“Só o descaso com a vida de funcionários e clientes pode justificar o péssimo estado de conservação do prédio do CPD do Itaú Unibanco em São Cristóvão (Cancela). Afinal, o lucro de R$ 13,3 bilhões obtido em 2010 foi o maior já alcançado por um banco no Brasil.
Para começar, a porta de entrada do prédio quebrou há mais de 30 dias, sendo colocado um tapume de madeira em seu lugar. Como consequência, o acesso ao local de trabalho e aos caixas eletrônicos está sendo feito de forma improvisada pela garagem colocando em risco a vida de funcionários e clientes. Já os elevadores são antigos, com mais de 20 anos, e estão mal conservados. Dois deles passaram por reformas, mas voltaram à ativa funcionando precariamente, com solavancos sistemáticos e parando em andares não solicitados.
Sem rampas para cadeirantes
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da unidade já requereu a troca da porta principal, mas não houve qualquer resposta por parte da administração. A situação dos cadeirantes é bem mais crítica, pois não conseguem atravessar a passagem entre a garagem e os caixas eletrônicos. Pior, não há nenhuma rampa de acesso em todo o prédio, apesar da sua instalação ter sido solicitada há mais de um ano. Também foi requerida, sem sucesso, a construção de banheiros para deficientes físicos em todos os andares. Só há dois em todo o prédio.
O Sindicato entrou em contato com a gerência de Relações Sindicais do Itaú Unibanco para cobrar a solução dos inúmeros problemas. A resposta foi que eles serão sanados imediatamente. Para o diretor do Sindicato, Celso Fumaux, é um absurdo que o banco que mais lucra na América Latina leve mais de 30 dias para colocar uma porta Blindex nova na entrada de um dos principais prédios da empresa no Rio de Janeiro. “E ainda obrigue clientes e bancários a entrar pela garagem, colocando vidas em risco e ainda se negue a instalar rampas para cadeirantes”, criticou. Também dirigente da entidade, Carlos Maurício frisou que o Sindicato vai acompanhar de perto o compromisso de solução de todas as pendências. “Caso os problemas não sejam sanados, tomaremos as medidas cabíveis”, avisou.”
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