BRASÍLIA. Para aumentar seus salários dos atuais R$22,9 mil para R$26,3 mil, juízes federais resolveram fazer uma paralisação no próximo 27 de abril. A decisão foi tomada pelos magistrados ligados à Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que pede reajuste de 14,8% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) - teto do funcionalismo público - ao qual estão vinculados. Além do reajuste salarial, os juízes pedem direitos iguais aos do Ministério Público Federal, e maior segurança, já que magistrados têm sido vítimas de atentados de organizações criminosas.
- Nós discutimos esse pleito sem constrangimento. Nos sentimos legitimados porque ajudamos a criar o teto do funcionalismo, que acabou com supersalários que chegavam a R$80 mil. Tenho certeza de que a presidente Dilma terá a sensibilidade para debater esse assunto com a atenção que ele merece - disse Gabriel Wedy, presidente da Ajufe, cobrando um apoio "mais incisivo" do presidente do STF, ministro Cezar Peluso.
Os salários na Justiça Federal são escalonados a partir dos vencimentos do STF, que passariam dos atuais R$26,7 mil para R$30,6 mil mensais. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça passariam a receber R$29,1 mil; os desembargadores federais, R$27,6 mil; e os juízes federais substitutos, R$24,9 mil.
Essa pode ser a primeira vez que os juízes cruzarão os braços. Em 1999, ameaçaram fazer uma greve, mas, no primeiro dia de greve, foram atendidos com um reajuste, cancelando o ato.
A paralisação significará o adiamento de todas as audiências marcadas para a data e das sentenças que poderiam ser tomadas no dia. Apenas os pedidos de urgência serão analisados. A greve teve 74% dos votos dos membros da Ajufe.”
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