quarta-feira, 30 de maio de 2012

Eletrobras lucra R$1,26 bilhão no primeiro trimestre de 2012 (Fonte: Jornal da Energia)

"Estatal rem resultado próximo ao do mesmo período do ano passado; distribuidoras reduzem prejuízo
Por Luciano Costa
A Eletrobras divulgou na noite desta terça-feira (29/5) os resultados do primeiro trimestre de 2012, em que registrou um lucro líquido de R$1,26 bilhão. O montante é 1,3% inferior ao do mesmo período do ano passado. Os ganhos são provenientes de subsidiárias de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.
Em comunicado à imprensa, a empresa explica que "o pequeno decréscimo do lucro líquido em relação ao primeiro trimestre de 2011 é explicado pelo aumento das despesas financeiras em função dos investimentos que estão sendo realizados" . O orçamento da companhia para 2012 é de R$ 6,8 bilhões para geração, R$ 3,8 bilhões para a transmissão, e R$ 1,8 bilhão para a distribuição.
Nesse início de ano, a estatal federal teve uma receita operacional líquida de R$8,2 bilhões, com alta de 15,9% em relação ao 1T11.A receita bruta veio principalmente dos negócios de geração, com R$5,9 bilhões - 62% do total. A área de transmissão obteve R$1,98 bilhão, ou 21% da receita, enquanto a distribuição ficou com R$1,38 bilhão - 14% de toda a veba.
Entre as subsidiárias de geração e transmissão, a Chesf liderou os lucros, com R$493 milhões, seguida por Furnas, com R$233 milhões e Eletronorte, com R$126 milhões. Depois aparecem, ainda Eletrosul, que teve ganhos de R$39 milhões, e Eletronuclear, que somou R$33 milhões. Já a CGTEE, braço de energia termelétrica, teve prejuízo de R$13 milhões.
No total, essas companhias somam 41,7GW em potência instalada e 60,4 mil quilômetros em linhas de transmissão. Furnas lidera em linhas, com 19,7 mil km, enquanto a Chesf é a com maior capacidade em usinas - 10,6GW.
Já as seis concessionárias de distribuição da Eletrobras acumularam um prejuízo de R$146 milhões no primeiro trimestre. Apesar do vermelho, os números representam avanço em relação às perdas do 1T11, que foram de R$254 milhões. Nenhuma das companhias registriu lucros e a Amazonas Energia, novamente, liderou as perdas, com R$93 milhões.
Em seguida aparecem as empresas que atendem Rondônia (R$34 milhões) e Roraima (R$14 milhões). No Piauí, o prejuízo foi de R$3 milhões, enquanto, em Alagoas ficou em R$2 milhões. A Eletrobras Acre, que completa o time, ainda não divulgou os resultados.As concessionárias têm 134,7 mil quilômetros em linhas de distribuição e atendem 2,67 milhões de clientes em 463 municípios."

Recuperação judicial da Celpa pegou Aneel de surpresa (Fonte: Jornal da Energia)

"Área de fiscalização econômica do órgão regulador não previa manobra da distribuidora do Grupo Rede
Por Fabíola Binas, de São Paulo (SP)
O pedido de recuperação judicial apresentado pela distribuidora de energia elétrica Celpa no final de fevereiro surpreendeu até mesmo a área de fiscalização econômica e financeira da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O superintendente do setor, Antonio Araújo da Silva, admitiu nesta terça-feira (29/5), após participar de evento em São Paulo, que "não esperava" o movimento da companhia.
O regulador disse que a Aneel acompanha os processos de endividamento das concessionárias para dar a chance de essas apresentarem propostas de recuperação sem a necessidade de acionar a Justiça. Mas disse que, no caso da Celpa, que pertence ao Grupo Rede, os técnicos do órgão foram "pegos totalmente de surpresa".
Segundo notícias publicadas pela imprensa, o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, disse que o governo trabalha em uma lei para impedir prestadoras de serviços públicos, como distribuidoras de energia, de entrar em recuperação judicial.
Questionado sobre o assunto, Silva preferiu não polemizar e disse que essa não é sua área de atuação, mas deixou escapar que não acha que tal proibição seja o caso.
O plano de recuperação apresentado pela Celpa à Justiça aponta que a viabilidade da companhia só será garantida com um aporte de R$650 milhões, proveniente de algum investidor externo. O documento também pede parcelamento de débitos e descontos de entre 35% e 40% nas dívidas junto a bancos.
Além de empresas e bancos privados, são credores da companhia órgãos públicos, como a própria Aneel e o Ministério de Minas e Energia, e instituições estatais como BNDES, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Eletrobras.
A concessionária é responsável pelo fornecimento de energia em todo o Estado do Pará e atende cerca de 1,8 milhões de unidades consumidoras."

