"Autor(es): Agencia o Globo/ Cristiane Jungblut e Isabel Braga |
Ministros e aliados tentam conter as centrais sindicais, que querem aprovar R$560
Para mostrar a força da presidente Dilma Rousseff no seu primeiro teste no Congresso, o governo trabalha para que as "traições isoladas" não comprometam a ampla maioria na votação do projeto que fixa o salário mínimo em R$545 e a política de reajuste até 2015, inclusive. Em tese, a base governista tem 386 deputados, mas os próprios líderes partidários admitiam ontem que a adesão não será de 100%. A avaliação mais pessimista entre os governistas é que a proposta será aprovada com pelo menos 300 votos.
Os ministros e líderes aliados realizam hoje uma maratona de reuniões para conter o movimento iniciado por um aliado, o PDT do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, que defende o mínimo de R$560. O maior trunfo do governo Dilma é a fragilidade do PMDB da Câmara, depois do desgaste da briga por nomeações do segundo escalão. Precisando mostrar lealdade, o PMDB da Câmara promete cerca de 65 votos dos 77 atuais.
Já as centrais sindicais lotarão os corredores da Câmara, a partir do meio-dia. A Força Sindical promete trazer 500 sindicalistas. A manifestação continuará na hora da audiência pública realizada pela Câmara para discutir o mínimo, com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Na semana passada, Paulo Pereira da Silva negociou com DEM, PSDB e PV apoio em torno dos R$560. Ontem, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmava que cinco partidos - PMDB, PT, PR, PTB e PP - estavam praticamente fechados com o governo, o que daria, em tese, 268 votos, já suficiente para aprovar o projeto. Se contabilizar os blocos que esses partidos lideram, conforme a divisão oficial mostrada pela Câmara, a conta sobe para 359 votos. É esse o ideal do Planalto.
Líder do PMDB cobra voto na proposta do governo
Na contabilidade oficial da Câmara, o PT tem 86 votos; o PMDB, 77 votos; PTB, 22 votos; PP, 43; o PR, 40.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), está ligando para os deputados para cobrar voto na proposta do governo. A preocupação é conter adesões aos R$560 - proposta já adotada pelas centrais sindicais e que, nos bastidores, tem apoio de deputados da base, até de integrantes do PT. Henrique Alves disse que o PMDB será "majoritariamente" a favor dos R$545.
- Essa proposta de reajuste do mínimo foi aplaudida pelo Brasil. Então, é coerente que ela continue. Em 2012, o mínimo já irá para R$612, R$613 - disse Henrique Alves, que recebe para almoço os líderes da base aliada.
Na mesma linha, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que o partido está com o governo e que não precisará fechar questão, porque há a consciência da bancada sobre a importância de defender a política do mínimo aplicada desde 2007.
- A bancada está unificada, por que ter fechamento de questão se há ampla maioria a favor? Não tenho conhecimento de dissidentes no PT -- disse Paulo Teixeira.
Hoje, o governo deve fazer um teste votando a tramitação em urgência do projeto do Executivo que trata do mínimo, enviado na última quinta-feira.
Os líderes da base têm reunião marcada para amanhã ao meio-dia. À tarde, os líderes partidários, inclusive os de oposição, reúnem-se com o presidente Marco Maia (PT-RS), para acertar a votação do mínimo no plenário, nesta quarta-feira.
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), disse que praticamente todo o bloco liderado pelo partido votará com os R$545.
- Temos 63 votos no bloco, e somente de 4% a 5% deixarão de votar nos R$545. Muito pouco. Sabemos que a presidente Dilma está fazendo um ajuste - disse Portela, acrescentando que uma mudança de postura apenas com o aval do Planalto.
O líder do PDT, Giovanni Queiroz (PA), disse que o partido tentará "sensibilizar" o governo em favor dos R$560. Mas sabe que é difícil."
Para mostrar a força da presidente Dilma Rousseff no seu primeiro teste no Congresso, o governo trabalha para que as "traições isoladas" não comprometam a ampla maioria na votação do projeto que fixa o salário mínimo em R$545 e a política de reajuste até 2015, inclusive. Em tese, a base governista tem 386 deputados, mas os próprios líderes partidários admitiam ontem que a adesão não será de 100%. A avaliação mais pessimista entre os governistas é que a proposta será aprovada com pelo menos 300 votos.
Os ministros e líderes aliados realizam hoje uma maratona de reuniões para conter o movimento iniciado por um aliado, o PDT do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, que defende o mínimo de R$560. O maior trunfo do governo Dilma é a fragilidade do PMDB da Câmara, depois do desgaste da briga por nomeações do segundo escalão. Precisando mostrar lealdade, o PMDB da Câmara promete cerca de 65 votos dos 77 atuais.
Já as centrais sindicais lotarão os corredores da Câmara, a partir do meio-dia. A Força Sindical promete trazer 500 sindicalistas. A manifestação continuará na hora da audiência pública realizada pela Câmara para discutir o mínimo, com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Na semana passada, Paulo Pereira da Silva negociou com DEM, PSDB e PV apoio em torno dos R$560. Ontem, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmava que cinco partidos - PMDB, PT, PR, PTB e PP - estavam praticamente fechados com o governo, o que daria, em tese, 268 votos, já suficiente para aprovar o projeto. Se contabilizar os blocos que esses partidos lideram, conforme a divisão oficial mostrada pela Câmara, a conta sobe para 359 votos. É esse o ideal do Planalto.
Líder do PMDB cobra voto na proposta do governo
Na contabilidade oficial da Câmara, o PT tem 86 votos; o PMDB, 77 votos; PTB, 22 votos; PP, 43; o PR, 40.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), está ligando para os deputados para cobrar voto na proposta do governo. A preocupação é conter adesões aos R$560 - proposta já adotada pelas centrais sindicais e que, nos bastidores, tem apoio de deputados da base, até de integrantes do PT. Henrique Alves disse que o PMDB será "majoritariamente" a favor dos R$545.
- Essa proposta de reajuste do mínimo foi aplaudida pelo Brasil. Então, é coerente que ela continue. Em 2012, o mínimo já irá para R$612, R$613 - disse Henrique Alves, que recebe para almoço os líderes da base aliada.
Na mesma linha, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que o partido está com o governo e que não precisará fechar questão, porque há a consciência da bancada sobre a importância de defender a política do mínimo aplicada desde 2007.
- A bancada está unificada, por que ter fechamento de questão se há ampla maioria a favor? Não tenho conhecimento de dissidentes no PT -- disse Paulo Teixeira.
Hoje, o governo deve fazer um teste votando a tramitação em urgência do projeto do Executivo que trata do mínimo, enviado na última quinta-feira.
Os líderes da base têm reunião marcada para amanhã ao meio-dia. À tarde, os líderes partidários, inclusive os de oposição, reúnem-se com o presidente Marco Maia (PT-RS), para acertar a votação do mínimo no plenário, nesta quarta-feira.
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), disse que praticamente todo o bloco liderado pelo partido votará com os R$545.
- Temos 63 votos no bloco, e somente de 4% a 5% deixarão de votar nos R$545. Muito pouco. Sabemos que a presidente Dilma está fazendo um ajuste - disse Portela, acrescentando que uma mudança de postura apenas com o aval do Planalto.
O líder do PDT, Giovanni Queiroz (PA), disse que o partido tentará "sensibilizar" o governo em favor dos R$560. Mas sabe que é difícil."
Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário