sexta-feira, 4 de março de 2011

“Empresários alertam para desindustrialização” (Fonte: O Globo)


“Autor(es): Agência O Globo: Karina Lignelli e Lino Rodrigues

Entidades industriais dizem que setor não deve avançar mais do que 3% este ano

SÃO PAULO. Após puxar o avanço do PIB em 2010, a indústria deve patinar em 2011. Pelas projeções de entidades como Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor deve avançar não mais que 3%, fato considerado "lastimável" pelos empresários.

- O PIB industrial fechou 2010 com alta de 10,1%. Mas os resultados anualizados escondem a fraca performance do último trimestre do ano passado, que teve retração de 0,3% (sobre o terceiro trimestre) - apontou Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Skaf lembra que o baixo desempenho da atividade econômica nos primeiros meses de 2011 é resultado das medidas de contenção do crédito tomadas pelo governo em dezembro e janeiro. Além disso, a alta dos juros, que já contabiliza um ponto percentual em 2011, poderá agravar ainda mais a situação das empresas e da economia.

- É provável que o PIB nacional em 2011 fique entre 3% e 4%. E o crescimento industrial pode estagnar entre 2% e 3%. Isso é lastimável - observou Skaf.

Mais moderada, a CNI afirmou que a forte alta da atividade industrial - de 10,1% em 2010 - é motivo de comemoração, mas a retração no segundo semestre funciona como mais um fator de preocupação para este ano.

Mesmo considerando 7,5% bom para um "crescimento desejável e esperado", o economista-chefe do Iedi, Rogério César de Souza enfatiza que em 2011 "não é a indústria que vai puxar o PIB". Para ele, a desaceleração é motivada pelas importações e pela dificuldade exportar devido ao câmbio.

As duas principais centrais sindicais do país, CUT e Força Sindical, comemoraram o crescimento do PIB em 2010, mas avaliaram que a alta poderia ter sido maior se a alta de juros não fosse o único instrumento de política monetária do governo. Juros altos, segundo as centrais, inibem investimentos e emperram a distribuição de renda.”


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