Justiça do Trabalho vai apresentar programas na Rio+20 (Fonte: Seesp)


"Com um estande no Parque dos Atletas, a área reservada para exposições dos Estados-membros das Nações Unidas e do governo brasileiro, o TST e o CSJT vão apresentar ao público os programas da Justiça do Trabalho relacionados à sustentabilidade na Conferência das Nações Unidos sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.

Serão mostrados o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT), o Programa Trabalho Seguro, o Guia de Compras Sustentáveis e os programas de responsabilidade socioambientais dos órgãos da Justiça do Trabalho.  Os programas da Justiça do Trabalho serão apresentados por meio de vídeos, catálogo e folder. Haverá ainda palestras sobre os temas, nos auditórios reservados aos participantes do encontro.

A Rio+20 é assim chamada porque marca os 20 anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que teve início com a Rio-92. A intenção é que o encontro deste ano contribua para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas, por meio da renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável entre as nações integrantes da ONU.

Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho

O PJe-JT será mostrado por promover o uso racional e inteligente da tecnologia em prol de uma prestação jurisdicional mais célere, acessível, econômica, eficiente e sintonizada com a preservação ambiental. Além de reduzir drasticamente os gastos com papel e insumos, o PJe substituirá mais de 40 sistemas existentes no Poder Judiciário. Trata-se de uma solução gratuita, em linguagem moderna e segura. Com a interoperabilidade propiciada entre os Tribunais e outros órgãos da Administração Pública, a sociedade contará com uma Justiça mais ágil e organizada. Outro benefício é a acessibilidade que permite a qualquer pessoa, conectada à internet, consultar os processos eletrônicos 24 horas por dia.

Programa Trabalho Seguro

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que emprego verde constitui "trabalho digno que contribui diretamente para reduzir o impacto ambiental das empresas, dos setores econômicos ou da economia [...] através da redução do consumo de energia e de recursos, reduzindo as emissões, o desperdício e a poluição [...] os empregos verdes têm de ser empregos dignos, que garantam salários adequados, condições de trabalho seguras, segurança no emprego, perspectivas de carreira razoáveis e direitos dos trabalhadores." Dessa forma, a segurança e a saúde no trabalho assumem importante figura nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.

O Programa Trabalho Seguro contribui para o desenvolvimento dos empregos verdes por meio da inclusão e do desenvolvimento social, juntamente com a proteção ambiental, ao promover locais de trabalho mais seguros e saudáveis, aptos a proporcionar trabalho digno a todos.

Guia de Contratações Sustentáveis

O Guia de Contratações Sustentáveis, que será lançado durante a Rio+20, estabelece que as contratações dos órgãos da Justiça do Trabalho devem seguir as regras estabelecidas pelo documento. Para o presidente do CSJT, ministro João Oreste Dalazen, a medida representa uma garantia constitucional, e estabelece contratações com o menor custo social e ambiental. A novo modelo representa a adequação do Poder Público ao consumo sustentável. A proposta mais vantajosa para a administração deixa de ser apenas a de menor preço, mas a que tiver o menor impacto para o planeta e a sociedade. Veja aqui matéria sobre a aprovação do Guia, dia 25 de maio.

Ações verdes

Há anos os órgãos da Justiça do Trabalho – TST, CSJT e os 24 Tribunais Regionais – vêm incorporando os cuidados com o meio ambiente externo e interno em sua prática diária, por entender que os órgãos públicos consomem e geram resíduos, se relacionam com outras partes, possuem relações de trabalho, impactam o meio ambiente e as relações sociais. Desta forma, muitas têm sido as ações tomadas para minimizar os impactos negativos desta atuação e maximizar os positivos. Tais projetos, que englobam desde medidas para economia de energia a ações de cunho social, por exemplo, também serão mostradas na Rio+20."

