"Empresa alega que não pode dar reajuste por causa da MP do setor elétrico.
Os funcionários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) fizeram ontem uma paralisação de 24 horas na tentativa de pressionar a companhia por um reajuste salarial superior ao ofertado pela empresa, que é de 4,5%. Os trabalhadores alegam que o porcentual não cobre nem a inflação acumulada no período de um ano, de 5,9%. Por falta de acordo, a negociação foi parar na Justiça.
Os funcionários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) fizeram ontem uma paralisação de 24 horas na tentativa de pressionar a companhia por um reajuste salarial superior ao ofertado pela empresa, que é de 4,5%. Os trabalhadores alegam que o porcentual não cobre nem a inflação acumulada no período de um ano, de 5,9%. Por falta de acordo, a negociação foi parar na Justiça.
Outro motivo de discórdia entre patrões e empregados está na Medida Provisória 579,
que endurece as regras dos contratos de concessão do setor elétrico ao
mesmo tempo que prevê redução das tarifas pagas por empresas e
famílias. De acordo com o sindicato, que reivindica 6%, a MP seria um
dos argumentos da companhia para não conceder o reajuste.
Cortes. Os eletricitários também tentam chamar a atenção para o risco
de corte de pessoal por parte da empresa. Em divulgação de resultado
recente, diretores da companhia chegaram a admitir a necessidade de
ajustes operacionais, embora negassem a possibilidade de demissões. De
acordo com o Sindieletro, que representa a categoria, a paralisação
desta quinta-feira alcançou 70% dos trabalhadores. No entanto, a Cemig
fala em 10%.
Em nota enviada ao Estado, a Cemig informa que "apresentou uma
proposta respeitosa, consideradas as perspectivas de futuro para a
empresa definidas a partir da MP 579".
A nota diz que, "uma vez que não houve entendimento da situação por
parte dos sindicatos, a Cemig solicitou a mediação da Justiça do
Trabalho, através de Dissídio Coletivo".
Diferentemente do que afirma o sindicato, a Cemig diz que a proposta
recompõe as perdas inflacionárias. Em relação à greve, a nota diz que
as atividades não foram afetadas pela paralisação."
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