“Por Maristela Leitão
A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Conaccovest), Eunice Cabral, disse ao Blog que o recente convênio realizado entre a entidade e a Fundacentro vai servir para prevenir doenças causadas entre as trabalhadoras pela falta de ergonomia, a ciência interdisciplinar que estuda a relação entre o Homem e seu ambiente de trabalho.
O convênio, firmado durante a I Bienal da Fundacentro em março passado em Brasília vai abranger aproximadamente 2,1 milhões de trabalhadores em todo o Brasil. “Vamos atuar juntos e ir além das definições de máquinas, cadeiras e objetos inerentes à ergonomia e à saúde e segurança do trabalhador. O custo benefício pela utilização de princípios ergonômicos no ambiente de trabalho de fábricas e oficinas do setor é grande, tanto para o trabalhador, quanto para o empregador e o Governo”, disse ela.
Segundo Eunice, no meio têxtil, aproximadamente 60% dos afastamentos por problemas de saúde e desenvolvimentos de doenças profissionais têm relação com distúrbios músculos-esqueletais causados pela falta de implantação da ergonomia nos postos de trabalho.
Leia mais na entrevista abaixo:
Blog do Trabalho – De que maneira a sua entidade espera prevenir o aparecimento de doenças relacionadas com as atividades das trabalhadoras e trabalhadores do setor?
Eunice Cabral – A Fundacentro tem a condição técnica que a Conaccovest não tem. Estamos fazendo um estudo conjunto com qualidade e com uma equipe de técnicos que conhece o assunto. Isto é importante para prevenir as doenças que acometem os trabalhadores do setor. Através do ergonomista Ricardo Serrano, passamos a discutir juntamente com o sindicato da categoria. Aí nasceu o interesse da Conaccovest em mostrar que os problemas ergonômicos não eram detectados somente entre nós mas sim em todo o país. Estes estudos buscam qualidade de vida para o trabalhador.
Eunice Cabral – A Fundacentro tem a condição técnica que a Conaccovest não tem. Estamos fazendo um estudo conjunto com qualidade e com uma equipe de técnicos que conhece o assunto. Isto é importante para prevenir as doenças que acometem os trabalhadores do setor. Através do ergonomista Ricardo Serrano, passamos a discutir juntamente com o sindicato da categoria. Aí nasceu o interesse da Conaccovest em mostrar que os problemas ergonômicos não eram detectados somente entre nós mas sim em todo o país. Estes estudos buscam qualidade de vida para o trabalhador.
Blog – Como vai funcionar essa parceria?
Eunice Cabral - A Conaccovest gera a demanda inerente à saúde e segurança do trabalhador através de seus sindicatos filiados que mantêm o contado direto com os trabalhadores “in loco¨. A Confederação busca o respaldo da Fundacentro com intuito de achar uma solução com qualidade e que possa trazer resultados positivos. Sendo assim, para que o técnico da Fundacentro possa realizar a pesquisa e estudo abrimos diálogo com o empresariado, explicamos que o intuito do trabalho é buscarmos juntos as soluções para os problemas apresentados e assim através do diálogo e do princípio da boa fé, abrimos as portas para o técnico entrar dentro da empresa, entrevistar trabalhadores (as), médico do trabalho, engenheiros do trabalho e até os empresários para que ele tenha os dados mais precisos para realizar o trabalho.
Blog - A senhora tem um mapeamento de quais são problemas encontrados nos ambientes de trabalho das empresas do setor e de que forma eles contribuem para prejudicar a saúde dos trabalhadores?
Eunice Cabral – São vários problemas, desde o distúrbio músculo-esquelético, desenvolvimento de Ler (lesões por esforço repetitivo), tendinites, bursites; a questão vascular com problemas de varizes, que podem gerar tromboses, problemas de coluna, de visão e até a cifose (uma pequena corcunda desenvolvida por ficar em uma posição errada durante a jornada de trabalho). Uma vez não realizado um trabalho de prevenção estes problemas continuam a gerar doenças e acidentes de trabalho. A prevenção com certeza irá reduzir o número de afastamentos, fato comprovado no setor de calçados na cidade de Birigui (SP) pelo sindicato patronal local.”
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