quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Convencao 181 da OIT: "Sindicato marca posição em reunião da UNI" (Fonte: Sindicato dos Bancários/SP)

"Entidade reforça que é contra ratificação de convenção da OIT que regulamenta emprego temporário
 
São Paulo – O Sindicato marcou posição em reunião da UNI Sindicato Global, na Suiça, contra a ratificação, pelo Brasil, da convenção 181 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que regulamenta o funcionamento de agências de emprego privadas. A reunião aconteceu na sede da entidade, em Nyon, e reuniu diversos sindicatos filiados.
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A secretária-geral, Raquel Kacelnikas, que representou a entidade na reunião, explica que a divergência do Sindicato em relação à convenção 181 deve-se à luta que os trabalhadores travam no Brasil contra a terceirização e precarização do emprego. “Quer sejam de mão-de-obra temporária, quer sejam terceirizadas, essas empresas contribuem para a desorganização dos trabalhadores.”
E hoje, lembra Raquel, a terceirização é um tema de disputa no país. “Há um embate claro no Congresso e na Justiça do Trabalho. E reconhecer qualquer postura contrária à nossa luta será um retrocesso nesse processo”, avalia.
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“No Brasil temos resultados positivos em relação ao reconhecimento de terceirizados como bancários, e a 181 vai na direção oposta a isso, não podemos ser favoráveis a que o país se torne signatário dessa convenção. Haverá reunião com a OIT nos dias 18 e 19 de outubro para discutir o assunto e dar continuidade ao debate sobre trabalho temporário. O Brasil se fará presente e lá continuaremos defendendo nossa visão”, anuncia Raquel.
Categorias – A dirigente lembra que a organização sindical é diferente em cada país, mas reforça que no Brasil a luta será sempre para reconhecer como bancário o trabalhador que realiza funções bancárias. “O trabalhador tem de ser reconhecido na categoria onde atua e para a qual presta serviço, e não na categoria da empresa pela qual é contratado. Atuamos sempre com a perspectiva de resgatar esses empregados que hoje estão realizando trabalho bancário em terceirizadas, ganhando menos e sem os direitos dos bancários.”
Raquel ressalta ainda que o Sindicato teve uma conquista recente na Justiça Trabalhista, que reconheceu a legitimidade da entidade na representação de terceirizados da Fidelity."

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