"Marcas espanholas de roupas como a Zara e a Mango são raras histórias de sucesso na Espanha em meio à forte crise que atinge o país. Mas agora, uma série de acidentes fatais em fábricas em países de baixo custo que produzem suas roupas está colocando em xeque o preço pago por uma boa aparência - especialmente numa época em que a indústria têxtil espanhola tem sido dilapidada por importações e terceirizações e os consumidores espanhóis estão cada vez mais pobres e não compram roupas novas como antes.
Nos escombros do desabamento do edifício Plaza Rana em Daca, Bangladesh, onde mais de 1.100 trabalhadores de confecções morreram no mês passado, os investigadores encontraram formulários de pedidos ou roupas da MNG Mango Holding SL e da rede varejista El Corte Inglés SA, ambas da Espanha. Um espanhol, David Mayor, cujo paradeiro é desconhecido, consta em documentos corporativos como diretor geral de uma das fábricas que funcionavam no Rana Plaza. A Inditex SA, dona da marca Zara e maior varejista de moda do mundo, era cliente da fábrica Smart Export, próxima a Daca, onde sete trabalhadores morreram em um incêndio em janeiro.
Os acidentes provocaram uma reavaliação dos custos do "fast fashion", tendência de design de moda da qual as marcas espanholas foram pioneiras e que promove uma substituição incessante das coleções para manter novos estilos nas vitrines. Essa estratégia ajudou a transformar a Inditex de uma empresa de garagem nos anos 60 para uma líder global. Seu fundador, Amancio Ortega, é hoje um dos homens mais ricos do mundo..."
Íntegra: Valor Econômico
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