“Autor(es): agencia o globo : Wagner Gomes |
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Jovens acabam encontrando outras opções melhores de trabalho, diz Neri SÃO PAULO. O salário baixo e a condição geralmente precária de trabalho estão desestimulando os jovens a procurarem emprego na construção civil. Segundo um estudo divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas, em parceria com a Votorantim Cimentos, a renda média do trabalhador da construção civil foi de R$933,24 em 2009 (último dado disponível), 14,7% menos do que a renda dos ocupados de outros setores (R$1.094,27). O economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, disse que isso desestimula o jovem a procurar emprego nos canteiros de obras. - Existe um apagão de mão-de-obra na construção civil, mas isso não acontece porque as pessoas não estudaram. Pelo contrário, o jovem estudou mais e não quer se ocupar em atividades braçais e menos qualificadas - disse Neri. Segundo ele, as empresas terão de melhorar os salários e atrair o trabalhador para os canteiros de obras se quiserem cumprir com os programas governamentais como o "Minha Casa, Minha Vida", obras do PAC, Copa do Mundo, Olimpíadas e a construção de novas casas para suprir o déficit habitacional da classe média. - É melhor ter uma situação assim do que o desemprego, mas isso não quer dizer que não há problema. Além de receber menos, a pessoa trabalha, em média, três horas a mais por semana na construção civil. É um setor que precisa mudar para atrair mais trabalhadores - afirmou o professor da FGV. De acordo com o levantamento, enquanto os empregados da construção civil trabalham, em média, 43,8 horas semanais, o restante dos ocupados cumprem uma jornada de 40,9 horas. Outro problema do setor é a necessidade de mudança no método de produção - que precisa ser menos braçal e mais rápido, com tecnologias avançadas. Rafael Gioielli, gerente de Pesquisas e Desenvolvimento do Instituto Votorantim, admitiu que há necessidade de o setor rever os seus métodos trabalhistas para atrair mais empregados. Segundo ele, 30% dos trabalhadores na construção civil mudam de emprego em um período menor do que um ano, acima da média nacional, de 20%. - O rendimento dos trabalhadores na construção civil cresce mais rápido que outros setores, mas ainda está abaixo da média. Assim, há uma maior dificuldade para atrair o jovem que está entrando no mercado de trabalho. Há necessidade também de melhorar as condições de trabalho e criar plano de carreira, com um pacote de benefícios ao trabalhador - afirmou Gioielli.” Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
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quarta-feira, 6 de abril de 2011
“FGV: há um apagão na construção civil” (Fonte: O Globo)
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