"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconheceu nesta semana que 19 parques eólicos no Rio Grande do Norte estão "aptos a operar". Isso significa que as empresas controladoras dessas usinas, que somam 542,4MW de potência, passarão a ser remuneradas por uma energia que não está sendo entregue ao consumidor, uma vez que as instalações de conexão compartilhada de geração (ICGs) não estão prontas.
O Jornal da Energia apurou, com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que os projetos foram licitados no segundo Leilão de Fontes Alternativas, promovido em 26 de agosto de 2010 pelo governo. Considerando os 19 parques, a receita fixa desses projetos ultrapassa R$281,4 milhões anuais, o que custaria, sem as devidas atualizações monetárias, R$23,4 milhões mensais aos consumidores.
Segundo despachos publicados pela Aneel no Diário Oficial da União, estão aptas a operar cinco usinas do complexo Asa Branca (IV, V, VI, VII, VII), que somam 150MW, pertencentes ao consórcio Asa Branca Energias Renováveis, liderada pela americana Contour Global. Quatro parques da Dreen Brasil (92,4MW) e cinco da Iberdrola (Complexo Calango 150MW); quatro do complexo Renascença (120MW), da Energisa Geração, e a usina Ventos de São Miguel (30MW), da SMG.
Todas essas usinas deveriam estar conectadas às ICGs João Câmara III e Lagoa Nova, no Rio Grande do Norte. Mas os projetos, de responsabilidade da Chesf, ainda não estão prontos.
Segundo relatório de acompanhamento da Aneel, atualizado em setembro de 2013, a previsão é que essas instalações fiquem prontas em janeiro de 2015 (João Câmara III, atraso de 17 meses) e abril de 2014 (Lagoa Nova, atraso de 8 meses).
Esses projetos se somam a outros 626MW na mesma condição, aptos a operar em meados de 2012."
Fonte: Jornal da Energia