São Paulo – As empresas brasileiras ainda estão distantes de promover a inclusão e o respeito à população LGBT – sigla para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e outras identidades de gênero. Em estudo feito pela Consultoria Santo Caos, 43% dos entrevistados afirmam ter sofrido discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho. Segundo outro trabalho, elaborado pela empresa de recrutamento Elancers, 38% das empresas brasileiras não contratariam pessoas LGBT para cargos de chefia e 7% não contratariam em hipótese alguma.
“Muitas empresas temem ter sua imagem associada à do funcionário. E com isso perder clientes, ter a credibilidade abalada. As empresas refletem aquilo que está colocado na sociedade. E a homofobia está presente na população”, avaliou o comunicador social Jean Soldatelli, sócio da Santo Caos, em apresentação da pesquisa na noite de ontem (21), durante atividade do Dia Mundial da Diversidade, no Sesc Carmo, no centro de São Paulo.
Dentro das empresas, 47% afirmaram declarar sua orientação sexual ou identidade de gênero. Mas destes, 90% o fazem somente a colegas do mesmo nível hierárquico. Outros 32% ao chefe imediato. E só 2% aos responsáveis pelo departamento de recursos humanos. “As pessoas temem que sua orientação sexual seja utilizada para impedi-la de assumir determinados cargos ou funções. Ou mesmo que isso cause sua demissão”, afirmou Soldatelli.
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