"A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) será multada em até R$ 50 milhões pela Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (SEA) por ter doado a funcionários em 1998 um terreno em Volta Redonda, no sul fluminense, contaminado por substâncias químicas cancerígenas para a construção de casas. A definição da multa está a cargo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Na segunda-feira, os sete membros do conselho de diretores do Inea se reunirão às 10 horas para votar o valor da multa.
Ontem, o secretário do Ambiente do Estado do Rio, Carlos Minc, convocou entrevista coletiva para comunicar os resultados dos estudos que apontaram as irregularidades. Ele afirmou que o solo e o lençol freático estão contaminados por cádmio, chumbo, níquel, criseno, naftaleno, entre outras substâncias cancerígenas. A área fica a 200 metros do Rio Paraíba do Sul, que banha também São Paulo e Minas Gerais.
"Tem uma tabela periódica completa naquele solo. É uma situação extremamente grave, uma irresponsabilidade muito grande. As substâncias foram largadas naqueles terrenos pela CSN, não foram encapsuladas. A empresa escondeu isso de todo mundo", disse o secretário. Na verdade, afirmou ele, "a CSN cometeu vários crimes ambientais, contaminaram o terreno e o lenços freático. Só isso daí já dá uma quantidade de crimes ambientais enorme. A Justiça vai cair de porrada em cima, o Ministério Público (MP) e nós vamos cair de porrada em cima". "Vamos tascar multas que podem chegar a R$ 50 milhões", completou o secretário, referindo-se apenas à multa que a secretaria aplicará..."
Íntegra: Valor Econômico
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