"A obra é em rio que dominamos há anos. Temos histórico nele", diz o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer. Ele lembra que a usina que leva o nome do pai do governador, o ex-governador José Richa, fica no Rio Iguaçu, um pouco antes do local definido para a Baixo Iguaçu. Em entrevista recente ao Valor, ele já havia deixado clara a intenção de voltar a conversar com a Neoenergia. O executivo não revela quanto planeja investir na sociedade, mas conta que "já houve aceno de boa vontade de ambas as partes" e que vai avaliar o projeto seguindo orientação de buscar oportunidades de negócios em geração de energia.
A Neoenergia venceu o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a construção da usina no Paraná em setembro de 2008, derrotando proposta feita pelo consórcio formado pela Copel e pela Eletrosul. O ex-governador Roberto Requião (PMDB) nunca aceitou a entrada da concorrente no Estado e chegou a dizer que, sem a Copel, a obra não sairia do papel.
Procurada, a Neoenergia não comentou a volta da negociação com a Copel. O investimento previsto na usina é de R$ 1,5 bilhão e a capacidade de geração, de 350 megawatts de energia. Em texto divulgado ontem no fim do dia, Zimmer explica que a Copel poderá participar "do projeto, da operação e das obras da hidrelétrica".
Baixo Iguaçu deve ser a sexta e última hidrelétrica a ser erguida no Rio Iguaçu. De acordo com Zimmer, a participação da Copel poderá resultar em aproveitamento das estruturas de operação e de manutenção já instaladas pela empresa na região. Além da usina José Richa (chamada também de Salto Caxias), estão lá as usinas Bento Munhoz da Rocha (Foz do Areia) e Ney Braga (Salto Segredo). As outras duas geradoras são Salto Santiago e Salto Osório, administradas pela Tractebel."Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez
Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário