"Trabalhadores do setor elétrico no Paraguai iniciaram várias mobilizações para protestar contra o Marco Regulatório do Sistema Elétrico, que segundo os trabalhadores esconde uma manobra privatizadora. Durante a marcha entregaram panfletos convocando para uma atividade em 4 de setembro.
Trabalhadores e técnicos do setor elétrico paraguaio iniciaram nesta quarta-feira mobilizações contra a aprovação por parte do Governo, de um projeto de lei que consideram como uma manobra privatizadora.
Durante a atividade, os empregados da Administração Nacional de Energia Elétrica (ANDE) distribuiram panfletos criticando o projeto, que foi parcialmente sancionado no Parlamento, anunciando sua participação em uma marcha e concentração massiva pautada para o próximo 4 de setembro.
A mobilização está sendo convocada por 30 sindicatos e organizações camponesas e indígenas, que entre suas demandas incluirão a rejeição à privatização da ANDE. Na mesma ocasião, os empregados do setor elétrico estarão presentes como parte de cinco colunas que marcharão desde pontos distintos da capital até a concentração, que será em frente ao Congresso Nacional.
Os organizadores esperam reunir mais de 15 mil pessoas, que marcharão sob a consigna de uma reforma agrária, a não aceitação do congelamento salarial, o apoio às demandas dos professores e o castigo à corrupção no aparato estatal.
O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Nacional de Eletricidade (Sitrande), José Pineda, informou que previamente, no dia 3 de setembro, os dirigentes dos sindicatos e organizações apresentarão um plano de medidas que deve adotar o Governo de Horacio Cartes para reduzir a injustiça social existente no Paraguai.
Por sua vez, Oscar Lovera, outro dirigente, afirmou que até o momento o Executivo não mostrou predisposição para se reunir com os sindicatos e organizações sociais para assim conhecer suas abordagens e sugestões para as soluções.
À mobilização de 4 de setembro também se unirá a Frente Guasú, coalizão de partidos políticos e organizações sociais, incluindo sua bancada no Parlamento.
Em junho, milhares de afiliados do Sitrande se declararam em "estado de greve” e convocaram uma paralisação total do serviço elétrico no país, em repúdio às pretensões do Governo de Federico Franco de privatizar a empresa estatal.
Naquela oportunidade, os sindicalistas exigiram que a Câmara dos Deputados retomasse o debate sobre o tema elétrico e o arquivo permanente do Marco Regulatório do Sistema Elétrico, que pretende tirar o monopólio da Administração Nacional de Eletricidade."
Fonte: MAB
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