terça-feira, 29 de março de 2011

“Bendine fica no BB” (Fonte: Correio Braziliense)


“Autor(es): Vânia Cristino


A exemplo da Caixa Econômica Federal, que teve metade de sua diretoria trocada e rateada entre o PT e o PMDB, o Banco do Brasil também deve passar por mudanças. Segundo integrantes do Ministério da Fazenda, a dança das cadeiras no BB será, porém, mais restrita. Já está praticamente definida a permanência de Aldemir Bendine na presidência da instituição, como quer o ministro Guido Mantega. Os petistas pretendem manter o maior quinhão, mesmo que seja para indicar funcionários de carreira ligados à legenda, mas admitem abrir mão da vice-presidência de Agronegócio, que administra um orçamento próximo de R$ 75 bilhões e é alvo de cobiça dos peemedebistas.

“Felizmente, o Banco do Brasil conta uma blindagem natural contra mudanças bruscas. De um lado, está o corpo funcional da casa, muito aguerrido. De outro, o mercado, que mostra a sua reação por meio dos preços das ações do banco nas bolsas de valores”, disse uma qualificada fonte da Esplanada dos Ministérios. “Por isso, mesmo com pressões de todos os lados, o governo resiste em trocar rapidamente o comando do BB”, acrescentou.

Cobrado sobre o futuro do BB, Bendine tem dito que o seu cargo é da presidente Dilma Rousseff e que o seu time é o que está jogando. Oito das nove vice-presidências da instituição são ocupadas por funcionários de carreira, colegas de longa data de Dida, como ele é chamado na intimidade. Está fora justamente a vice de Agronegócios, ocupada, atualmente por Luís Carlos Guedes Pinto, ex-ministro da Agricultura.

Todos concordam que ele é do ramo. O problema é que a Fazenda, à qual o BB está subordinado, entrou na disputa com o PMDB pela vaga. Mantega quer nomear o secretário-adjunto de Política Econômica da pasta, Gilson Bittencourt, que responde por todas as questões agrícolas do ministério.

Na Caixa, que teve até a presidente trocada — saiu Maria Fernanda Ramos Coelho e entrou Jorge Hereda, ex-vice-presidente de Governo —, ainda está vaga a vice-presidência de Fundos e de Loteria, ocupada pelo funcionário de carreira Joaquim Lima, transferido para a vice de Tecnologia. O Planalto deve chamar alguém da Fundação Getulio Vargas.”


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