análoga à escravidão e os atuais métodos de combate à prática
criminosa ainda não são suficientes para zerar a conta. Quem admite a
situação é o Ministério Público do Trabalho (MPT) que lançou nesta
sexta-feira (27/5) uma campanha nacional para sensibilizar a sociedade
desse problema que persiste mais de um século depois do fim da
escravidão no país. A campanha busca atingir empresários, sociedade e
trabalhadores por meio de propagandas de TV, rádio e uma cartilha
explicativa.
situação em que o trabalhador está preso em alguma propriedade no
interior, sem comunicação. "A legislação penal brasileira mudou em
2003 e incluiu condições degradantes de trabalho e jornadas exaustivas
como situações de trabalho escravo. O trabalho escravo não é só o que
tem cerceio de liberdade, pode ser psicológico, moral", explica Débora
Tito Farias, coordenadora nacional de erradicação do trabalho escravo
do MPT.
encontrar novas situações de trabalho degradante também no meio
urbano, como em confecções e na construção civil. A campanha pretende
ajudar a sociedade a identificar e denunciar essas práticas. "A
pressão social hoje é um fator muito importante em qualquer tipo de
campanha. É importante que a sociedade perceba que a comida, o vestido
pode ter um componente de trabalho escravo", afirma o procurador-geral
do Trabalho, Otávio Lopes.
humana deve ser vista da mesma forma que já ocorre com produtos
orgânicos e com a preservação da natureza. Atualmente, uma lista do
Ministério do Trabalho detalha os empregadores que submeteram
trabalhadores à condição análoga a de escravo. Mais conhecida como
lista suja do trabalho, a publicação tem hoje 210 empregadores listados.
Brasil é a reincidência, uma vez que muitos trabalhadores resgatados e
não qualificados acabam voltando para a situação que tinham antes.
"Quando tiramos aquela pessoa da situação de trabalho e não damos uma
alternativa de qualificação, não estamos ajudando, estamos enganando".
estão sendo firmadas com administrações estaduais e locais, de acordo
com a necessidade econômica de cada região.”
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