"Pauta do sindicato inclui tíquete de R$ 20 e participação nos lucros para os que trabalham em empresas estatais
A determinação do governo em não conceder aumentos de salários neste ano — nem provavelmente, em 2012 — levou os funcionários terceirizados de Tecnologia da Informação (TI) a entrarem em greve ontem. Distribuídos por órgãos públicos em Brasília, tanto federais quanto distritais, os prestadores de serviço reivindicam reajuste de 14%, correção do piso salarial para R$ 910 — atualmente é de R$ 720 — e tíquete-alimentação de R$ 20 por dia (alta de quase 50%). Eles pedem, ainda, participação nos lucros das empresas estatais nas quais estão contratados. A classe é formada por 20 mil funcionários na capital federal. A paralisação foi decidida em assembleia ocorrida em 7 de julho.
Cerca de 300 pessoas protestaram em frente ao Ministério do Planejamento e promoveram uma passeata pela Esplanada. A paralisação deve afetar pelo menos 60% dos ministérios, além de outros órgãos governamentais. "Infelizmente, a população deve ficar prejudicada, já que os serviços ficarão mais lentos", disse o coordenador-geral do sindicato da classe em Brasília, Claudinei Pimentel.
Ele destacou que a greve não tem data para acabar. "A paralisação é por tempo indeterminado, até que as negociações sejam retomadas", alertou. Ele espera que a medida acelere a conversa entre patrões e empregados. "Os chefes apresentaram uma proposta bem abaixo do que pedimos, com reajuste de apenas 6,3%, e rejeitamos. É um absurdo, queremos ao menos um ganho real (acima da inflação)." O sindicato também chamou a atenção para a ausência de regulamentação legal para os serviços de TI. A classe deve procurar apoio parlamentar. A expectativa é de que trabalhadores de todos os órgãos participem do movimento."
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