segunda-feira, 16 de maio de 2011

“Geração recebeu maiores aportes da Eletrobras em 2010, com R$ 2,8 bi” (Fonte: DCI)


“Autor: Maurício Godoi

Os investimentos da Eletrobras no ano passado somaram R$ 5,3 bilhões; o foco desses recursos foi a geração de energia que com R$ 2,8 bilhões, alta de mais de 7% na comparação com 2009. Em distribuição, a empresa investiu 58% a mais, com R$ 822 milhões. Na contramão, e à espera da autorização para iniciar as obras do Linhão do Madeira, que interligará as usinas Jirau e Santo Antônio à Região Sudeste, a estatal destinou R$ 1,25 bilhão, queda de 28,4% contra o aplicado em 2009. 

Após adiamentos, a Eletrobras divulgou os resultados e o desempenho consolidado de suas empresas. A elevação do lucro da empresa é atribuída ao crescimento da demanda por energia no ano, que ficou em 7,8%, e à expansão no negócio de geração, que representou cerca de 70% de sua receita líquida reportada ano passado. A transmissão ficou com 19%, e a distribuição, com 10% dos R$ 27,4 bilhões.

O lucro da empresa foi puxado boa parte em razão da Chesf que apresentou resultado positivo de R$ 2,1 bilhão. Furnas, que detém a metade de Itaipu, teve crescimento de 77%. Para lembrar, o aumento autorizado para a energia da usina do rio Paraná de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões será destinado apenas à metade paraguaia da usina que é controlada pela Ansa, não tendo impacto sobre a estatal.

Essa elevada participação da geração na receita da empresa deverá manter-se nos próximos anos. Em 2010, os projetos de expansão da Eletrobras adicionaram 2,44 mil MW de potência em projetos exclusivos da empresa e outros 20,5 mil MW ao considerar outros empreendimentos em que a estatal participou, consórcios que devem colocar usinas para gerar até 2015, fato que reforça a perspectiva de aumento da presença do estado no setor elétrico brasileiro. Um sintoma desse aspecto é a participação da empresa nos projetos estruturais no País, como as usinas do Madeira (RO) e a de Belo Monte, que será construída no rio Xingu (PA).

No segundo maior negócio da empresa, a Eletrobras queixou-se da demora a obter licença para o início das obras do Linhão do Madeira. A empresa, por meio de suas controladas, está em ambos os consórcios que arremataram os dois maiores trechos do empreendimento. Em distribuição, a quantidade de energia elétrica fornecida aos consumidores finais de todas as empresas distribuidoras aumentou 11,8%. O maior aumento foi o da classe industrial (15,6%), pela retomada da economia. A classe residencial subiu 13,5%, e a comercial, 11,5%.”



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