Extraído de http://www.seesp.org.br/site/imprensa/noticias/item/2538-justi%C3%A7a-do-trabalho-vai-apresentar-programas-de-sustentabilidade-na-rio%2020.html

Mortes, acidentes e mutilações são denunciadas em audiência pública da Cemig (Fonte: Deputado Rogério Correia)

"A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi alvo de duras críticas em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada na tarde desta teça-feira (29/5/12). Trabalhadores da subsidiária Cemig Serviços (Cemig S), sindicalistas e representantes do Ministério Público do Trabalho e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais acusaram a concessionária de diversas irregularidades trabalhistas. O objetivo da reunião, solicitada pelo Deputado Rogério Correia (PT), foi debater as relações de trabalho na empresa.
A principal reclamação dos funcionários é do tratamento desigual que a empresa dispensa entre os empregados da subsidiária e das outras unidades. Conforme relato de alguns agentes de unidade consumidora (leituristas) que se pronunciaram na reunião, os funcionários da Cemig S têm um salário muito inferior à média paga pela concessionária (R$ 806,00), não recebem vale-transporte, não têm plano de saúde e nem plano de carreira. O coordenador-geral do Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro/MG), Jairo Nogueira Filho, afirmou que as condições dos funcionários efetivos, aprovados em concurso público, é muito inferior a de terceirizados contratados pela empresa, o que foi confirmado por muitos da plateia, que lotaram o Teatro da Assembleia.
Denúncias
Angélica Azevedo Barbosa contou que um rapaz, mesmo não sendo aprovado no concurso público, foi contratado por meio de empreiteira, recebendo R$ 1.800,00 mensais. Mariana Lara Mendes também denunciou que a empresa lhe negou pagar o vale-transporte, mas liberou o benefício para outro colega de trabalho. Fernando José Barbosa reclamou que muitos funcionários aprovados foram conduzidos para trabalhar fora da cidade de residência e, sem a ajuda para o transporte, passam dificuldades para se manter com o salário.
Marcelo Correia, funcionário da sede da concessionária, também criticou as diferenças. Segundo ele, gerentes e diretores da Cemig S ganham de acordo com as outras empresas do grupo, aumentando ainda mais a distinção. “Para a sociedade e para quem fez o concurso, a Cemig é uma só”.
Sem resposta
O superintendente de RH não respondeu a todas os questionamentos apresentados na reunião, sob a alegação de que o convite foi para uma reunião sobre a Cemig e não sobre sua subsidiária. Segundo ele, a Cemig S cancelou um concurso em que eram previstas mais de 300 contratações, porque a empresa está sendo questionada judicialmente pelos Correios.
Sobre os salários, Ricardo Gomes afirmou que o Sindieletro não pode ser representante dos funcionários da subsidiária, porque a justiça não os reconheceria como eletricitários. “O acordo é distinto, porque a empresa também é distinta”, explicou. O executivo foi contestado pela procuradora do Trabalho, Luciana Marques Coutinho, segundo a qual a filiação sindical deve se orientar pela atividade preponderante da empresa.
Revolta
Ricardo Gomes afirmou que a Cemig S ofereceu um plano de saúde que foi aceito por 77% dos funcionários, mas que foi recusado pelo representante dos empregados no Conselho dos Diretores da Empresa. A afirmação provocou rumores na plateia e a reação do coordenador do Sindieletro. Segundo ele, o plano oferecido é muito inferior e foi recusado em Assembleia Geral dos funcionários.
Outras denúncias contra a empresa também foram apresentadas, como a de assédio moral contra os funcionários, demissões de trabalhadores envolvidos em campanha salarial e distribuição de lucros entre gestores e acionistas, em detrimento dos empregados. A promotora e os auditores Francisco Henrique Otoni de Barros e Ricardo Ferreira Deusdará, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais, afirmaram que vão apurar. Eles também disseram que a concessionária já responde a muitos processos de irregularidades trabalhistas, especialmente de terceirizações irregulares.
O Deputado Rogério Correia disse que as denúncias apresentadas na reunião remetem a problemas antigos da Cemig, como a precarização do trabalho por via da contratação de terceiros. Ele lamentou o que considera “precarização” da Cemig S, empresa que, a princípio, teria sido fundada para solucionar o problema das terceirizações. A presidente da comissão, deputada Rosângela Reis (PV), afirmou ser importante buscar a melhoria da qualidade de vida e de trabalho dos empregados da concessionária.
Segurança
Outro assunto abordado na reunião foi a falta de segurança no trabalho para os funcionários da concessionária. De acordo com o sindicalista Jairo Nogueira Filho, somente este ano dois funcionários morreram e outros dois estão mutilados, em tratamento no Hospital João XXIII. Ele também citou quedas de cabos de energia que atingiram cidadãos, como o ocorrido na cidade de Bandeira do Sul, que matou 15 pessoas no Carnaval de 2010; outro que matou uma mulher em Muzambilho; e um terceiro que também matou um jovem no bairro Prado, em Belo Horizonte. “Não aguentamos viver mais neste clima”, desabafou."

