quinta-feira, 31 de março de 2011

“Mulheres aderem mais que homens à previdência” (Fonte: O Estado de S. Paulo)


“Autor(es): Roberta Scrivano

O porcentual de aumento de participação das mulheres nos planos de previdência privada superou, pela primeira vez, o dos homens. A constatação é de um estudo realizado pela empresa de previdência privada Brasilprev, que analisou o perfil dos seus 1,3 milhão de clientes ao longo dos últimos cinco anos.
A participação das investidoras nos planos de previdência cresceu 47% nos últimos cinco anos - de 380 mil para 580 mil. Os homens, por sua vez, aumentaram a participação em 33% (de 553,8 mil para 738 mil) entre o início de 2006 e o fim de 2010.
Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista especializada em finanças comportamentais, explica que, além do aumento da renda que estimula o início dos investimentos, há o fator instintivo das mulheres, o que torna investimentos de longo prazo e com baixo risco (como é o caso da previdência) mais atraentes para elas. "Mulheres são mais conservadoras por natureza. Isso porque pensam no futuro. Elas, em geral, têm necessidade de constituir família. Querem casar e ter filhos", explica.
Vera Rita também leva em conta o fator cultural: "As mulheres mais velhas não têm o mesmo acesso e interesse às informações do mercado financeiro." Para a psicanalista, por isso elas optam por produtos mais "automáticos" como a previdência.
O interesse no investimento de longo prazo também é detectado no estudo da Brasilprev. João Batista Mendes Angelo, superintendente de produtos da empresa, diz que 53,2% das clientes optaram pela tabela regressiva do Imposto de Renda - nessa modalidade, o porcentual de IR que incide sobre o investimento cai no decorrer do tempo. "Quem opta pela regressiva tem a intenção de manter o investimento por mais tempo para pagar menos imposto", explica Angelo. Ele diz ainda que o índice de adesão à tabela regressiva é de 49,4% entre os homens.
Angelo também destaca que, da base de clientes do sexo feminino, 60,2% é solteira. Entre os homens, o porcentual de solteiros é de 53,1%. Além disso, ele diz que as mulheres com até 40 anos são 62% do total, enquanto os homens dessa faixa etária representam 57% do total de planos que têm titulares do sexo masculinos
Ações. Questionadas, as corretoras de valores confirmam a percepção de menor interesse das mulheres pelos investimentos de risco, como as ações.
Paulo Levy, diretor da Icap (oitava maior corretora do País), diz que a diferença do apetite ao risco é nítida entre os sexos. "Hoje já há mulheres que aplicam em ações. Há 10 anos, isso era muito raro", comenta. "Mas, mesmo assim, se você reparar na carteira das mulheres e comparar com a dos homens, verá que elas aplicam de forma mais básica e pensando no longo prazo. Homens gostam de arrojar", comenta.
Ele completa: "Você não vê uma mulher operando, por exemplo, 10 vezes ao dia. Entre os homens isso é muito comum", detalha.”



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Construção civil: “CUT prevê série de protestos” (Fonte: Correio Braziliense)



“Autor(es): Diego Abreu

Construção civil

Depois das paralisações em obras de Rondônia, a Central Única dos Trabalhadores alerta para manifestações em outros estados, motivadas pelo desrespeito aos direitos dos operários, principalmente nos canteiros do Minha Casa, Minha Vida.

Em meio à suspensão das obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) alertou o governo federal para o risco de paralisação de outras empreitadas tratadas como prioritárias pela presidente Dilma Rousseff. O motivo, em todos os casos, é a falta de condições básicas oferecidas aos operários pelas construtoras. A bola da vez são as edificações do programa Minha Casa, Minha Vida. Em Brumado, na Bahia, sindicalistas relatam a primeira interrupção nas obras do programa, liderada por operários que reivindicam reajuste salarial e melhorias na alimentação.

O presidente da CUT, Artur Henrique, relata denúncias de desrespeito aos trabalhadores da construção civil em todo o país. Não só no Minha Casa, Minha Vida, como também nos projetos de infraestrutura, além dos já conhecidos problemas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Queremos o compromisso das empresas para eliminar os problemas. Nossa luta é por condições de trabalho decentes, saúde, segurança e alimentação”, disse. A estimativa é de que mais de 1 milhão de trabalhadores estejam nos canteiros das grandes obras do governo federal.

O presidente da CUT responsabiliza as empreiteiras e o governo pela situação degradante dos operários. “Por parte das empresas, há omissão. E, por parte do governo, falta de planejamento. É preciso criar uma força-tarefa para indicar responsáveis para, com prefeitos e sindicatos, avaliar o impacto da chegada dos trabalhadores e a necessidade de preparar a cidade para receber 22 mil pessoas, como é o caso de Jirau”, alertou Artur Henrique.

Sem contrapartidas

De acordo com o diretor da Confederação Nacional da Construção e da Madeira, Claudio da Silva Gomes, as contrapartidas sociais não estão sendo aplicadas para a valorização do trabalhador. Ele disse ter constatado casos de operários que vão do Nordeste para obras do Sudeste, com promessas de melhores salários e boas acomodações. Porém, segundo Gomes, “nada disso acontece”. “A situação é precária, com alto índice de informalidade, principalmente no Minha Casa, Minha Vida”, afirmou.

