Embora pregue a urgência de uma revisão das leis, Dalazen enumera a reforma sindical como a prioritária. “Antes de tudo, é preciso dar força e legitimidade aos sindicatos. Não se pode ampliar a negociação coletiva sem assegurar o seu pressuposto, que é a legitimidade da representação, a qual supõe, em última análise, liberdade sindical plena”, afirmou o novo presidente do TST. Segundo ele, não existe economia capitalista bem sucedida sem a estruturação de sindicatos fortes.
O presidente destacou também que combaterá sem tréguas a exploração do trabalho infantil e se emocionou ao falar da importância do pai, já falecido, e da mãe, que estava na plateia, em sua formação como cidadão.
Ao receber a Presidência do TST das mãos do ministro Milton de Moura França, Dalazen pediu união e harmonia aos colegas. Logo no começo do discurso, ele defendeu com ênfase sua eleição, contestada pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra). A entidade citou a Lei Orgânica da Magistratura, norma que veta os juízes de exercerem cargos de direção por mais de quatro anos seguidos — Dalazen foi vice-presidente da Corte por dois anos e corregedor por igual período.
Sua posse chegou a ser suspensa há duas semanas, por decisão do conselheiro Jorge Hélio, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No entanto, na última sexta-feira, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar na qual garantiu a solenidade ocorrida ontem. É praxe no TST que todos os membros renunciem à pretensão de chegar à Presidência em favor do ministro mais antigo — no caso, Dalazen. Os veteranos, assim, ocupam por seis anos consecutivos cargos de direção.
Em seu discurso, Dalazen citou que a tradição de prestigiar os membros mais antigos para o desempenho de cargos de direção é “salutar e sábia”, e solidifica os “laços de cordialidade e de solidariedade” entre os membros da Corte.
Dalezen, 58 anos, é gaúcho de Getúlio Vargas e exerce a função de ministro do TST desde 1996. Também tomaram posse ontem os ministros Maria Cristina Peduzzi, no cargo de vice-presidente, e Antônio Barros Levenhagen, na função de corregedor-geral da Justiça do Trabalho. (DA)”
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