Com apoio do Brasil, inglês é o 1º sindicalista na direção da OIT (Fonte: Olhar Feminino SEAAC)

"Com apoio do governo brasileiro, o ativista Guy Ryder, um inglês, se transforma no primeiro diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a vir do mundo sindical. A eleição foi apertada, um resultado de 30 votos para o sindicalista, contra 26 para o ex-ministro francês, Gilles de Robien. Sem o voto do Brasil e dos demais latino-americanos, Ryder não teria sido eleito.
Em seu primeiro discurso, o sindicalista deixou claro que a crise econômica global ainda está no centro da preocupação do mundo do trabalho, ressaltando que os direitos dos trabalhadores estão sendo minados. "Há milhões de pessoas que precisam dessa organização", disse. "Nossa tarefa é o de assistir os mais pobres e vulneráveis. A luta por justiça social deve vir em primeiro lugar", declarou."
Extraído de http://olharfemininoseaac.blogspot.com.br/2012/05/com-apoio-do-brasil-ingles-e-o-1.html?spref=tw

Negociação salarial com a CPFL de Campinas não avança (Fonte: SEESP)

"A Delegacia Sindical de Campinas-SEESP entregou, no dia 24 último, a pauta de reivindicações para a CPFL, visando a renovação do ACT 2012 (Acordo Coletivo de Trabalho) dos engenheiros da empresa. A pauta prevê a assinatura de acordo coletivo unificado com as cláusulas iguais para todas as empresas que compõem o grupo (CPFL Paulista, Geração, Comercialização, Centrais Elétricas e Piratininga). 
Já foram realizadas cinco reuniões salariais, mas somente no quinto encontro é que a CPFL apresentou proposta de reajuste de 3% nos salários e no auxílio refeição. A empresa não considera o aumento real e correção de perdas salariais e apresentou propostas de alterações nas regras do atual Programa de Requalificação Profissional que não trazem melhorias para os engenheiros.
Plano de Carreira
A empresa apresentou propostas de extinção do quadro mínimo nas empresas e aumento da jornada de trabalho, que foram rejeitadas pelos sindicatos. A CPFL disse que da sua intenção de contratar 44 novos funcionários para trabalharem de ajudante com os técnicos de recuperação de receita, formando duplas, com salário de R$900,00.
O SEESP não é contra contratações, mas entende que elas devem estar dentro de um enquadramento correto, respeitando as normas e regras de segurança e principalmente dentro de um quadro de carreira e salário. Por isso, o sindicato está cobrando da empresa o Plano de Carreira e Tabela de Cargos e Salários definidos e atualizados.
Requalificação
Sobre o Programa de Requalificação a empresa propôs a participação no comitê do programa de quatro representantes dos sindicatos e dois das empresas; a revisão da política do programa; reuniões trimestrais; reunião anual sobre o balanço anterior com a participação de todas as entidades sindicais. Os sindicatos solicitaram o aumento do teto, a ampliação da aplicabilidade do programa, a inversão da lógica de pagamento e prestação de contas, além da unificação do programa para todas as empresas e extinção da carência entre as empresas.
Aprendizagem
A empresa apresentou ainda o Programa de Aprendizagem, que consiste na contratação de estudantes do Senai. Sobre o quadro mínimo a empresa disse que deseja aumentar o quadro de empregados para recuperação de energia, com piso salarial diferenciado (aumento do quadro em 44 pessoas em 22 equipes). Os sindicatos se posicionaram contra a extinção do quadro mínimo e solicitaram uma discussão prévia das atividades que serão realizadas e também do piso salarial."

