"O diretor de Assuntos Corporativos do grupo espanhol Inditex, que controla a rede de lojas Zara, afirmou ontem, na Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que a empresa, acusada de explorar trabalho escravo e infantil, já adotou medidas para aumentar o controle da sua cadeia de produção, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados.
"Pedimos desculpas por esse fato lamentável, embora a companhia não se considere culpada pelo ocorrido, já que fomos vitimas de uma situação que não foi criada por nós", afirmou. O auditor fiscal do Ministério do Trabalho Luiz Alexandre de Faria afirmou que a Zara foi autuada porque as roupas vendidas em suas lojas estavam sendo fabricadas em oficinas precárias, em São Paulo, que empregavam trabalhadores bolivianos. O ministério já havia autuado as Lojas Marisa e as Lojas Pernambucanas.
A Zara deverá assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, mas não deixará, por isso, de sofrer processo aberto pela Defensoria Pública da União. A empresa indenizou os trabalhadores bolivianos, que receberam carteiras de trabalho, mas ainda não tiveram o ingresso no Brasil regularizado pela Polícia Federal."
Nenhum comentário:
Postar um comentário