segunda-feira, 4 de maio de 2015

Íntegra do Decreto 8443, de 30.04.15: Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social

DECRETO Nº 8.443, DE 30 DE ABRIL DE 2015

 

Institui o Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, 

DECRETA: 

Art. 1o Fica instituído o Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social com a finalidade de promover o debate entre os representantes dos trabalhadores, dos aposentados e pensionistas, dos empregadores e do Poder Executivo federal com vistas ao aperfeiçoamento e à sustentabilidade das políticas de emprego, trabalho e renda e de previdência social e a subsidiar a elaboração de proposições pertinentes. 

Art. 2º São objetivos do Fórum debater, analisar e propor, entre outras, ações sobre os seguintes temas:

I - Políticas de Previdência Social:

a) sustentabilidade do sistema;

b) ampliação da cobertura;

c) fortalecimento dos mecanismos de financiamento; e

d) regras de acesso, idade mínima, tempo de contribuição e fator previdenciário; e

II - Políticas de Emprego, Trabalho e Renda:

a) fortalecimento do emprego, trabalho e renda;

b) rotatividade no mercado de trabalho;

c) formalização e preservação do emprego;

d) aperfeiçoamento das relações trabalhistas; e

e) aumento da produtividade do trabalho. 

Art. 3o O Fórum será composto por representantes dos seguintes segmentos:

I - do Poder Executivo federal, indicados pelos seguintes órgãos:

a) Secretaria-Geral da Presidência da República, que o coordenará;

b) Casa Civil da Presidência da República;

c) Ministério do Trabalho e Emprego;

d) Ministério da Previdência Social;

e) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e

f) Ministério da Fazenda;

II - dos trabalhadores ativos, indicados pelas seguintes entidades:

a) Central Única dos Trabalhadores - CUT;

b) Força Sindical - FS;

c) Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB;

d) União Geral dos Trabalhadores - UGT;

e) Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST;

f) Central dos Sindicatos Brasileiros - CSB; e

g) Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - Contag;

III - dos aposentados e pensionistas, indicados pelas seguintes entidades:

a) Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos - SINTAPI/CUT;

b) Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical - SINDINAPI;

c) Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos - SINDIAPI/UGT; e

d) Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas - COBAP; e

IV - dos empregadores, indicados pelas seguintes entidades:

a) Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA;

b) Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC;

c) Confederação Nacional das Instituições Financeiras - CNF;

d) Confederação Nacional da Indústria - CNI;

e) Confederação Nacional de Serviços - CNS;

f) Confederação Nacional do Transporte - CNT; e

g) Confederação Nacional do Turismo - CNTur. 

§ 1o Os membros do Fórum, sendo um titular e um suplente por órgão ou entidade, serão designados pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, mediante indicação:

I - dos titulares dos órgãos a que se refere o inciso I do caput; e

II - das entidades representativas de trabalhadores, de aposentados e pensionistas, e de empregadores a que se referem os incisos II a IV do caput

§ 2º Os indicados deverão ser pessoas que exerçam cargos ou funções de relevância no órgão ou na entidade.

§ 3o O Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República convidará representantes do Poder Legislativo para participar das discussões. 

Art. 4º O Fórum contará, para seu funcionamento, com o apoio institucional e técnico-administrativo dos órgãos do Poder Executivo federal que o integram. 

Art. 5o O Fórum terá prazo de duração de seis meses a partir da data de sua instalação, podendo ser prorrogado. 

Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 30 de abril de 2015; 194º da Independência e 127º da República. 

DILMA ROUSSEFF

Joaquim Vieira Ferreira Levy

Manoel Dias

Nelson Barbosa

Carlos Eduardo Gabas

Miguel Rossetto

Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.5.2015 

 

Força omite terceirização e Cunha diz que retirada de direitos não passará pelo Congresso (Fonte: Rede Brasil Atual)

"São Paulo – Em ato da Força Sindical, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu no dia (1º) a trabalhadores a defesa de seus direitos no Congresso. Sem fazer nenhuma menção ao projeto da terceirização (PL 4.330), que conseguiu aprovar a toque de caixa, garantiu: “Nada que for caracterizado como retirar direitos vai passar pelo Congresso Nacional”. A resistência à terceirização da atividade-fim, conforme previsto no projeto, é a bandeira de luta de todas as outras centrais e diversos movimentos sociais.
O silêncio sobre o projeto que tramita no Senado, e pode resultar na precarização da mão de obra no país, foi seguido por todos os outros políticos que subiram ao palanque da Força. Porém, o ataque às medidas provisórias 664 e 665, de ajuste fiscal, foram mencionadas em quase todos os discursos, entre eles o candidato derrotado do PSDB à presidência da República, Aécio Neves.
O presidente da Câmara anunciou que vai apresentar, em parceria com o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), presidente licenciado da Força, projeto prevendo correção do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com o mesmo índice da poupança (Taxa de Referência, TR), e não mais pelo índice fixo de 3% mais TR. “É um absurdo que o FGTS, a poupança do trabalhador, seja corrigido somente em 3%”, afirmou Cunha..."