quarta-feira, 20 de abril de 2011

“Light firma acordo e terá de investir R$12 milhões em vigilância de redes” (Fonte: O Globo)


“Autor(es): agência o globo: Mônica Tavares

Medida substitui multa da Aneel por apagões na Zona Sul e no Centro

BRASÍLIA. A Light terá de investir R$12,19 milhões em um sistema de monitoramento das redes subterrâneas de energia do Leblon, de Ipanema e de Copacabana para escapar de uma multa de R$9,54 milhões. Ela foi aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por causa de interrupções no fornecimento de luz no fim de 2009. A obrigação consta de um Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TAC) aprovado ontem pelo órgão regulador a pedido da própria empresa.
De acordo com o TAC, os custos ficarão a cargo da Light e não poderão ser repassados aos consumidores. A empresa precisará realizar a automação de, no mínimo, 385 componentes de galerias para aumentar a confiabilidade do sistema. No último dia 1º, um bueiro explodiu na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, deixando cinco pessoas feridas. Na manhã seguinte, o presidente da Light, Jerson Kelman, admitiu que a empresa não tem equipamentos para verificar riscos em redes subterrâneas e disse que 130 câmaras transformadoras poderiam causar novos acidentes.

A multa de R$9,54 milhões havia sido aplicada pela Aneel por causa de três apagões de energia, ocorridos nos dias 12, 23 e 30 de novembro de 2009, que atingiram Leblon, Ipanema, Lagoa, Copacabana e o Centro. Na época, a Light alegou que fez a manutenção devida no sistema e atribuiu o problema à "influência de fatores externos, em especial, furtos de cabos".

Técnicos da Aneel, porém, não aceitaram o argumento da Light. Em vistorias, foram constatadas falhas na manutenção, na operação e no planejamento da empresa. "Ademais, não se deve aceitar a tese de que alguns furtos de equipamentos pudessem afastar a penalidade, quando a fiscalização apontou, como fator preponderante dos problemas, o uso de equipamentos antigos e superados", escreveram especialistas da agência em um relatório.

Grupo Bertin é multado por atrasos em termelétricas

A Aneel também multou ontem o Bertin em R$1,2 milhão por não ter cumprido o cronograma de construção de seis termelétricas arrematadas em leilão: Feira de Santana, Dias Dávila 1, Dias Dávila 2, Catu, Camaçari I e Senhor do Bonfim. Elas deveriam ter entrado em operação em 1º de janeiro. Diretores da agência negaram um recurso da empresa e, no mês passado, já haviam determinado o pagamento de uma outra multa, de R$71,5 milhões, pelo atraso nas obras das usinas.”


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