O procurador do Trabalho Everton Rossi destaca que o Ministério Público do Trabalho tem verificado uma série de irregularidades, como excesso de jornada e falta de alimentação em obras. “Decorreu uma espécie de efeito Jirau, uma insurgência dos trabalhadores em função da falta de segurança de trabalho”, afirmou.

Procurado, o Ministério do Trabalho disse que “vem participando ativamente do processo de avaliação e resolução desta questão”. Hoje, representantes do governo reúnem-se com empresas e centrais sindicais, no Palácio do Planalto, para tratar do assunto.”


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“Grupo Bertin ainda espera operar térmicas” (Fonte: O Estado de S. Paulo)


“Autor(es): Renato Andrade

Apesar da derrota imposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Grupo Bertin ainda acredita que poderá convencer o governo a aceitar o adiamento do início de operação de suas seis termoelétricas na Bahia, sem que isso represente risco de perda do controle dos empreendimentos.
O grupo, envolvido numa série de projetos conturbados na área de infraestrutura, afirmou em nota divulgada ontem que vem tocando as obras "a plena velocidade e sem interrupções", e terá condições de iniciar a geração de energia a partir do terceiro trimestre do ano. "Por estar convencida de que seus argumentos são consistentes, (a empresa) confia no êxito final de seu pedido."
Na terça-feira, a Aneel negou o pedido de adiamento feito pelo grupo e indicou que se a empresa não pagar os débitos com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que somam cerca de R$ 71,5 milhões, o processo de cassação das concessões poderá ser aberto.
Com a decisão da agência, o Bertin tem de pagar, de imediato, cerca de R$ 33,5 milhões pela energia que não foi entregue em janeiro e fevereiro. Além disso, o grupo terá de quitar um débito de R$ 38 milhões, referente a garantias e multas não pagas pelo descumprimento de suas obrigações no primeiro trimestre.
A empresa tem até meados de abril para comprar de outros geradores a energia que deveria ser entregue às distribuidoras em março.
Apesar da disposição, o Bertin não tem mais alternativas para tentar resolver seu problema dentro da Aneel, conforme explicou na terça-feira André Pepitone, um dos diretores da Aneel que negaram o pedido de adiamento feito pela empresa.
O Grupo Bertin, entretanto, afirmou que vai aguardar a publicação oficial da decisão tomada pela agência reguladora para "identificar as novas ações que precisarão ser tomadas".
As usinas, que formam o Complexo Termoelétrico de Aratu, deveriam ter começado a operar em janeiro.”



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“Ministério da Agricultura prevê freio na alta do etanol em até 20 dias” (Fonte: O Globo)


“Autor(es): agencia o globo: Eliane Oliveira

BRASÍLIA. A escalada dos preços do álcool - que chegou a R$2,797 nas bombas no Rio, como mostrou O GLOBO ontem - deverá ser interrompida dentro de 15 a 20 dias, quando diversas usinas já estarão em operação de moagem da safra de cana-de-açúcar. A previsão é do secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone. Ele admitiu que a oferta de etanol não atende completamente à demanda interna, mas assegurou que não haverá surpresas até a situação se normalizar, como a redução da mistura de álcool anidro à gasolina, para ampliar a oferta de álcool hidratado (combustível) no mercado, ou a taxação da exportação de açúcar, evitando-se, assim, desabastecimento doméstico.

- O álcool a R$2,20 é demonstração clara de falta de produção - disse Bertone.
Investimentos para sanear empresas, e não para plantio

Segundo o secretário - que representa a pasta da Agricultura em um grupo de monitoramento do qual também participam os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia -, o país precisa de um novo ciclo de investimentos para os próximos dez anos. São necessários, no período, cerca de R$160 bilhões, para que a produção de cana passe das atuais 640 milhões de toneladas para algo em torno de 1,4 bilhão de toneladas até 2022.

Com a escassez da oferta de álcool, o Brasil já importou cerca de 300 milhões de litros de etanol americano este ano.

- Precisamos ter estabilidade de políticas públicas. Não está faltando álcool anidro, o problema é a insuficiência do álcool hidratado (combustível). Se o investidor acha que o governo vai diminuir a mistura, nem sequer consegue fazer os cálculos, o que geraria incertezas sobre investimentos - argumentou.

Bertone afirmou não ser verdade que houve queda de investimentos no setor, por causa da crise financeira internacional:

- Não foram investimentos de aumento de área. Os recursos se dirigiram ao saneamento do setor, com as empresas maiores comprando as menores que estavam em dificuldades. O setor está pronto para investir e teve um choque de gestão.

Com isso, o governo federal estuda medidas de longo prazo, como a concessão de incentivos para a melhoria da eficiência energética dos carros flex. A União também vai negociar com os estados produtores a redução do ICMS.

- Precisamos criar condições para que esse novo ciclo de investimentos seja concretizado. O setor é estratégico, fornece energia e traz vantagens enormes à sociedade brasileira dos pontos de vista geopolítico, ambiental, de geração de desenvolvimento regional, distribuição de renda e saúde pública - defendeu Bertone.”



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