quinta-feira, 3 de março de 2011

MTE: “Sem ingerência política” (Fonte: Correio Braziliense)

“A seleção para aplicar os cursos e a execução dos convênios na área de capacitação profissional não apresentam qualquer tipo de direcionamento e irregularidade, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e dirigentes das entidades ouvidos pelo Correio. A assessoria de imprensa do MTE informou que o posicionamento da pasta é o mesmo manifestado pelo secretário de Políticas Públicas de Emprego do ministério, Carlo Roberto Simi, na entrevista concedida ao Correio em 23 de fevereiro. Na ocasião, Simi disse que não há qualquer ingerência política na escolha das entidades. Segundo ele, o processo de chamada pública impede qualquer direcionamento na seleção.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, chegou a se referir às suspeitas no dia seguinte, em tom irônico, como “uma coisa diabólica”. Ele afirmou que entidades ligadas ao PSDB e ao DEM também recebem repasses do MTE, da mesma forma que organizações dirigidas por integrantes do PDT. Hoje, às 10h, Lupi se reúne com a presidente Dilma Rousseff.

“Contas aprovadas”
O superintendente do Instituto de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação (IPDE), Geferson Oliveira Barros Filho, nega qualquer proximidade ao PDT. “Como subsecretário de Juventude de Tocantins, conhecia a operacionalidade do Projovem. Por isso fui chamado para integrar o instituto.” O presidente da Fundação Pró-Cerrado, Adair Antônio de Freitas Meira, também diz não manter qualquer relação política com integrantes do PDT. As tratativas com a então secretária de Trabalho de Goiás, Flávia Morais (deputada federal eleita pelo PDT), ocorriam apenas no que diz respeito à execução dos convênios existentes, segundo Adair. “Tive relação, assim como tive com os outros secretários.”

Adair afirma que a Fundação Pró-Cerrado é uma entidade “notoriamente reconhecida”, “com aprovação das contas pelo Ministério Público”. “São 16 anos de existência.” Quanto às constatações de irregularidade pela Controladoria-Geral da União (CGU), num convênio de 2007, a fundação sustenta não ter sido comunicada sobre os resultados da investigação e que não tem conhecimento das irregularidades apontadas. Adair também afirma desconhecer as suspeitas de compra de voto por parte de Flávia Morais e o fato de a entidade figurar como o quarto maior fornecedor do governo de Goiás em 2010.

O Correio tentou ouvir o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Clementino Tomaz Vieira. A secretária dele disse que Clementino estava em reunião e que daria retorno à reportagem logo em seguida, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.”


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