“A tentativa da Câmara de barrar as manobras e diminuir os prejuízos causados pelas empresas terceirizadas é diferente do que ocorre no Senado. Desde o início da atual legislatura, a Casa realizou contratações milionárias com dispensa de licitações e concedeu aditivos a preços previstos inicialmente.
Uma das beneficiadas é a Brasfort, responsável pelo fornecimento de mão de obra de condutores de veículos. Um contrato emergencial assinado em 11 de março no valor de R$ 3,6 milhões admitiu 73 motoristas executivos, quatro motociclistas e um encarregado-geral ao quadro de funcionários terceirizados. O valor pago corresponde a um salário médio de R$ 7,8 mil por condutor. Apesar das denúncias de que o contrato está com preço muito acima do mercado, a empresa continua prestando serviços à Casa.
Além desse caso, o Senado mantém a Steel Serviços Auxiliares no comando dos empregados da gráfica. Com os R$ 600 mil mensais pagos à empresa, a Casa coleciona denúncias de irregularidades e é alvo de questionamentos na Justiça. Entre os problemas apontados pelos funcionários, estão o atraso de encargos trabalhistas e a falta de repasse de reajustes salariais negociados com o Senado utilizados como justificativa para termos aditivos ao valor global do contrato. A Casa diz que o processo está correto porque a obrigação é fazer os repasses de acordo com o comprovante de regularidade do FGTS, o que ocorre graças à declaração concedida pela Caixa.”
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