quinta-feira, 28 de abril de 2011

“Informalidade cresce” (Fonte: Correio Braziliense)


“Autor(es): » Gabriel Caprioli

A expansão econômica observada no Brasil nos últimos dez anos ampliou a formalização do mercado de trabalho, com a criação de 12,5 milhões de postos, mas não o suficiente para reduzir o contingente de profissionais irregulares no país, que ainda são a maioria. Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que as vagas no funcionalismo público, no serviço militar e com carteira assinada cresceram 43,5% entre 2001 e 2009, enquanto a informalidade subiu 9,2%.
Apesar de ter crescido em ritmo menos acentuado, os empregos informais somavam em 2009 mais de 47 milhões ou 51,5% de todos os postos do país. Segundo o pesquisador Sandro Sacchet, um dos responsáveis pela elaboração do levantamento, embora o número de trabalhadores com vínculo evidente com os empregadores tenha subido, as vagas informais não foram substituídas. “Elas não diminuíram. Pelo contrário, continuaram avançando. Não houve uma regularização de empregos já existentes, mas a geração de outros”, comentou.
Para o técnico André Calixtre, que também colaborou com a pesquisa, a atuação do Ministério do Trabalho foi fundamental nesse processo. “Os esforços em aumentar as ações de fiscalização e até mesmo a ampliação de poder do ministério de acionar a Justiça garantiram ao longo dos anos que as novas vagas surgissem dentro da formalidade”, comentou.
Os profissionais formalizados estão concentrados na faixa etária de 25 a 34 anos, cujo o avanço no número de vagas desse tipo aumentou 48,2% (4,3 milhões). Na última década, o mesmo fenômeno ocorreu entre os trabalhadores de 55 a 59 anos (alta de 30,9%). A recontratação formal desses empregados mais velhos é um indício de falta de mão de obra qualificada no mercado, segundo Sacchet. “Há aí uma necessidade de trabalhadores mais preparados que não está sendo atendida”, considerou.
O levantamento mostra que, mesmo que a formalização tenha crescido para ambos os sexos, os homens em condições regulares de trabalho passaram de 37,6% em 2001 para 44,5% em 2009, enquanto as mulheres elevaram a proporção de 38,19% para 43,8%.”


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