quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

EUA Walmart: Trabalhadores recusam-se a ser silenciados pelas ameaças (Fonte: Uni Global Union)

"UNI, Sindicato Global apela aos seus 20 milhões de membros para apoiarem os trabalhadores de Walmart EUA ao começarem esta nova greve hoje, em resposta a esta acção ilegal pela gestão.
Hoje os trabalhadores de Walmart EUAdas lojas em Lauren, Maryland e Dallas, Texas, entraram em greve em resposta às últimas tentativas de Walmartpara silenciar os associados que ousam pronunciar-se.
Gerentes de Walmarttêm tido reuniões com trabalhadores em todo o país, ameaçando-os com acção disciplinar ou despedimento se se reúnem ou pronunciam.
Ontem, 6 de Fevereiro 2012, os gerentes de Walmart nos EUA leram uma circular aos trabalhadores de Walmart, que exerciam o seu direito de fazer greve na Sexta-feira Negra. A circular afirmava que se os trabalhadores participassem na greve o faziam ilegalmente, e que podiam ser disciplinados por greves futuras.
Philip Jennings, Secretário Geral de UNI, Sindicato Global, falando de Joanesburgo na África do Sul, onde se veio reunir com o afiliado da UNICOSATUsobre Massmart/Walmart, disse: “a gestão de Walmartafundou-se a um nível ainda mais baixo. A sua tentativa cínica de reescrever a história não vai resultar. Os trabalhadores grevistasna Sexta-feira Negra-Walmartestavam a exercer o direito legal de retirarem o seu trabalho e arriscarem os seus empregos frente a intimidação séria. Actuaram com coragem e correctamente. Os patrões de Bentonville estão agora a tentar tratar ignorarmanifestamente a lei dos EUA. Os trabalhadores em Lauren e Dallas estão a resistir e não vão ser os únicos. Os 20 milhões de membros de UNI liderados pela Aliança Sindical Global UNIWalmart, lançada no período anterior à Sexta-feira Negra, estão a seu lado. A mensagem da África do Sul àÍndiaatravés daAmérica Latina à China, é a mesma: Walmart, já chega! – deixem de abusar do vosso poder económico.”
O Chefe de UNI Comércio, AlkeBoessiger, está nosEstados Unidos para se encontrar com os trabalhadores dos EUA em greve, e coordenar o apoio através da Aliança Sindical Global UNIWalmart, que inclui trabalhadores de Walmartde todo o mundo.
"As ameaças e retaliações de Walmart são uma violação directa dos meus direitos, ao abrigo da lei nacional de relações de trabalho.” disse Colby Harris, um trabalhador grevista de Dallas, Texas.“Acredito numa Walmart melhor e silenciar os Associados que querem melhorar a Walmart é imoral e ilegal”.
"Estes trabalhadores são membros de Our Walmarte exigem um fim à retaliação por se pronunciarem por melhores condições de trabalho e respeito no local de trabalho. Exigimos que a gestão de Walmart cesse imediatamente as suas acções de intimidação e ameaçasaos trabalhadores,” disse Boessiger."AAliança Sindical Global UNIWalmart e os Trabalhadores de Walmart em todo o mundo apoiam os seus amigos nos EUA que exigem uma voz no trabalho. Cada um dos trabalhadores de Walmartem qualquer parte, tem o direito de falar livremente e ser tratado com respeito.”
Colby Harris começou uma petição online dirigida ao CEO deWalmartEUA, "Parem de silenciar os associados que falam de viva voz ".
Boessigerapela a todos os que acreditam no trabalho decente e na dignidade no local de trabalho, para visitarem
http://www.facebook.com/OURWMT, e inserirem mensagens de apoio aos trabalhadores de Walmart EUA. http://www.coworker.org/petitions/walmart-stop-silencing-associates-who-speak-out
 http://www.ufcw.org/2013/02/07/walmart-workers-in-maryland-and-texas-walk-off-job/
 http://www.abndigital.com/page/multimedia/video/open-exchange/1515714-Labour-Market-Trends-with-Philip-Jennings
NOTA DE FUNDO
A greve da Sexta-feira Negra em Novembro foi um ponto decisivo, a seguir à primeira acção grevista dos trabalhadores de Walmart nos Estados Unidos no mês anterior. A acção foi liderada por trabalhadores sob o lema “Our Walmart” contra os ataques contínuos da empresa aos direitos trabalhistas, que tornaram impossível para os trabalhadores de Walmart pagarem a renda ou prover para as suas famílias. Bentonville continua a sua tentativa sustida de aumentar os lucros em detrimento dos seus trabalhadores e da economia global.
As práticas de gestão de Walmart estão sob escrutínio em todo o mundo. Na Índia, no ano passado,o pessoal de finanças foi suspenso como parte de uma investigação de possíveis violações da Lei dos EUA, que proíbe as empresas dos EUA de pagarem subornos para obter ou reter negócios no estrangeiro. A própria Walmart está a investigar as suas práticas em vários países além da Índia, como o Brasil, a China e o México. No início do ano passado, uma ocultação dealegações de subornos por Walmart relacionados com a obtenção do mercado mexicano, foi até à sede principal dos EUA em Bentonville e implicou membros do conselho de administração incluindo o CEO Mike Duke e o Presidente Rob Walton. Na África do Sul, os tribunais determinaram que Walmart duplicasse o fundo para desenvolvimento local para R240 milhões pela sua aquisição de Massmart e para compensar o efeito Walmart, um comprovativo do seu modelo comercial destrutivo. O Tribunal salientou a necessidade de manter Walmart sob escrutínio severo e nomeou um conselho consultivo para supervisar a administração do fundo. O conselho inclui SACCAWU, afiliado de UNI, o governo e o Fórum de Pequenas e Médias Empresas da África do Sul.
AAliança Sindical Global UNIWalmart foi lançada em Los Angeles em Outubro com o apoio dos 900 afiliados sindicais deUNIincluindo o UFCWnos Estados Unidos. O lançamento da Aliançacoincidiu com a primeira greve na história de Walmart EUAe foi seguida pelos protestos grevistas daSexta-feira Negra e um dia de acção internacional em Dezembro, em que os trabalhadores de Walmartsaíram à rua em solidariedade com os trabalhadores de Walmart EUA, em todo o mundo."
 
 

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