Com isso, o tratado que cria a Unasul começa a valer a partir de 11 de março deste ano, 30 dias após a nona ratificação, mesmo sem ter sido aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro.
A Unasul será uma área de integração continental que abrangerá 12 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. A organização internacional vai promover, com prioridade, a integração dos países nas áreas financeira, de infraestrutura, de energia, assistência social e educação.
A adesão brasileira à Unasul já foi discutida e aprovada pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara; mas aguarda há mais de um ano a análise do Plenário. Depois, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado. No discurso de abertura dos trabalhos do Legislativo, a presidente da República, Dilma Rousseff, declarou que a ratificação do acordo é uma das prioridades do governo.
Segundo o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que foi o relator do projeto na CCJ, a inclusão da matéria na Ordem do Dia do Plenário deve ser negociada assim que a pauta for desobstruída. “Estamos aguardando o momento adequado, que deve ocorrer após a deliberação das medidas provisórias e de projetos importantes, como o do salário mínimo”, afirmou.
Falta de acordo
Apesar de o Ministério das Relações Exteriores ter anunciado com satisfação o instrumento de ratificação encaminhado pelo Uruguai, que garante efetivamente a entrada em vigor do tratado, a adesão do Brasil à Unasul ainda depende de acordo com a oposição.
Apesar de o Ministério das Relações Exteriores ter anunciado com satisfação o instrumento de ratificação encaminhado pelo Uruguai, que garante efetivamente a entrada em vigor do tratado, a adesão do Brasil à Unasul ainda depende de acordo com a oposição.
Ex-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), Dr. Rosinha diz que, por questões ideológicas, partidos de oposição têm dificultado a aprovação do projeto. O deputado reclama que o impasse não é muito bem explicitado pelos partidos de oposição, como o PSDB, o PPS e o DEM. “Eles não explicam, ponto por ponto, por que eles se opõem. Acho que é um conceito mais ideológico do que de mérito. Ideologicamente, sabemos que eles se opõem à integração sul-americana. Sabemos que eles têm muito mais afinidade ideológica com a política norte-americana, do que com a política da América do Sul".
O líder do Democratas, deputado ACM Neto (BA), defende um debate mais amplo e mudanças na proposta. "É preciso um ajuste no projeto e, depois desses ajustes, da discussão entre os líderes, acho que poderá fluir. Na verdade, o Brasil tinha de cumprir uma série de coisas que não cumpriu até o final de 2010. Agora, tem que fazer um arremedo; espera-se que a emenda não saia pior que o soneto."
A falta de acordo entre governo e oposição sobre o tema pôde ser constatada durante a última sessão do ano passado do Parlasul, realizada em dezembro em Montevidéu."
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