do jovem que sai da escola. Isso é uma mudança na estrutura do mercado de trabalho e o jovem, certamente, é um dos protagonistas desse processo — apontou Azeredo, acrescentando que falta a esse jovem políticas de inserção no mundo do trabalho. — O pesadelo de terminar uma faculdade, e ficar sem trabalho, ainda existe.
Qualificação é preocupante
l Na avaliação de Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), a taxa de desemprego dos jovens é tradicionalmente acima da média do mercado. Contudo, para ele, no Brasil, a distância entre os indicadores é maior do que deveria ser.
— Ainda assim, o jovem brasileiro é o mais otimista, numa comparação feita em 132 países. Há, sem dúvida, uma melhora e há uma perspectiva de que as coisas vão melhorar.
Em tempos de crise, são os jovens os primeiros a perder emprego. Por isso, milhares de jovens na Europa protestam nas ruas, reivindicando melhores oportunidades, especialmente na Espanha, onde a taxa de desemprego atingiu os 45,8% no terceiro trimestre de 2011. Altas taxas também registram Grécia (45%) e Portugal (30%). Os jovens italianos, com 26,5%, já sofrem com uma taxa acima da brasileira de 2003 (23,4%).
— A zona do euro vive uma situação dramática, com um quadro desalentador para todos, inclusive para os mais jovens. E, detalhe: jovens que têm, em geral, uma formação superior à dos brasileiros. Mas há preocupações por aqui também.
Apesar das vagas que se abrem numa economia com uma dinâmica de crescimento razoável, é bastante preocupante o tipo de qualificação dos jovens brasileiros. O Brasil está pessimamente colocado em competições internacionais de matemática ou ciências. Já a China aparece em primeiro lugar em muitas delas — comentou Mônica de Bolle, economista da consultoria Galanto.
Mas um mercado de trabalho mais dinâmico do que o de outros países não traz necessariamente os melhores empregos, lembrou Naércio Menezes, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa.
Muitos jovens estão ocupando funções abaixo de sua formação.
— A oferta de vagas que exigem mais qualificação não cresce no mesmo ritmo da demanda dos jovens com mais anos de estudo. Além disso, os ganhos das ocupações com pouca qualificação cresceram mais do que aquelas que exigem, por exemplo, nível superior.
Se na Europa — e também nos EUA — as famílias se ressentem de um mercado de trabalho em retração, no Brasil, os jovens conquistaram o direito de adiar a entrada no universo do emprego. Uma possibilidade que veio com o crescimento da renda dos brasileiros e políticas sociais que permitiram que muitos jovens optassem pelos bancos escolares em detrimento a um posto em uma empresa.
— Especialmente quem tem 15 a 17 anos escolhe estudar. Com mais renda, as famílias podem abrir mão dos ganhos desse jovem. E isso faz com que essa geração fique na escola por mais tempo — acrescentou Azeredo, do IBGE.
Pleno emprego dos com mais de 50 anos l
Aos 23 anos, Clarissa do Nascimento é formada em moda. Apesar do diploma, ela resolveu ampliar ainda mais sua formação e voltou, mais uma vez, aos bancos escolares. Está fazendo curso técnico de maquiagem e caracterização para, mais à frente, tentar uma vaga.
— Minha história é diferente da do meu pai. Ele, aos 18, precisou trabalhar para pagar a faculdade. Hoje, mesmo tendo me preparado financeiramente para esse momento sem trabalho, conto com o suporte da família. E não vou precisar correr atrás de trabalho agora. Com mais especialização, emprego não deverá ser um problema no meu futuro — disse.
Na outra extremidade, as estatísticas também trazem um cenário mais positivo. De 2003 para 2011, a taxa de desocupação dos profissionais com mais de 50 anos saiu de 5,3% para 2,3%.
— É pleno emprego — concluiu João Sabóia, professor do Instituto de Economia da UFRJ.
Após quase 30 anos na área de saúde, Rosana Maia, de 58 anos, decidiu recomeçar. Fez cursos de gastronomia e hoje dá aulas, presta consultoria e ainda organiza eventos.
— É como seu eu estivesse com 15 anos: me sinto apaixonada novamente pela vida. O diploma da atual profissão mais a minha experiência me garantiram um recomeço feliz — disse a chef de cozinha."
