"Apenas dez usinas hidrelétricas de maior porte - acima de 50 megawatts (MW) de potência instalada - com concessões vencendo entre 2015 e 2017 ainda não tiveram seus investimentos completamente amortizados, de acordo com cálculos preliminares do governo, o que pode limitar o pagamento de indenizações às atuais concessionárias para deixar as tarifas de energia mais baratas. Somente a Chesf, subsidiária da Eletrobras, pode ficar com 74% desses pagamentos.
As informações constam de levantamento feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pela PSR, consultoria do engenheiro Mário Veiga, que auxiliou o governo no desenho do pacote recém-anunciado pela presidente Dilma Rousseff. A usina de Xingó, no rio São Francisco, corresponde isoladamente a 54% do parque gerador que ainda não pôde amortizar todos os seus investimentos ao longo dos contratos vigentes. Ela pertence à Chesf e começou a funcionar em 1994.
O levantamento não cita valores, mas faz estimativas sobre a depreciação dessas usinas, com base em seus registros na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e no tempo de operação comercial delas. O retrato é desfavorável à estatal paulista Cesp, que o governo de São Paulo tenta privatizar há anos, sem sucesso.
Três usinas da empresa estão com suas concessões perto de expirar. A maior delas, Ilha Solteira (3.444 MW), já teve 99,7% de seus investimentos amortizados. Outra, a hidrelétrica de Jupiá (1.552 MW), não tem mais nada a receber. Só a menor usina, Três Irmãos (808 MW), se habilita à indenização. Ela teve até hoje, segundo a consultoria PSR, 68% de seus investimentos amortizados..."
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