"Apesar dos avanços socioeconômicos e da criação de políticas de combate à pobreza e ao trabalho infantil, a queda do número de crianças e adolescentes que trabalham no Brasil ficou estagnada nos últimos anos. O assunto incomoda dirigentes de órgãos de governo e organizações envolvidas com essa questão. Os mecanismos necessários para que os avanços experimentados nos primeiros anos de 2000 sejam restabelecidos deverá ser tema da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que será realizada no Brasil em outubro.
Mesmo com esse quadro mais lento de iniciativas, o Brasil tem motivos para comemorar. Entre 1992 e 2011, o número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos que trabalham foi reduzido em 56%. O dado colocou o país numa posição de referência internacional no combate ao trabalho infantil. "O fato de a Conferência Global ser realizada no país já é uma evidência do reconhecimento internacional pelos esforços brasileiros nesta questão. É a primeira vez que o evento acontece fora da Europa", afirma Laís Abramo, diretora do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.
Entretanto, existe a necessidade de o país aprimorar os esforços para chegar ao chamado núcleo duro do trabalho infantil que inclui o trabalho doméstico, o setor informal urbano e a agricultura familiar. "A questão é descobrir quais são os mecanismos que precisamos para chegar a estes locais onde mesmo a fiscalização do trabalho enfrenta dificuldade em alcançar. Essa não é apenas uma questão para o Brasil, mas para o mundo todo", diz..."
Íntegra: Valor Econômico
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