Governo estuda trocar multas de operadoras de telefonia por mais obrigações de serviço (Fonte: O globo)

"O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (30) que o governo estuda a possibilidade de reverter as multas devidas pelas concessionárias de telefonia à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) por novas obrigações de prestação de serviços. Segundo ele, há multas, que devem vencer em breve, em valores que chegam a R$ 400 milhões. Nos próximos dois anos, entretanto, o total pode chegar a R$ 6 bilhões. 
“Se for razoável para a empresa, para o estado e para o cidadão, poderemos conversar”, disse, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados. De acordo com Paulo Bernardo, o Ministério das Comunicações já pediu um estudo sobre o tema para a Anatel, mas o processo ainda pode levar alguns meses, porque outros órgãos deverão ser consultados, como o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal.
Durante a audiência pública, o ministro defendeu a redução gradativa do valor da assinatura básica da telefonia fixa e também do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos estados em cima do serviço. Segundo ele, a maior parte das unidades da federação cobra de 27% a 30% de imposto sobre a telefonia. “Eu sei que isso é um problema enorme para o estado, mas se fizer um plano de baixar gradativamente, não vai arrebentar os estados e com certeza vai vender mais e em pouco tempo, com carga tributária menor, vai deslanchar o setor.
..."

Governo estuda isenção de IR para PLR até R$ 6 mil (Fonte: Valor Econômico)

"O governo deve anunciar nesta semana a isenção do Imposto de Renda (IR) sobre as Participações sobre Lucros e Resultados (PLR) a que os trabalhadores com carteira assinada têm direito. A área econômica sugeriu que as PLR de até R$ 6 mil sejam isentas, e a partir daí passe a vigorar uma tributação progressiva de IR sobre os rendimentos. Esse é o patamar considerado "ótimo" de isenção, mas o valor exato ainda pode sofrer mudança. Outra alteração já decidida é que a tributação sobre as PLR deixará de ser mensal para ser anual.

Empresa é condenada a pagar seguro desemprego em razão de erro no TRCT (Fonte: TRT 3ª Reg.)

"O empregado alegou que não conseguiu receber o seguro-desemprego por culpa da ex-empregadora que, tendo preenchido o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho com data de admissão errada, impediu o seu cadastramento no órgão competente. O trabalhador afirmou ainda que entrou em contato com a empresa, mas esta não providenciou a correção do documento. Por isso, ele requereu a condenação da ré ao pagamento da indenização substitutiva do benefício. E a 1ª Turma do TRT-MG decidiu que o autor tem razão.
A sentença havia indeferido o pedido, mas o desembargador Rogério Valle Ferreira entendeu que o desfecho deve ser outro. Houve acordo parcial no processo, em que a reclamada comprometeu-se a entregar novo TRCT, no código 01, com alteração apenas da data inicial do contrato, em cinco vias assinadas, que deveriam ser postadas por SEDEX até 14/12/2011. Ao reclamante coube devolver uma via assinada para a empresa e anexar outra ao processo, devendo informar eventual descumprimento ou erro no preenchimento em até cinco dias após recebida a correspondência.
Segundo o relator, o trabalhador informou e comprovou, por meio de documentos anexados ao processo, que apesar de a ré ter firmado ressalva no TRCT para corrigir a data de admissão, não colocou a data da retificação. O SINE aceitou a ressalva, mas o benefício foi negado em razão de ter sido extrapolado o prazo de 120 dias, contados da rescisão do contrato de trabalho para requerimento do seguro-desemprego. A reclamada sustentou que o autor foi o único culpado pelo ocorrido, por não ter entrado em contato com a empresa.
Mas o magistrado não concordou, pois o documento com erro foi emitido pela empregadora. Além disso, a testemunha indicada pela própria empresa confirmou que o trabalhador manteve contato com uma empregada da ré para correção do TRCT, mas a correspondência enviada ao autor para tratar do assunto extraviou. O desembargador lembrou que, após o acordo judicial firmado pelas partes, a reclamada poderia ter se valido do HomologNet, software disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para corrigir dados do TRCT.
Com esses fundamentos, o relator deu provimento ao recurso do empregado e condenou a ex-empregadora ao pagamento de indenização substitutiva do seguro-desemprego, nos termos das Leis nº 7.998/90 e nº 8.900/94, observado o teto do benefício, no que foi acompanhado pela Turma julgadora."

Associação de ensino se isenta de devolver mensalidades de filhos de professor (Fonte: TST)

"A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais não conheceu de recurso de um professor da Associação Educacional Veiga de Almeida (AEVA) que pretendia a devolução dos valores relativos às matrículas e mensalidades escolares de seus dois filhos. Segundo o professor, os valores foram cobrados indevidamente pela instituição de ensino, pois a gratuidade integral para até dois filhos, como no seu caso, estaria assegurada em norma coletiva da categoria e, portanto, tratava-se de salário-utilidade.

