sexta-feira, 13 de maio de 2011

“CPFL vai investir R$ 5,4 bi em geração” (Fonte: O Estado de S. Paulo)

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Tradicionalmente ligada ao segmento de distribuição, a CPFL Energia está executando uma agressiva estratégia de crescimento em geração. Apostando no desenvolvimento de projetos de fontes alternativas, a empresa planeja alcançar o posto de segunda maior geradora privada do Brasil, superando a AES Tietê e ficando atrás da Tractebel, ligada à GDF Suez.
"Em 2013, o nosso parque gerador terá capacidade de 2,97 mil MW", diz o presidente do grupo, Wilson Ferreira Junior. Entre 2011 e 2013, a previsão de investimentos em geração totaliza R$ 5,4 bilhões. Contudo, o potencial de crescimento do grupo em geração é superior a esse volume. Os atuais projetos em carteira permitirão que a holding elétrica alcance, no médio prazo, uma capacidade instalada de 5,09 mil MW. Para efeito de comparação, um parque desse tamanho é superior ao porte atual da estatal paranaense Copel, oitava maior geradora do País. O volume projetado para 2013 é 72% superior ao tamanho do grupo em 2009, que era de 1,73 mil MW.
Os planos de crescimento em geração começaram a se consolidar ao final de 2010, quando os novos projetos entraram em operação. Desde então, a companhia iniciou a produção de energia em quatro usinas, com destaque para a hidrelétrica Foz do Chapecó, de 855 MW, no Sul do País - a CPFL Energia detém 51% do projeto. Hoje, o grupo tem uma capacidade instalada de 2,39 mil MW, terceira maior geradora privada, com uma meta de alcançar 2,64 mil MW em 2011.
Salto. O grande salto da empresa ocorrerá com a chegada dos projetos de fontes alternativas. No mês passado, a CPFL adquiriu os ativos eólicos da Siif Énergies por R$ 1,5 bilhão, e anunciou a associação dos seus ativos de energias renováveis com a Ersa, o que resultou na criação da CPFL Renováveis. "Essa estratégia está absolutamente alinhada com a economia de baixo carbono", afirma Ferreira Junior. A nova empresa nasce como a maior investidora de usinas eólicas, movidas a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas do País.
O avanço no segmento de geração ocorre justamente no momento em que as perspectivas no setor de distribuição de energia são de queda na rentabilidade, em decorrência do processo de revisão tarifária conduzido pela Aneel.
Esse tema é de suma importância para a CPFL Energia, já que quase 70% dos seus resultados vêm dos negócios de distribuição. Segundo o executivo, a expectativa é que, no médio prazo, a unidade de geração contribua com, aproximadamente, 35% da geração de caixa (Ebitda), e a distribuição, cerca de 60%.
Apesar da aposta em renováveis, a estratégia da CPFL Energia também contempla investimentos em térmicas e hidrelétricas de grande porte. No curto prazo, a empresa tem planos de construir uma térmica a gás natural de 224 MW no Espírito Santo, cujo investimento pode chegar a R$ 500 milhões. Além disso, estuda a construção de mais duas usinas a gás, uma em Alagoas e outra no Espírito Santo. Essas térmicas não estão consideradas na previsão do grupo de alcançar a capacidade de 5,09 mil MW.
Exceto por Foz do Chapecó, a grande ausência na estratégia da CPFL são as grandes hidrelétricas. Mas Ferreira Junior diz que a companhia tem muito interesse nas novas usinas do Norte e do Centro-Oeste que o governo planeja licitar ainda este ano. "Temos estudado as hidrelétricas do Rio Teles Pires e do Rio Apiacás", diz.
Planos
2,39 mil MW é a atual capacidade de geração de energia instalada do grupo; para 2013, a previsão é de que a capacidade de geração da empresa será 2,97 mil MW"

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