"O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) se declarou "gravemente preocupado" com matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, sobre possível monitoramento do movimento sindicial no porto de Suape, em Pernambuco, realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em pronunciamento no Plenário, nesta quinta-feira (4), o senador disse ter conversado pessoalmente com o chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General José Elito Carvalho, que reforçou nota à imprensa em que negou "veementemente" qualquer tipo de investigação nesse sentido.
O parlamentar disse que "não pode acreditar" que o governo esteja investigando reuniões do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com representantes dos trabalhadores portuários. Ele ressaltou que as posições manifestadas pelo governador sobre a MP dos Portos são "públicas, cristalinas e transparentes", inclusive quando falou na Comissão Especial do Senado que trata do tema.
Rollemberg afirmou que o seu partido, o PSB, defede que "qualquer modificação para modernização dos portos não signifique uma afronta aos trabalhadores". Ele ainda destacou a luta pela democracia no país e as conquistas como a liberdade de organização sindical e acrescentou que "questões sociais devem ser tratadas por meio do diálogo, da negociação".
Em aparte, vários senadores manifestaram apoio ao discurso de Rodrigo Rollemberg ao repudiar o que classificaram como um "atentado à democracia". Eles debitaram a notícia ao momento de disputas políticas.
Pedro Taques (PDT-MT) demonstrou preocupação com um "Estado policialesco", que estaria fazendo patrulha e preparando dossiês com vistas às eleições de 2014. Já o senador Armando Monteiro (PTB-PE) atribuiu a notícia à "paranoia" de certas áreas da inteligência que querem "mostrar serviço", mas disse duvidar que a iniciativa tenha partido da presidente Dilma Rousseff.
Cristovam Buarque (PDT-DF), destacou a importância do governador Eduardo Campos no cenário político brasileiro, enquanto o líder do PT, Wellington Dias (PI), saiu em defesa da presidente.
- Certamente que se tem algo que é muito caro ao governo é a democracia, porque tem inclusive sangue de muita gente para que pudéssemos viver esse momento aqui hoje - disse."
Fonte: Senado Federal
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