“Autor(es): Chico Santos | Do Rio |
A Petrobras anunciou ontem que ainda neste mês assinará com a Braskem o acordo final que definirá a participação da petroquímica baiana no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). No mês passado, o conselho de administração da Braskem aprovou a participação da empresa no Comperj, mas ainda sem definição do formato dessa presença. A Braskem é controlada pelo grupo Odebrecht, que tem a Petrobras como principal sócio na petroquímica. Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da Petrobras, a Braskem será a dona da central petroquímica de matérias-primas, além das unidades de polietileno e polipropileno. E, provavelmente, da unidade de butadieno. A central de matérias-primas produzirá 1,1 milhão de toneladas de eteno. A etapa petroquímica do Comperj está prevista para operar a partir do fim de 2016 ou inicio de 2017, mas Costa avalia que a demanda permanentemente aquecida forçará uma antecipação. O diretor da Petrobras confirmou também as informações de que a matéria-prima básica para a petroquímica do Comperj deverá ser o gás natural produzido na região do pré-sal, e não mais petróleo pesado ou nafta petroquímica, como previsto nas duas versões anteriores do projeto. O transporte do gás do pré-sal, segundo ele, poderá ser feito por intermédio de dutos construídos a uma distância de até 300 quilômetros da costa e cerca de 2 mil metros de profundidade final. Há também a possibilidade de que parte do gás seja liquefeita para o transporte em navios. Costa estima que o Comperj consumirá 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Segundo o diretor, a estatal buscará associação com outras empresas do setor nas unidades petroquímicas que a Braskem não tiver interesse em participar. Maior projeto em construção pela Petrobras em um só lugar, o Comperj está sendo realizado em três etapas. A primeira, com mais de 20% já concluída, é uma refinaria convencional para processamento de 165 mil barris de petróleo por dia. A unidade está prevista para o fim de 2013. A segunda etapa corresponde à fase petroquímica, enquanto a terceira será uma refinaria idêntica à primeira, com inicio das operações previsto para 2018. A obra tem atualmente 5 mil homens trabalhando e está prevista para chegar a 25 mil no pico das construções.” |
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