"Na próxima terça-feira (3), universidades e colégios britânicos e escoceses iniciarão greve, conforme chamado da UCU (University and College Union), com a participação das entidades sindicais britânicas Unison e Unite, e da escocesa EIS.
Após a paralisação de 31 de outubro, este será o segundo dia em que trabalhadores de universidades entrarão em greve, decisão tomada após ter sido definido apenas 1% como proposta de reajuste salarial para a categoria, o que representa uma queda de 13% em termos reais sobre o pagamento de funcionários da universidade no último período de cinco anos.
A UCU, nos colégios, obteve mais de dois terços dos votos (71%) para prosseguir com uma ação sobre a questão, após a patronal oferecer um aumento salarial de apenas 0,7%, o que deixaria os funcionários com um corte de pagamento de 15% em termos reais ao longo dos últimos quatro anos.
Histórico de luta As universidades já haviam realizado uma greve muito bem sucedida no dia 31 de outubro, considerada a maior greve dos últimos anos, com a participação de cerca de 100 mil trabalhadores.
Em Liverpool houve a participação de 300 grevistas para a realização de piquetes com a solidariedade e o apoio de estudantes e movimentos sociais nas linhas de frente e nas manifestações. Na ocasião, houve uma passeata com 500 pessoas e quatro dos manifestantes que discursaram nunca haviam antes falado em público, incluindo trabalhadores da Unison e da Unite e um estudante.
Planejamento de greve Na segunda-feira (2), uma reunião será realizada com todas as instituições e entidades sindicais que farão parte da greve para organizar os piquetes e os procedimentos necessários. A reivindicação é por um salário justo, mas, além disso, expressa a raiva popular, da classe trabalhadora, em razão da falta de oportunidade de emprego, da prática habitual das contratações por tempo determinado, precarização e privatizações.
Internacionalismo A CSP-Conlutas se solidariza aos sindicatos do ensino superior no Reino Unido. A luta por melhores salários é uma resposta importante para a luta contra os patrões e os planos de austeridade dos governos. Estamos convencidos de que a organização e construção de união conjunta e ações dos trabalhadores e envolvidos é o caminho a seguir.
Sabemos que no Brasil e em outros contatos nossos da Europa acontecem constantemente ataques contra os sindicatos e seus líderes.
A CSP-Conlutas segue construindo uma forte rede de sindicatos, movimentos sociais e estudantes, independente dos empregadores, do governo e da burocracia. Estamos lutando por um mundo diferente. Fizemos uma reunião muito bem sucedida em Paris com a Solidaries, a CGT da Espanha e muitos outros, incluindo Liverpool TUC, a fim de seguir na luta por um mundo em que não tenhamos que pagar pela crise do capitalismo.
Desejamos sucesso."
Fonte: CSP
Nenhum comentário:
Postar um comentário