"Recebemos, via comentários no blog, a informação de que a Copel irá adotar um Coletor de Dados de Utilização de Veículos (RUV, como o chamam os colegas) que se assemelha a uma “tornozeleira eletrônica”.
Levamos o assunto à direção, e recebemos a seguinte resposta do diretor de Distribuição, Vlademir Daleffe.
“Prezados Senhores,
“Inicialmente, destaco a importante oportunidade disponibilizada por essa entidade para dirimirmos dúvidas como a apresentada abaixo, de forma direta e transparente.
“Realmente, com a constante e rápida evolução tecnológica que estamos vivenciando nos dias atuais, a Copel está testando, tomando como uma área piloto a região metropolitana de Curitiba, a nova versão do equipamento denominado CDV – Coletor de Dados de Utilização de Veículos (mais conhecido internamente como RUV), uma vez que a atual versão do equipamento está implantada há mais de 4 anos.
“Entendo a preocupação dos nossos empregados, já que essa nova versão traz inovações e avanços tecnológicos que provocam necessidades de adaptações de procedimentos até então habituados. Por este motivo e prevendo esses impactos, estamos, como já dito inicialmente, testando o equipamentos numa área piloto para as devidas avaliações na sua aplicação para a empresa, consumidores e empregados.
“Por outro lado, destaco também que não podemos ficar alheios aos avanços tecnológicos que, inegavelmente agregam valor e contribuem na melhoria de qualidade dos serviços prestados. Como todos sabem, os contratos de concessão de serviços de distribuição de energia, são extremamente regulados e o poder concedente, na sua fórmula de revisão tarifária que ocorre de 4 em 4 anos, cada vez mais tem exigido melhoria na qualidade, eficiência operacional e com custos rigorosamente condizentes ao objeto da concessão.
“Como exemplo da importância da aplicação do novo dispositivos, destacamos o fato de que a Aneel não permite repassar para os consumidores os custos operacionais ineficientes e os investimentos não prudentes. O não repasse desses custos às tarifas prejudicando os resultados financeiros da companhia. Para isso, a Aneel exige que a parcela de mão-de-obra e gastos com veículos, diárias de alimentação e outros que podem ser reconhecidas na base de remuneração (atividades que envolvem unidade de cadastro como medidores, ramais, etc), devem ser plenamente rastreáveis com a indicação da atividade, do eletricista, do veículo e do início e termino de cada uma das tarefas. O não detalhamento formal, poderá ensejar em glosas destes gastos contabilizados como investimentos. Na última revisão tarifária ocorrida em 2012 a Aneel promoveu glosas significativas que contribuíram para os prejuízos verificados no balanço do ano passado.
“Finalizando, posso afirmar com tranquilidade que trata-se de mais uma atualização tecnológica de um equipamento que já dispomos e utilizamos há muito tempo, e que não tem outra finalidade se não melhorar as condições de trabalho e a segurança para os empregados que utilizam os veículos como ferramenta de trabalho, já que ela também traz a possibilidade de rastreamento em tempo real do veículo, permitindo um maior apoio e segurança das equipes em campo.
“Espero ter esclarecido, porém me coloco a disposição para debatermos mais detalhamento deste caso ou de qualquer outro que seja do interesse dos empregados.
“Atenciosamente,”
Vlademir Daleffe"
Fonte: @ColetivoCopel