"O político e guerrilheiro Carlos Marighela, fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) e considerado "inimigo público número um" pelo regime militar, será homenageado pelo Senado em sessão especial marcada para as 11h da segunda-feira (8).
Nascido em Salvador, em 5 de dezembro de 1911, Marighela foi militante do Partido Comunista Brasileiro desde a década de 1930 e desde 1932 esteve várias vezes na prisão, sempre por defender as causas em que acreditava em momento político hostil a elas.
Em 1945 foi eleito deputado constituinte e atuou em defesa das aspirações operárias, denunciando as condições de vida do povo brasileiro. Com o mandato cassado pela repressão que o governo de Eurico Gaspar Dutra desencadeou contra os comunistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato, em 1969.
Em 1966 desligou-se do PCB, manifestando a disposição de lutar revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras do jogo político convencional que, segundo entendia, imperava na liderança do partido. Quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN para pegar em armas contra a ditadura.
Marighela morreu na noite de 4 de novembro de 1969, em uma emboscada na capital paulista feita por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury."
Fonte: Senado Federal
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