"Procurador Leomar Daroncho falou sobre as implicações da prática na saúde dos trabalhadores em evento no sindicato dos bancários do estado
Cuiabá – O Ministério Público do Trabalho (MPT) promoveu palestra sobre assédio moral no setor bancário. O evento ocorreu no auditório do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro do Estado de Mato Grosso (Seeb-MT), em Cuiabá (MPT), no dia 22 de março. Cerca de 50 pessoas participaram.
A palestra foi ministrada pelo procurador Leomar Daroncho. Ele explicou que o assédio é um fenômeno social mundial que se caracteriza pela conduta abusiva e sistematizada contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de alguém, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho. "A depressão atinge o trabalhador fazendo-o perder o interesse e o prazer pelo trabalho, desestabilizando-o emocionalmente, provocando o agravamento de doenças já existentes ou o surgimento de novas enfermidades”.
A prática pode ser configurada em qualquer nível hierárquico: de chefe para subordinados, entre os próprios colegas e, raramente, de subordinados para os superiores. Em todos os casos, o objetivo é envenenar o ambiente de trabalho contra um empregado ou contra um grupo. Nos ambientes competitivos, como o setor bancário, é uma forma de acirrar a disputa entre os trabalhadores, pressionando-os a atingir metas cada vez mais inalcançáveis. “É fundamental que o trabalho ocorra num local que promova a saúde e não o adoecimento”, ressaltou Daroncho.
O presidente do Seeb-MT, José Maria Guerra, falou da importância de dialogar sobre o assunto. “É uma oportunidade de aprofundarmos esse debate com a categoria bancária e com todos os outros trabalhadores. Praticar o assédio é uma forma de espoliar os empregados para maximizar os lucros, mas, com isso, a dignidade da pessoa é desrespeitada”.
Combate – O MPT vem adotando uma série de estratégias para prevenir e coibir o assédio moral no setor. A condenação do Banco do Brasil em R$ 2 milhões é um exemplo disso. A instituição financeira foi processada após a prática ser flagrada em uma agência na Bahia.
A decisão também obriga o banco a promover palestras sobre o tema a cada seis meses por um período de dez anos e a realizar campanha interna de conscientização com distribuição de cartilha informativa, além de ter que criar meios para recebimento e processamento de denúncias sobre casos de assédio moral."
Fonte: MPT-MT
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