"Autarquia de energia quer reajuste em SP" (Fonte: Estadao) #Eletricitários
O Estado de S. Paulo - 20/02/2012
Projeto concedia aumento de até 91% a cargos de agência reguladora, mas governo vetou Em meio à política de austeridade que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) impõe à administração, executivos e dirigentes da Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) almejam revisão de vencimentos que pode elevar alguns contracheques a níveis bem superiores aos índices de inflação. A alegação oficial é que "há quase cinco anos" a equipe não tem aumento. A primeira investida foi frustrada - o governo vetou projeto original que garantia 91,69% a mais para alguns cargos, como o de ouvidor e o de secretário executivo. Esse plano foi vetado e a autarquia refez os cálculos. Um novo texto foi elaborado para projeto de lei complementar, que será enviado à Assembleia só depois de passar pelo crivo da Secretaria de Gestão e pela Casa Civil. A Secretaria de Gestão informou que o projeto de lei ainda está sendo analisado e "respeitará os limites legais de concessão de reajustes ao quadro de funcionários e a Lei de Responsabilidade Fiscal". Uma equipe da Gestão analisa rigorosamente a viabilidade técnica do reajuste e se o enquadramento é correto e de acordo com a política de contenção de Alckmin. A Arsesp é vinculada à Secretaria de Energia. Foi criada em 2007 pela Lei Complementar 1025, com a missão de regular, controlar e fiscalizar os serviços de gás canalizado e de monitorar 14 concessionárias de distribuição de energia elétrica. A direção da Arsesp alega que o aumento salarial pretendido não vai contemplar exclusivamente a cúpula da autarquia, mas "todos os funcionários" - são cerca de 200 em todos os níveis e funções. A primeira proposta revelava intenção de quase dobrar a folha dos cargos mais importantes. Por exemplo, o salário atual de diretor, R$ 9.795, passaria para R$15.995,63, reajuste de 63,3%. O cargo de superintendente, com remuneração de R$ 7.256, seria contemplado com 66,69%, pulando para R$ 12.094,99. Ouvidor e secretário executivo, com salário de R$ 7.256, teriam 91,69% de reposição, passando para R$ 13.909,24. A Arsesp afirmou que esses valores não estão em discussão no momento. "Talvez sejam relativos a uma primeira proposta, elaborada entre 2010 e 2011, que previa um aumento salarial para todos os cargos, e não apenas executivos, e que acabou sendo descartada." Segundo a assessoria, "um novo projeto de reenquadramento salarial para todos os funcionários da Arsesp está sendo discutido com o governo, uma vez que não há reajuste desde a criação da Agência, em 2007". A Arsesp mantém segredo sobre os números sugeridos no novo texto e não revela critérios e cálculos adotados. "Como as tratativas estão em andamento, não seria adequado que a Arsesp divulgasse os detalhes desse projeto. Os diretores preferem não se manifestar a respeito, uma vez que ainda não há uma proposta salarial definitiva.""
"Acuado e com reeleição ameaçada, reitor cancela negociata entre #UFPR e #Santander" (Fonte: @MobilizaUFPR)
O texto publicado no portal da UFPR contém parágrafos contraditórios entre si. Um deles afirma o seguinte: "De acordo com as pró-reitorias de Planejamento e de Administração, a legislação não permite [sic] que as instituições públicas tenham conta em instituições bancárias privadas, mesmo que seja uma conta de transferência de dados".
Já o parágrafo posterior alega que a UFPR teria seguido "todas as normas" da Lei de Licitações, e que, "apesar de cancelado", o processo "foi considerado dentro da legalidade e transparente".
Ora, se o processo fosse 'transparente', ao menos esse novo 'parecer' das duas pró-reitorias seria publicado na íntegra. Será mesmo que só descobriram agora –mais de um ano e meio depois de terem iniciado o processo– que estavam fazendo algo que 'a lei não permite'?
Aos fatos. O reitor Zaki Akel Sobrinho estava acuado. Em 31 de janeiro, por unanimidade, os servidores técnico-administrativos da UFPR haviam aprovado uma moção de repúdio na qual defendiam o cancelamento imediato do contrato.
Ao longo das semanas seguintes, o blog MobilizaUFPR.org tornou públicos os dois principais documentos do processo –o edital e o contrato assinado entre a universidade e o banco.
Com algum atraso, na manhã de ontem (17) a Apufpr também se posicionou contra a medida. "A administração da UFPR flerta com o ilegal ao agarrar-se ao privado antidemocraticamente e afronta os princípios da universidade pública, democrática e socialmente referenciada, tão cara ao coletivo dos docentes da UFPR", diz trecho inicial de nota publicada no site da associação.
Curioso notar que até mesmo o DCE, que inicialmente havia aprovado o negócio com o Santander, mudou de posição e passou a criticá-lo.
Ainda conforme o portal da UFPR, a decisão pelo cancelamento da parceria teria sido tomada na segunda-feira (13). Ou seja, a 'reavaliação' do processo pelo DCE ocorreu depois de o processo já ter sido revogado. É algo mesmo curioso, pra dizer o mínimo.
Os bastidores que cercam todo esse episódio ainda estão por ser revelados. O blog MobilizaUFPR apurou que, na última semana, Zaki Akel Sobrinho recebeu emissários do banco espanhol em seu gabinete, a portas fechadas.
A agenda do reitor, aliás, não é mais divulgada nem mesmo para os trabalhadores da Asssessoria de Comunicação Social (ACS) desde meados de novembro de 2011, quando vazou para a comunidade universitária a informação de que Zaki havia tido um encontro particular com Antônio Néris, candidato derrotado à presidência do Sinditest-PR.
O mandato de Zaki termina no próximo mês de dezembro. As eleições para a Reitoria da UFPR devem acontecer em junho ou em agosto.
Desgastado pelas críticas e com o seu desejo de reeleição seriamente ameaçado, o reitor optou por um recuo estratégico.
Não há como negar que esse recuo é uma vitória da mobilização das centenas de técnicos, professores e alunos que, mesmo nas férias, se manifestaram contra a parceria entre a UFPR e o Santader nas redes sociais, em espaços como o Facebook e o Twitter.
Nós, do blog MobilizaUFPR, vamos cobrar do MPF que, independentemente do cancelamento do negócio, o órgão emita o seu parecer a respeito da possível transação, a fim de sepultar qualquer nova tentativa similar no futuro."