Em sua defesa, a AEVA sustentou que o percentual de 5% cobrado do professor seria para custear as despesas com material didático impresso, como provas, não constituindo cobrança ilegal ou abusiva. A 22ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro (RJ) julgou procedente o pedido do professor e condenou a escola a devolver os valores cobrados.
Da mesma forma entendeu o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), que rejeitou recurso da AEVA por entender que esta teria descumprido a norma que assegurava o direito aos filhos do professor. Para o Regional, quando é assegurado em norma coletiva, o benefício passa a integrar o salário como parcela in natura.
O processo chegou ao TST por meio de recurso de revista da AEVA, e foi julgado inicialmente pela Sexta Turma, tendo como relator o ministro Mauricio Godinho Delgado. Na ocasião, por unanimidade, a Turma decidiu excluir a condenação ao acolher os argumentos de que, segundo o artigo 458, parágrafo 2º, inciso II, da CLT, a educação em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros não possui natureza salarial nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos.
Ao analisar os embargos do professor, nos quais era pedido o reestabelecimento da decisão do Regional, a SDI-1, por unanimidade, seguiu o voto do relator, ministro Lelio Bentes Corrêa, pelo não conhecimento. Segundo a Seção, o precedente apresentado para configurar divergência jurisprudencial tratava de questão diferente da do caso analisado no recurso, não sendo possível o seu conhecimento."
(Dirceu Arcoverde/CF)  

Relatório da ONU recomenda fim da polícia militar no Brasil (Fonte: Ópera Mundi)

"Conselho de Direitos humanos criticou “execuções extrajudiciais” e defendeu que país investigue crimes da ditadura
O Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu nesta quarta-feira (30/05) ao Brasil maiores esforços para combater a atividade dos "esquadrões da morte" e que trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de numerosas execuções extrajudiciais.

Esta é uma de 170 recomendações que os membros do Conselho de Direitos Humanos aprovaram hoje como parte do relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países.

A recomendação em favor da supressão da PM foi obra da Dinamarca, que pede a abolição do "sistema separado de Polícia Militar, aplicando medidas mais eficazes (...) para reduzir a incidência de execuções extrajudiciais".

A Coreia do Sul falou diretamente de "esquadrões da morte" e Austrália sugeriu ao governo brasileiro que outros governos estaduais "considerem aplicar programas similares aos da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) criada no Rio de Janeiro".

Já a Espanha solicitou a "revisão dos programas de formação em direitos humanos para as forças de segurança, insistindo no uso da força de acordo com os critérios de necessidade e de proporcionalidade, e pondo fim às execuções extrajudiciais".

O relatório destaca a importância de que o Brasil garanta que todos os crimes cometidos por agentes da ordem sejam investigados de maneira independente e que se combata a impunidade dos crimes cometidos contra juízes e ativistas de direitos humanos.

O Paraguai recomendou ao país "seguir trabalhando no fortalecimento do processo de busca da verdade" e a Argentina quer novos "esforços para garantir o direito à verdade às vítimas de graves violações dos direitos humanos e a suas famílias".

A França, por sua parte, quer garantias para que "a Comissão da Verdade criada em novembro de 2011 seja provida dos recursos necessários para reconhecer o direito das vítimas à justiça".

Muitas das delegações que participaram do exame ao Brasil concordaram também nas recomendações em favor de uma melhoria das condições penitenciárias, sobretudo no caso das mulheres, que são vítimas de novos abusos quando estão presas. Neste sentido, recomendaram "reformar o sistema penitenciário para reduzir o nível de superlotação e melhorar as condições de vida das pessoas privadas de liberdade".

Olhando mais adiante, o Canadá pediu garantias para que a reestruturação urbana visando à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016 "seja devidamente regulada para prevenir deslocamentos e despejos".

MP pede à Justiça que reconsidere processo contra Brilhante Ustra (Fonte: O Globo)

"Para procuradoras da República, decisão de não processar coronel foi “ingenuidade cruel”
Tatiana Farah

SÃO PAULO - Em recurso entregue na segunda-feira à Justiça Federal, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a reconsideração da decisão do juiz Márcio Milani de não processar o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado Dirceu Gravina pelo sequestro do sindicalista Aluízio Palhano, em 1971. Na ocasião, Ustra era o comandante do DOI-Codi, último lugar onde, preso, Palhano foi visto por companheiros de militância.

As procuradoras da República Eugênia Gonzaga e Thamea Danelon de Melo acusam o juiz federal Milani de “ingenuidade cruel” por querer que o MPF comprove que Palhano está vivo para abrir um processo de sequestro contra os dois agentes da ditadura. Na semana passada, o juiz Milani, da 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo, rejeitou o pedido de processo feito pelo MPF sobre o desaparecimento de Palhano. Na decisão, o juiz afirma que não há provas de que o sindicalista esteja vivo, o que impediria um processo por sequestro. Ele também afirma que a suposta morte estaria enquadrada na Lei da Anistia, não restando a possibilidade de incriminação de Ustra e Gravina. Para o MPF, o sequestro, por ser um crime continuado, extrapola o período de anistia, finalizado em 1979.

..."

Íntegra disponível em http://oglobo.globo.com/pais/mp-pede-justica-que-reconsidere-processo-contra-brilhante-ustra-5055470

Nova lei acelera fusões e aquisições (Fonte: Correio Braziliense)

"A estreia do novo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência foi precedida por uma série de aquisições e fusões de empresas, que somam mais de R$ 10,5 bilhões e envolvem forte participação de capital estrangeiro. Para não se submeter às novas regras, pelo menos dez grandes negócios foram firmados em áreas diversas, como transporte, energia, alimentos e indústria farmacêutica, nos cinco dias anteriores ao início do funcionamento da nova estrutura do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A maioria dos anúncios foi feita esta semana, com destaque para a compra da Comgás pela Cosan, que adquiriu 60,1% da distribuidora paulista por R$ 3,4 bilhões. Ontem, entraram em vigor as atribuições do chamado Super-Cade, que absorveu atribuições da Secretaria de Defesa Econômica (SDE), do Ministério da Justiça, e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), da Fazenda.

"Grandes negócios não são feitos em poucos dias. O grande número de acordos estabelecidos recentemente refletem o interesse de acelerar os processos para evitar as incertezas da nova legislação", explica o advogado Pedro Paulo Cristofaro, do escritório Lobo & Ibeas. Segundo ele, as operações passarão pelo crivo do sistema antitruste, mas conforme as regras anteriores, que não previam, como vai ocorrer a partir de gora, a análise de grandes operações antes que elas sejam formalizadas. "A apresentação prévia de atos de concentração foi um avanço e o Cade continuará atuando com velhos e novos instrumentos", acrescenta.

Um grande teste neste sentido será a fusão das companhias aéreas Azul e Trip, revelada na
segunda-feira. A nova empresa terá 14,2% do mercado, com 112 aeronaves, 837 voos diários, 316 rotas e 96 cidades atendidas. No mesmo dia, o grupo britânico de bebidas Diageo, dono das marcas Smirnoff e Johnnie Walker, anunciou a compra da cachaça brasileira Ypióca por R$ 900 milhões.

Arrastão
Ontem, foi anunciada a venda da rede de churrascarias Fogo de Chão, por US$ 800 milhões, ao fundo de investimentos norte-americano Thomas H. Lee Partners. E a Cosan Alimentos, dona da marca de açúcar União, informou ter vendido seu negócio no varejo para a Camil, líder nos segmentos de arroz e pescados, por R$ 345 milhões.

A largada dessa corrida às compras foi dada na quinta-feira pela gigante norte-americana do setor alimentício General Mills, dona da sorvetes Häagen-Dazs. Ela acertou a aquisição da indústria brasileira de alimentos Yoki, por R$ 1,75 bilhão. Depois foi a vez da companhia farmacêutica japonesa Takeda anunciar a compra da gaúcha Multilab, dona da marca Neosaldina, por meio bilhão.

Até o fundo de investimento do bilionário húngaro naturalizado norte-americano George Soros aproveitou o "feirão do Super-Cade" para levar a brasileira Sunrise Telecomunicações, que vende pacotes de TV paga no interior de São Paulo. O arrastão corporativo também contou com operações domésticas, como a compra da rede catarinense de ensino Uniasselvi pelo grupo mineiro Kroton por R$ 510 milhões. A multinacional de entregas Fedex avisou ter fechado acordo para compra da Rapidão Cometa, com sede em Recife, sem informar o valor do negócio. Por fim, o Grupo BTG Pactual comprou 40% da varejista de roupas Leader, por R$ 558,4 milhões."
Extraído de http://www.correiobraziliense.com.br/

Teles resolvem pendências para leilão 4G, diz Anatel (Fonte: Valor Econômico)

"O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse ontem que as principais operadoras do serviço de celular do Brasil estão resolvendo as últimas pendências fiscais para participar do leilão de licenças da quarta geração da telefonia celular (4G). Segundo ele, o edital exige que não haja qualquer problema envolvendo a falta de pagamento de multas ou encargos do setor, como o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).
"Estamos percebendo que existe uma corrida positiva no sentido de resolver suas pendências fiscais com a agência para poder participar do leilão. Isso é um sinal positivo", afirmou o presidente da Anatel no Ministério das Comunicações, em Brasília. Ele informou que assim que forem realizados os pagamentos a agência será avisada pelo Tesouro Nacional.
..."

Reunião entre centrais e governo sobre PLR sem IR ocorre nesta quinta (Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo)

"O Ministério da Fazenda transferiu a data da reunião com as centrais sindicais sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) sem Imposto de Renda (IR) para a manhã desta quinta, dia 31, em Brasília.

O encontro entre o ministro Guido Mantega, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e dirigentes sindicais estava marcado para as 18h desta quarta, dia 30, mas foi alterado por problemas de agenda.

A campanha pela isenção do IR na PLR foi lançada em novembro do ano passado por bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e urbanitários e cobra do governo justiça tributária. Os ganhos dos acionistas das empresas não pagam IR.

O valor economizado pelos trabalhadores, livres da cobrança do tributo, ajudará a aquecer o mercado interno brasileiro e o desenvolvimento econômico do País. "
Extraído de http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=30759

Bancários do Ceará param Itaú contra demissão de bancária lesionada (Fonte: Contraf-CUT com Seeb Ceará)

"Os bancários de Fortaleza fecharam a agência do Itaú na avenida Washington Soares durante todo o expediente desta terça-feira (29), em repúdio à demissão de uma gerente lesionada que foi vítima de assalto.

No último dia 24 de abril, assaltantes renderam a gerente e a obrigaram a abrir o cofre da unidade e a entregar todo o dinheiro da agência. Após ser brutalmente atacada pelos bandidos, ficou sob tortura psicológica durante várias horas. A bancária teve que ceder às pressões pela preservação da sua vida e de seus colegas.

A funcionária ainda está em tratamento psicológico, inclusive o próprio banco reconheceu a lesão e emitiu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

Mesmo em tratamento, para a surpresa da bancária e dos colegas, ela recebeu a carta de demissão por justa causa, sob a alegação de descumprir as normas do banco. Ou seja, os donos do Itaú estão preocupados com o dinheiro, sem se preocupar com a vida da funcionária.

"A paralisação foi para mostrar que o Itaú não está acima do bem e do mal. Estamos firmes na defesa dos trabalhadores e das leis, já que a colega está sendo assistida psicologicamente por profissional, com atestado médico e respaldada pela CAT", disse Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e representante do Nordeste na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, instância que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Segundo Ribamar, o próprio Itaú entrou em total contradição, pois emitiu a CAT da bancária, admitindo a lesão por acidente de trabalho e agora afronta com essa demissão da colega por justa causa, de forma injustificável.

A agência da Washington Soares tem cerca de 15 funcionários e todos ainda estão em estado de pânico. A maioria, depois de passar por um assalto, dificilmente volta a ter vida normal. Nas unidades do Itaú, o estado é de tensão constante, principalmente por causa da recente decisão de retirar as portas eletrônicas de segurança.

"Onde está a humanidade? Onde está a segurança do bancário? Não temos outra forma de fazer a não ser protestar. Lacramos essa agência como forma de protesto pela forma desumana que o banco trata uma bancária lesionada por assalto", ressaltou o diretor do Sindicato, Alex Citó."

Senado aprova MP que libera usina na Amazônia (Fonte: Valor Econômico)

"O Senado aprovou, sem nenhuma dificuldade, a Medida Provisória 558/2012, que alterou limites de sete unidades de conservação da Amazônia e retirou delas áreas que serão alagadas por reservatórios de hidrelétricas. A MP, que já passou pela Câmara, só depende agora da assinatura da presidente Dilma Rousseff para se tornar lei, o que ocorrerá em até 15 dias.
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