“Autor(es): Paulo de Tarso Lyra | De São Paulo |
A presidente Dilma Rousseff vai encontrar-se com os representantes das centrais sindicais, provavelmente na semana que vem, para abrir uma pauta de negociações com os representantes dos trabalhadores. E encaminha nos próximos dias ao Congresso Nacional a medida provisória que reajuste em 4,5% a tabela do Imposto de Renda. O encontro com os sindicalistas está sendo acertado com o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho. O reajuste da tabela será redigido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo assessores da presidente, vencida a batalha no Congresso para a aprovação do salário mínimo de R$ 545, o governo precisa abrir um novo canal de diálogo com os sindicalistas. O reajuste da tabela do IR está na pauta das centrais, mas sobre ela o governo também será inflexível, dando apenas os 4,5% de reajuste ao invés dos 6,46% que defendem os sindicalistas. O consenso entre os dois lados virá na elaboração de um plano de longo prazo para melhorar a vida dos aposentados. Interessa ao governo criar um plano de melhoria da vida dos aposentados, como antecipou o Valor. Um dos principais itens na discussão será a redução no preço dos medicamentos, considerado o item mais oneroso para a faixa da população acima dos 60 anos. O governo já tornou gratuitos os medicamentos para hipertensão e diabetes nas farmácias populares e nas redes particulares que aderiram ao programa. A intenção, a partir de agora, é ampliar mais esta lista. Embora não esteja em debate neste momento, o governo não descarta também fazer uma proposta para reajustar os benefícios. Não os 10% defendidos pelas centrais, percentual considerado utópico em tempos de cortes profundos e reordenamento orçamentário. Mas se a negociação tiver êxito, poderá ser encontrada uma fórmula de progressão crescente, a exemplo do que aconteceu com o salário mínimo. Ao se encontrar com as centrais, além de cumprir a promessa feita pelo próprio Gilberto Carvalho durante as reuniões para negociação do salário mínimo, Dilma pretende também retomar as relações políticas com uma base forte do governo Lula e que estava se sentindo desprestigiada pelo novo governo. Tanto que vários representantes do sindicalismo - especialmente os integrantes da Força Sindical - reclamavam que eram melhor tratados pelo antecessor do que por Dilma. O presidente da CUT, Artur Henrique, admitiu que a relação com Lula era mais fácil porque ele tinha origem sindical. Mas acrescenta que a presidente Dilma também tem uma militância próxima ao anseios dos trabalhadores. Além de negociar a tabela do IR e os benefícios para os aposentados, a CUT pretende pressionar o governo a ratificar a convenção 158 da OIT - que estabelece a negociação coletiva para o setor público - e a convenção 151 - que define normas mais justas para a demissão por justa causa.” Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
“Dilma reaproxima-se das centrais sindicais” (Fonte: Valor Econômico)
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