"Continuamos nas mãos de São Pedro, e, se as chuvas de verão vierem como habitualmente, o risco de racionamento de energia elétrica desaparecerá no curto prazo, como frisaram as autoridades do setor anteontem em Brasília. Mas o que ocorreu este ano é um sinal de alerta que ainda se manterá aceso, pois preocupa o fato de o nível dos reservatórios das hidrelétricas ter chegado ao piso da curva de segurança em pleno mês de janeiro. Se as chuvas não forem abundantes a ponto de os reservatórios verterem água (ou seja, se não encherem 100%), é bem provável que as usinas termoelétricas não sejam desligadas este ano, para se poupar ao máximo as hidrelétricas.
Exatamente pela existência desse parque gerador termoelétrico é que a situação hoje é diferente da que motivou o racionamento em 2001/2002. Naquela época o governo havia lançado um programa prioritário de construção de termoelétricas; tentou-se correr contra o tempo, porém as usinas não estavam prontas quando mais se precisava delas. A lição foi aprendida e desde então não mais se deixou de licenciar esse tipo de usina. Este ano várias entrarão em operação exatamente no Nordeste, onde são mais necessárias.
De qualquer forma, diante das dificuldades para licenciamento ambiental de hidrelétricas - os principais aproveitamentos agora estão na Amazônia, região sensível não só do ponto de vista da natureza, mas também aos mais variados lobbies -, o funcionamento das termoelétricas tende a ser mais permanente que emergencial. Isso deve mexer com a estrutura de custos da energia elétrica no país, já considerados elevados e capazes de inviabilizar muitas atividades produtivas que antes se mostravam competitivas. É uma questão a ser discutida e que possivelmente envolve o uso mais racional da eletricidade. Programas de eficiência energética já não são conduzidos com a mesma ênfase dada logo após o racionamento de 2001/2002..."
Exatamente pela existência desse parque gerador termoelétrico é que a situação hoje é diferente da que motivou o racionamento em 2001/2002. Naquela época o governo havia lançado um programa prioritário de construção de termoelétricas; tentou-se correr contra o tempo, porém as usinas não estavam prontas quando mais se precisava delas. A lição foi aprendida e desde então não mais se deixou de licenciar esse tipo de usina. Este ano várias entrarão em operação exatamente no Nordeste, onde são mais necessárias.
De qualquer forma, diante das dificuldades para licenciamento ambiental de hidrelétricas - os principais aproveitamentos agora estão na Amazônia, região sensível não só do ponto de vista da natureza, mas também aos mais variados lobbies -, o funcionamento das termoelétricas tende a ser mais permanente que emergencial. Isso deve mexer com a estrutura de custos da energia elétrica no país, já considerados elevados e capazes de inviabilizar muitas atividades produtivas que antes se mostravam competitivas. É uma questão a ser discutida e que possivelmente envolve o uso mais racional da eletricidade. Programas de eficiência energética já não são conduzidos com a mesma ênfase dada logo após o racionamento de 2001/2002..."
Íntegra disponível em: http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/1/11/sinal-de-alerta-permanecera-aceso-no-setor-eletrico
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