"Apesar do cenário de baixo crescimento e inflação alta, os principais sindicatos vão pedir aumento real nas negociações salariais do segundo semestre, que concentra a data-base de categorias importantes como bancários, metalúrgicos e petroleiros. A disposição para greves é firme, mas há sindicatos confiantes no ganho real sem paralisação. As centrais sindicais trabalham para encerrar o primeiro semestre com bons acordos para garantir negociações positivas no resto do ano.
A expectativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é que o cenário seja parecido ao de 2012, quando 94,6% das categorias obtiveram ganho real. "O porcentual deve continuar na faixa de 1% a 3% de ganho real", diz o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Não creio que tenha algo que justifique mudança desta performance. A inflação não fugiu do controle e a economia não apresenta crescimento espetacular, nem recessão."
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o desemprego em baixa deve reforçar a tendência de greve. "Onde não tem acordo, a tendência é que acirre as greves". Ele ressalta que no início do ano várias categorias fecharam acordo após paralisações e cita os metalúrgicos de Gravataí (RS), a construção civil da baixada santista e a da capital paulista...""
Íntegra: O Estado de S.Paulo
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