“Autor(es): Diego Amorim |
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Combustível No lançamento da campanha para esclarecer a composição do preço da gasolina e do etanol, o representante dos empresários do setor atacou também a Agência Nacional de Petróleo. Para ele, a margem de lucro, em torno de 14,25%, é "altamente saudável" Depois dos sucessivos aumentos nas bombas desde o início do ano, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), José Carlos Ulhôa, responsabilizou ontem as distribuidoras e disse que os donos de postos não têm qualquer culpa pelos reajustes da gasolina e do álcool. Ele atacou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e, ao negar a prática criminosa de cartel, chamou de “paralelismo natural” a quase inexistente variação de preços na capital do país. Por pouco mais de uma hora, o representante dos empresários do setor deu explicações sobre a alta dos preços e lançou uma campanha: cerca de 250 mil fôlderes com detalhes da composição do valor da gasolina (veja arte) serão distribuídos nos postos. De acordo com ele, os impostos representam 37,75% do preço final do combustível. O lucro bruto dos revendedores ficaria em torno de 14,25%. “Essa margem é altamente saudável. Não é verdade que ganhamos rios de dinheiro”, disse. Ulhôa foi enfático ao criticar a ANP, que, na última semana, apontou o litro do etanol no DF como o mais caro do Brasil. O empresário acusou os técnicos de não visitarem todos os postos que aparecem na lista oficial. “São erros crassos e sérios, que induzem a opinião pública e jamais deveriam ocorrer”, comentou. Em nota, a ANP informou que os valores divulgados toda semana correspondem àqueles repassados pelos postos no momento da pesquisa de campo. Sobre a razão de os preços no DF estarem acima da média nacional, Ulhôa jogou a culpa para as distribuidoras. “É lamentável, mas não há explicação por parte do sindicato nem dos donos de postos. Vamos pegar as distribuidoras, perguntem a elas”, sugeriu. Horas depois, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, rebateu os comentários. “São afirmações graves, que me surpreendem. Não sei por que ele resolveu apelar para acusações. Supor um conluio em Brasília seria, no mínimo, ingênuo e leviano”, disse. Investigação Em relação às investigações em andamento sobre um possível cartel no DF, o representante da categoria enfatizou que, por ora, há somente indícios de que o sindicato estaria interferindo nos preços. “Vão ter que provar”, afirmou, após tentar explicar a semelhança de preços. “É natural. Não existem reuniões, telefonemas, combinação, nada disso. Cada dono de posto precisa preservar seu cliente. Outro ponto é que estamos falando de produtos iguais”, argumentou. Ulhôa informou que “cinco empresas detêm 42% do mercado”. E deu a entender que a concentração nas mãos de poucos contribui para os preços praticamente iguais. “Não há como ser diferente. A partir do momento em que a Gasol (a maior rede, com 91 postos) coloca o preço deles, é natural que você (o consumidor) leve um susto. Não vai acontecer (de ter preços diferentes). No momento em que um abaixa, todo mundo abaixa”, avisou. Diante dos holofotes, o presidente do sindicato aproveitou para ironizar a atuação do deputado distrital Chico Vigilante (PT), que organiza boicotes contra as maiores redes. “Ele virou ‘Chico Shell’, agora defender a Shell”, atacou. Em resposta, o parlamentar avaliou que a campanha lançada ontem pelo sindicato é sinal de que a pressão pela queda dos preços já incomoda os empresários. “Não estou defendendo Shell nem ninguém. Estou dando um grito de revolta”, afirmou Vigilante.” Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
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segunda-feira, 11 de abril de 2011
Sindicombustíveis-DF: “Sindicato nega cartel e culpa distribuidoras” (Fonte: Correio Braziliense)
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