Na avaliação de Pablo Diaz, dirigente sindical e funcionário do BB, o lucro não reflete o esforço do funcionalismo. “O bancário despende maior parte de suas energias em vender produtos como Ourocap, BrasilPrev e Seguro Auto, o que não é, infelizmente, revertido ao banco”, explica.
Além disso, Diaz lembra que a participação do banco nas subsidiárias é de apenas 49%, o que os livra da fiscalização do Tribunal de Contas da União. “Seria justo, então, que as metas para os funcionários compusessem 49% e não 100%, como é o caso”, completa.
O índice de eficiência operacional, medido pelo banco relacionando as despesas administrativas e as receitas operacionais, atingiu 42,6% em 2010. Tal índice, que quanto menor, melhor, diz respeito a quanto o banco gasta com, por exemplo, o salário dos funcionários, e o quanto captura. O índice de cobertura das despesas de pessoal com as receitas de prestação de serviços ficou em 123,1%, ou seja, a quantia arrecadada pelo banco cobre a folha de pagamento e ainda a ultrapassa em 23,1%.
Para André Machado, também dirigente e funcionário do BB, o crescimento do lucro do BB caminha junto com a precarização dos serviços do banco, comprovada por estes índices. “O banco tem se utilizado de terceirizações e abertura de agências complementares e tem esquecido suas funções públicas, ampliado a disputa direta com bancos privados”, comenta.
O banco também relatou um crescimento de 30,1% do crédito, que somou R$54,2 bilhões, contra R$41,7 bilhões em 2009. “E este é mais um crescimento que aconteceu graças ao trabalho do bancário, que praticamente não recebe retorno por isso”, afirma Machado.
De acordo com o dirigente, o mecanismo utilizado pelo BB é o mesmo dos bancos privados. “Juros altos para a população, privilégio para lucro em detrimento do que é necessário para o desenvolvimento nacional e foco em grandes empresas, ao invés das pequenas, grandes agricultores, no lugar da agricultura familiar, por exemplo, estão se tornando práticas comuns”, finaliza.
PLR é antecipada
O pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao 2º semestre de 2010, que era previsto para o dia 16 de março, foi antecipado para 28 de fevereiro.
O valor total a ser distribuído será de R$840 milhões, o maior montante já pago por um semestre. A quantia será distribuída entre aproximadamente 110 mil funcionários.
Em comunicado, o Banco do Brasil informou que divulgará as quantias definidas por cargo e comissão na próxima semana."
Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez
Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário