“Maceió (AL), 03/03/2011 – O Ministério Público do Trabalho continuará como mediador no impasse entre usinas e cortadores de cana de Alagoas. O objetivo é discutir a atual situação dos trabalhadores rurais e o que pode ser feito para amenizar as consequências da mudança na forma de contratação. A reunião marcada para a quarta-feira (02/03) aconteceu mesmo sem a presença dos trabalhadores das usinas Capricho, Utinga, Santa Clotilde, Triunfo e Sumaúma e das respectivas empresas.
Apenas os representantes da Usina Uruba, dos sindicatos da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar) e dos Trabalhadores Rurais de Atalaia, bem como do Centro de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar se reuniram com a procuradora-chefe do MPT em Alagoas Rosemeire Lopes Lôbo. Durante o encontro, a procuradora lamentou a ausência dos trabalhadores e das entidades representativas. “Precisamos retomar a discussão para evitar novos fechamentos de rodovias e para planejar o que pode ser feito para minimizar os efeitos do contrato de safra e da mecanização, que em breve fará parte da nossa realidade”, justificou.
Em abril deste ano, será marcado um novo encontro com a participação das usinas, dos trabalhadores, do MPT, do Gerenciamento de Crises da PM,Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetag), do Ministério Público Estadual e do governo do Estado. “Nosso objetivo é buscar alternativas para minimizar os problemas sociais que envolvem cortadores de cana. Daqui a pouco tempo não haverá mais o corte manual da cana, tudo será mecanizado, por isso, precisamos buscar a capacitação desses trabalhadores em outras áreas”, disse.
O MPT foi novamente acionado para mediar o impasse entre trabalhadores rurais e as usinas Capricho, Utinga, Santa Clotilde, Triunfo e Sumaúma que paralisaram as atividades na última segunda-feira, 28 de fevereiro. Além de não concordar com o contrato de safra, os cortadores de cana alegam que há muitos direitos trabalhistas sendo desrespeitados.
O representante do Sindaçúcar, Luiz Fernando Resende, ressaltou a importância da mediação do Ministério Público do Trabalho. “Tivemos grandes avanços nas condições de trabalho no corte da cana graças à atuação do MPT. Em 2008, firmamos um acordo e, hoje, a situação é bem melhor”, destacou.”
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