“Autor(es): Cláudia Safatle | De Brasília |
Os bancos, no Brasil, são rentáveis e solventes, segundo garante o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), referente ao segundo semestre de 2010, divulgado ontem pelo Banco Central. Publicado semestralmente, o relatório faz uma ampla análise da situação do Sistema Financeiro Nacional (SFN), abrangendo a base de captação, as operações de crédito, os riscos e a evolução futura. Nesta edição, o BC atesta que há suficiência e qualidade na base de capital das instituições. Os testes de estresse asseguram que mesmo em cenários de deterioração extrema da situação macroeconômica, o Índice de Basileia do sistema se manteria superior ao estabelecido na regulamentação. O crescimento econômico e o aumento do emprego e da renda das famílias deram ao sistema bancário condições para ampliar os seus resultados, a despeito das incertezas no resto do mundo. No segundo semestre do ano passado houve avanço de R$ 4,7 bilhões no lucro líquido das instituições, que atingiu R$ 30 bilhões, ou seja, R$ 3,5 bilhões a mais do que no primeiro semestre de 2008, quando a economia também estava a pleno valor, antes da crise global. De forma geral, a exposição ao risco de liquidez permanece baixa, dado que as captações baseiam-se em fontes diversificadas vindas do varejo, dos fundos de investimentos, dentre outras. A emissão de Letras Financeiras, que somou R$ 25 bilhões no segundo semestre do ano passado, mostra-se como opção atrativa para os bancos. Essa situação de relativo conforto, porém, não se aplica a todo o sistema bancário, ressalva o relatório. Para os bancos de menor porte, há maior concentração das fontes de captação, o que as torna mais vulneráveis ao risco de liquidez. Do saldo das operações de crédito, de R$ 1,5 trilhão ao final de 2010, o volume destinado às famílias foi de R$ 737 bilhões, sobretudo para o financiamento habitacional e de veículos, modalidades que representam 17,7% e 25,8%, respectivamente, do crédito para pessoas físicas. O grupo de maior comprometimento da renda, entre o universo do crédito à pessoas físicas, é justamente o que tem o menor nível de educação financeira, segundo identifica o Banco Central. O que aumenta as preocupações quanto à qualidade dos créditos a ele destinados. No ano passado foram 5,1 milhões de novos clientes pessoa física nos bancos, um aumento de 23% em relação ao ano anterior.” |
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