"Elaboração de um marco regulatório para os meios de comunicação não avança no Executivo. Entidades consideram a Lei de Meios da Argentina um exemplo a ser seguido pelo governo brasileiro
O debate sobre a necessidade de democratização da comunicação no Brasil tem sido feito há muito tempo. Movimentos sociais, parlamentares e organizações da sociedade civil defendem a Como forma de pressionar o governo federal para a elaboração do marco regulatório, diversas entidades lançaram em agosto deste ano a campanha “Para expressar a liberdade, uma nova lei para um novo tempo”. A campanha, encabeçada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), alerta para a urgência em se ter uma nova lei de regulação da mídia. O atual Código Brasileiro das Telecomunicações (CBT), única legislação do setor, completou 50 anos em 2012 e, segundo as organizações sociais, “é de outro tempo, de outro Brasil”. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou a anunciar que uma proposta seria apresentada em consulta pública ainda neste ano, o que não ocorreu até o momento.
Monopólios
Mesmo sem ter um avanço na elaboração da nova legislação, grandes grupos de comunicação e parlamentares a eles ligados acusam que a instituição do marco regulatório representaria uma tentativa de cercear a liberdade de imprensa. A reação é decorrente da possibilidade de perderem concessões públicas de uso das radiofrequências e terem o controle do setor comprometido. riação de um marco regulatório para o mercado midiático brasileiro, para que se amplie o acesso de diferentes vozes aos meios de comunicação em massa.
No final do segundo mandato do expresidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2009, a esperança pela criação da lei para o setor foi fortalecida com a realização da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). No encontro, foram levantadas mais de 600 propostas para a democratização da comunicação brasileira, que tratavam desde o fim do monopólio no setor até o fomento à produção independente nacional. Um estudo para a elaboração da nova legislação chegou a ser encomendado por Lula para o então ministro das Comunicações, Franklin Martins. No entanto, a discussão não avançou no Executivo.
Como forma de pressionar o governo federal para a elaboração do marco regulatório, diversas entidades lançaram em agosto deste ano a campanha “Para expressar a liberdade, uma nova lei para um novo tempo”. A campanha, encabeçada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), alerta para a urgência em se ter uma nova lei de regulação da mídia. O atual Código Brasileiro das Telecomunicações (CBT), única legislação do setor, completou 50 anos em 2012 e, segundo as organizações sociais, “é de outro tempo, de outro Brasil”. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou a anunciar que uma proposta seria apresentada em consulta pública ainda neste ano, o que não ocorreu até o momento...."
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