"As reservas de urânio no Brasil têm de ser tratadas com a mesma importância que o governo dá ao pré-sal, defendeu ontem o assessor da presidência da Eletronuclear, Leonam Guimarães. Segundo ele, o conteúdo energético das reservas de urânio no País são "da mesma grandeza do volume de óleo já inscrito como reserva provada pela Petrobrás".
"Temos 309 reservas conhecidas, mais 300 mil prognosticadas e 500 mil especulativas. No cenário otimista, tudo dá 1 milhão de toneladas, da ordem do que tem na Austrália. Isso faria do Brasil a segunda maior reserva do mundo", destacou em entrevista após participar do Congresso Latino-americano de Energia no Rio.
Dizendo que "não quer competir" com a atenção dada pelo governo às jazidas de óleo encontradas no mar abaixo da camada de sal, Guimarães afirma que é importante que o governo não concentre esforços apenas em uma riqueza.
O Brasil teria, na opinião de Guimarães, um excelente mercado para exportar esse urânio, já que há um enorme problema de disponibilidade no mercado mundial. A China, por exemplo, está construindo hoje 25 usinas nucleares, destacou, e não tem urânio. Outro país com potencial consumidor é o Japão, que tem 50% da geração elétrica por fonte nuclear, mas também não tem urânio. Ou mesmo a França, que tem 80% da geração por fonte nuclear, controla algumas minas, mas também não tem urânio."
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